18 | sometimes love is not enough

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Boa leitura!

💎

- Eu não sei o que fazer, Tae. - Queixou-se, olhando o rosto do amigo que o acompanhava no ensaio extra de suas criancinhas naquela sexta feira.

- Você disse que a mãe dele está desesperada atrás dele? - Indagou meio confuso tentando entender melhor a história, escorado na parede com as mãos para dentro da calça bege escura.

- Eu não diria desesperada mas ela pareceu tão... Triste. - Contou ao se lembrar do que havia escutado. - Namjoon quer ver Jungkook e falar com ele e quer o levar até sua mãe mas eu não sei, Tae... Não acho uma boa ideia.

- Espera. Você falou com a mãe dele? - Interrompeu, para compreender melhor.

Jimin comprimiu os lábios não gostando do tom de julgamento que vinha com a pergunta.

- Não, Namjoon ligou para ela e eu estava do lado. - Esclareceu. - Foi quando eu o vi ontem, ele descobriu o número e ligou para ela. A primeira coisa que ela fez foi perguntar sobre Jungkook e Namjoon disse que também não sabia aonde ele estava. Eles conversaram por duas horas e ela chorou por uma hora e meia. - Deu ênfase na última frase com seus olhos bem abertos e preocupados. Suas crianças descansando no canto do studio.

- Nossa mas ela não tentou procurar ele, não? Que horror.

- Ela disse que já até contratou pessoas para tentar o encontrar mas como teve que arcar com tudo sozinha e no sigilo, não conseguiu. - Fofocou. - Fiquei com pena dela de verdade, Hobi, mas não sei o que fazer. Namjoon quer que eu o leve até Jungkook logo para se reencontraram e ele o levar até a mãe, mas não acho uma boa ideia como já disse.

- Por que não?

- Tenho medo. - Confessou, sendo completamente sincero.

Na tarde anterior aonde havia passado com Namjoon, havia recebido um prazo para aceitar o levar até o mais novo. Kim estava bravo com ele por continuar omitindo a localização do antigo amigo e ficou ainda pior depois que desligou o celular, tendo conhecimento do estado em que a mãe dele se encontrava.

A mulher taxada outrora como fraca não soou mais tão vulnerável à própria família quando pareceu, por telefone, ter mexido os céus e a terra nos últimos dois anos para tentar encontrar o filho mesmo sendo tarde demais, depois de o deixar desaparecer por um ano (tempo que ela mesma levou para superar o acidente). Com seu choro e história, comoveu até mesmo Jimin.

No entanto, mesmo comovido, ainda tinha um pé atrás então precisava refletir melhor.

- E se ele se apavorar, Tae? Surtar por ver as pessoas do seu passado? Você nunca o viu em uma de suas crises mas é horrível, é assustador. Ele parece prestes a fazer algo contra ele mesmo. - Explicou baixo para ser ouvido apenas por ele. - Eu tenho medo de que ver eles possa causar algum gatilho nele e ele... Você sabe.

- Jimin... - Tae suspirou, passando a mão nos cabelos pensando em tudo que ele falava sobre Jungkook pela primeira vez, porque Park nunca tornava do quase namorado um assunto profundo. - Na minha opinião, você não pode privar ele de ver a própria família. Eles também o amam e não acho que os ver vai fazer com que ele queira se machucar. Muito pelo contrário, e se conseguirem o ajudar?

- O ajudar como?

- Cuidando dele.

- Eu já faço isso.

- Eu acredito que as pessoas precisam mais do que dos cuidados de um namorado para ficar bem, Jimin. - Pontuou. - O cara não tem nem amigo e está se escondendo da própria mãe!

ESTILHAÇOS  • jjk + pjmWhere stories live. Discover now