Na Floreios e Borrões

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A vida n’A Toca era bem diferente da vida em Yorkshire. Enquanto sua casa era geralmente vazia e silenciosa, pelo fato de ser apenas Helena e seu pai, isso também contribuía para que o local fosse limpo e arrumado, desde que não tinha muita gente para fazer bagunça. A casa dos Weasley era cheia de coisas estranhas e inesperadas. Helena tomou um susto na primeira vez que se mirou no espelho sobre o console da lareira da cozinha, pois o espelho gritou: “Penteie esse cabelo, sua preguiçosa!”

O vampiro no sótão uivava e derrubava canos, sempre que sentia que a casa estava ficando demasiado quieta, e as pequenas explosões que vinham do quarto de Fred e George eram consideradas perfeitamente normais. Também, já estava virando normal escutar pequenas discussões entre Eleanor e George, que pareciam discordar sobre várias criaturas mágicas e sobre o jeito que elas mereciam ser tratadas.

Helena não demorou a se acostumar com a rotina, muito menos Eleanor; mas sabia que não podia dizer o mesmo de Harry, que o que ele achava mais fora do comum naquela casa, era que todos lá gostavam dele.

A Sra. Weasley se preocupava com o estado das meias dele e tentava forçá-lo a repetir a comida três vezes por refeição. O Sr. Weasley gostava que Harry e Eleanor se sentassem ao lado dele, à mesa do jantar, para poder bombardeá-los com perguntas sobre a vida com os trouxas, pedindo-lhes para explicar como funcionavam coisas como as tomadas e o correio postal. Helena geralmente observava essas discussões em silêncio, fazendo alguns comentários quando ela achava necessário.

— Fascinante! — exclamou o Sr. Weasley, quando Harry lhe contou como se usava o telefone, e Eleanor explicou a conexão dele com a tomada. — Engenhoso, verdade, quantas maneiras os trouxas encontraram de viver sem o auxílio da magia.

Todos receberam notícias de Hogwarts, numa bela manhã, cerca de uma semana depois de chegarem À Toca. Helena, Eleanor e Robbie desceram para tomar café e encontraram o Sr. e a Sra. Weasley e Ginny já sentados à mesa da cozinha, Ron e Harry desceram algum tempo depois. Helena achou graça na maneira que Ginny, sem querer, derrubou uma tigela de mingau no chão, fazendo um estardalhaço, no instante em que avistou Harry. A garota parecia muito propensa a derrubar coisas sempre que Harry entrava. Ela mergulhou debaixo da mesa para apanhar a tigela e reapareceu com o rosto rubro como um sol poente. Harry, que fingira não notar, sentou-se ao lado de Elle, que mordiscava sua segunda torrada.

— Cartas da escola — disse o Sr. Weasley, passando a Helena, Eleanor, Harry, Robbie e Rony envelopes idênticos de pergaminho amarelado, endereçados com tinta verde. — Dumbledore já sabe que vocês estão aqui, ele não perde um detalhe, aquele homem. Vocês dois também receberam — acrescentou ele, quando Fred e George entraram descontraídos, ainda de pijamas.

Durante alguns minutos fez-se silêncio enquanto todos liam as cartas. A de Helena mandava-a tomar o Expresso de Hogwarts, como sempre na estação de King’s Cross, no dia primeiro de setembro. Trazia também uma lista dos novos livros que ia precisar para o próximo ano letivo; duvidava que a carta de seus amigos fosse muito diferente disso. Na verdade, o único diferencial, era que os alunos da Sonserina teriam que começar a usar um broche feito de prata, em formato de serpente, como parte do uniforme. Robbie entregou a lista para a Sra. Weasley, que franziu o cenho ao ver o adicional.

MATERIAL PARA OS ALUNOS DA SEGUNDA SÉRIE
Livro padrão de feitiços, 2a série de Miranda Goshawk
Como dominar um espírito agourento de Gilderoy Lockhart
Como se divertir com vampiros de Gilderoy Lockhart
Férias com bruxas malvadas de Gilderoy Lockhart
Viagens com trasgos de Gilderoy Lockhart
Excursões com vampiros de Gilderoy Lockhart
Passeios com lobisomens de Gilderoy Lockhart
Um ano com o Iéti de Gilderoy Lockhart

𝘛𝘪𝘭𝘭 𝘍𝘰𝘳𝘦𝘷𝘦𝘳 𝘍𝘢𝘭𝘭𝘴 𝘈𝘱𝘢𝘳𝘵 [1]Onde histórias criam vida. Descubra agora