Capítulo 13: Elo de amor e outros sentimentos bons...

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— Sabe, eu nunca pensei que completaria 19 anos e ainda estou viva. A leucemia me atingiu em cheio, mas ainda estou aqui... Careca, mas aqui. — Uma lágrima caiu. — Eu não quero morrer, sabe? Estou feliz. Eu tenho uma família... Doida, mas linda. Tenho um emprego e um namorado gostosão... Poxa, eu tenho um namorado.

Bianca se tocou que estava conversando sozinha. O relógio marcava 7:00 da manhã e Bianca estava sentada na cama esperando seu espírito voltar para o corpo. Naquele dia, era seu aniversário de 19 anos. Bianca ficaria em casa, como fazia todos os anos, não comemorava a data, não gostava disso...

— Bianca, que dia é hoje? — perguntou Maya.
— 6 de julho, vó.

5 minutos depois:

— Bianca, que dia é hoje? — perguntou Maya novamente.
— Vó, a senhora já perguntou isso. Hoje é 6 de julho.

A cena se repetiu algumas vezes, Maya fez algumas perguntas, a mesma mais de uma vez.

Bianca mandou mensagem para sua mãe:
"Bianca: Mãe, estou preocupada com a vovó."
"Rosemeire: O que houve? Sua vó aprontou o que dessa vez?"
"Bianca: Não aprontou nada, por incrível que pareça. Ela me fez a mesma pergunta diversas vezes, esqueceu aonde colocou seus pertences, até o próprio nome."
"Rosemeire: Ok, vou tirar uma folga amanhã, levarei dona Maya para fazer exames... Obrigada por avisar, querida. Beijos, mamãe."

A noite...

Rosemeire e Enrico fizeram uma festa surpresa para Bianca.
Oswaldo foi...
Colegas foram...
Vizinhos foram...
Amigos de Bianca foram...
Renê foi.

Bianca estava em seu quarto.

— Bia, me desculpe, eu tinha me esquecido. — dizia Maya entrando no quarto. — Parabéns.
— Obrigada, vó. O que a senhora está sentindo? Está bem?
— Sim, estou. Eu só preciso de um pouco de vodka com limão.

Bianca sorriu.
— vó, a senhora é doida... E pervertida.
— Me chame de véia do gueto, me sinto mais confortável.

Bianca a abraçou forte.
— Vó, eu te amo.
— Eu também te amo, Bianca.
— Não vai se esquecer disso?
— Nunca.
— Promete, vó?
— Prometer o que?

Cantaram parabéns e Bianca nem esperava pela festa. Recebeu os presentes e não desgrudou de Renê.

— Feliz aniversário, amor. — disse Renê lhe dando um embrulho.

Era um camiseta e um CD da banda favorita de Bianca.

— Obrigada, Renê, meu amor.
Se beijaram e Enrico bisbilhotava a cena.

Foi uma noite divertida...

Amor e outros sentimentos que me lembram você!Where stories live. Discover now