Capítulo 11: Maya e sua lata velha...

6 0 0
                                    

Rosemeire foi trabalhar.
Enrico foi para a escola.

Bianca estava de folga e ficou em casa com Maya, arrumavam e ajeitavam as coisas.

- Bianca, limpa o banheiro.
- Eu limpei o banheiro da última vez. Hoje é a sua vez.
- Neta chata.
- Dona Maya Freire, vai lavar o banheiro. - Resmungou Bianca.
- Ok, eu vou cassete. - Respondeu Maya zangada. - É só hoje, cassete.
- Eita, vó... Não tira o cassete da boca.

Maya saiu correndo atrás de Bianca com um esfregão na mão.

- Velhota maluca. - Gritou Bianca dando risada.

Sua vó realmente era uma velhota maluca.

Foi o dia todo assim:
"Bianca: Passa pano no chão."
"Maya: Passa você, eu passei pano ontem."
"Bianca: F O L G A D A."
"Maya: Arruma as camas"
"Bianca: Arruma você, eu estou lavando a louça que a senhorita sujou."
"Maya: Pelo amor de Cristo, Bianca, estou cansada."
"Bianca: Problema é seu. Arruma uma diarista."

E ficaram nessa o dia todo praticamente.
Terminaram os afazeres.
Enrico chegou da escola. Mais tarde Rosemeire chegou do trabalho.

- Vamos dar um rolê no meu carro. - disse Maya.
- A senhora tem coragem de chamar aquilo de carro? É um ferro velho, isso sim. - disse Enrico e Bianca riu.
- Realmente, vó. Parece uma caçamba de lixo.

Riram.

- Parem de caçoar a vó de vocês. - disse Rosemeire rindo.
- Vocês são dois sem graça. - disse Maya.
- Desculpa, vovó... Vamos passear na sua lata velha... Quero dizer, no seu conversível maneiro. - disse Enrico.

Maya sorriu.

- Você vem Rose? - perguntou Maya.
- Não mamãe, vou tomar banho.

Foram até a praça e fizeram piquenique noturno.

Maya dirigia igual uma louca, fugitiva.

- Vó, para o carro.
- Vocês parecem crianças.
- Sua velha caquética e doida. Você não é mais uma pré-adolescente faz tempo. - disse Bianca.
- Fica de boa, senão eu te coloco no porta malas.

A família chegou em casa.

- Depois dessa eu vou dormir. Boa noite mãe e peste. - disse Bianca.
- Boa noite amor. - Disse Rosemeire.
- Boa noite, baranga.
- E eu? - perguntou Maya.
- Boa noite, vó. Fique sabendo que você não é atriz de velozes e furiosos.
- Eu sei disso, sua ameba. Boa noite, Bianca.

Bianca foi para o quarto.
- Te amo. - Gritou Rosemeire.
- Também te amo, mãe.

"Terei os sonhos mais eróticos com o belo corpo de Renê - Pensou Maya ".

Preferiu não compartilhar seus pensamentos impuros e perversos, mas de fato, se dependesse dela: sonharia mesmo com o advogado.

E realmente sonhou...

Seria capaz de cometer atrocidades para transar com ele num tribunal.
O crime? Atentado ao pudor.
Na vida real, não faria isso com a própria neta, mas em seus pensamentos e em seus sonhos: faria o que quiser com aquele pedaço de mal caminho gostoso.
Em seus sonhos eróticos, Maya estava perdida numa floresta, gritava por socorro, mas ninguém estava por perto para ouvir seus gritos, seu corpo estava nu, completamente. Quando um homem num cavalo aparece com uma armadura reluzente. Tirou o capacete de soldado, aparentemente parecia um.

- Renê?
- Sobe, vou te levar para a cidade.

Subiu no cavalo, completamente nua e sem nenhum pingo de vergonha na cara. Sentiu o perfume dele e sentiu vontade de cheira-lo o dia todo. Na cidade, as pessoas ficaram horrorizadas com uma velha pelada. A denunciaram por atentado ao pudor.

- Eu sou advogado, te ajudo.
- Eu não tenho dinheiro para pagar um advogado. Posso pagar com favores sexuais?

No dia do julgamento...

Aquela senhora de pensamentos impuros e atitudes de origens duvidosas, foi inocentada... Realmente pagou pelo trabalho de Renê com serviços sexuais, no tribunal mesmo.

Seu lindo ato acabou quando Maya acordou, adoraria que houvesse acontecido... ah, se ele não fosse namorado de sua neta, ah se não fosse.

Amor e outros sentimentos que me lembram você!Where stories live. Discover now