Capítulo 20: Um brinde ao amor

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Bianca completou 20 anos de vida. Havia alguns fios de cabelo em sua cabeça, agora que não precisava mais de quimioterapia seus fios de cabelo voltariam aos poucos.
Maya, embora com Alzheimer, falava besteiras como sempre, se esquecia logo em seguida o que havia dito.

Naquele dia, Bianca estava de folga e foi almoçar na casa de Renê.

  — Seu cabelo está crescendo. — comentou Renê.
  — É, está mesmo.
  — Qual é a cor natural dele?
  — Meu cabelo? É preto.

Renê cozinhava e Bianca estava sentada, o observava.

  — Quer ajuda? — perguntou Bianca.
  — Não precisa, amor, estou cozinhando para você.

Bianca sorriu... E disse:
  — Ganhei na loteria, meu namorado é bonito, tem um bom emprego, é gentil e faz almoço para mim... Ah, e é um palhaço, é claro. O pacote completo.
  — Sou um charme mesmo.
  — Convencido.
Riram.
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Renê terminou o prato: havia feito arroz e filé de frango a parmegiana. Estava muito bom, o arroz estava soltinho e o filé está ótimo, parecia que um cozinheiro profissional havia feito.
  — Ficou bom? — perguntou Renê.
  — Ficou ótimo.

Conversaram bastante. Comeram sorvete de morango de sobremesa e Bianca ouviu as piadas ruins de Renê...

  — Sherlock Holmes e Watson armaram a sua barraca durante uma expedição na selva. No meio da noite, Holmes acorda Watson e diz: – Watson, olhe para as estrelas. O que você deduz? – Eu vejo milhões de estrelas. E se há milhões de estrelas, ainda que poucas delas tenham planetas, é provável que haja alguns planetas como a Terra. E, se há planetas como a Terra, deduzo que também deve haver vida. – Watson, seu idiota! Alguém roubou a nossa barraca!”

A piada foi tão ruim, que Bianca passou os 15 minutos seguintes rindo da cara de Renê.
  — Você é um palhaço, Renê.
  — Seu palhaço. — dizia Renê. Ele tirou algo do bolso. Alianças, era alianças. — Bianca, quer ser minha noiva?

Amor e outros sentimentos que me lembram você!Where stories live. Discover now