Chapter 9

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— quem era, querida? — Liana pergunta aparecendo no hall de entrada. Lisa apenas negou com a cabeça, com as mãos no seu bolso de trás, dando a entender que não era nada importante.

— certo...bom! Está é a Clarisse, se tudo der certo será nossa nova funcionária. — Liana apresenta, empolgada, a mulher que estava logo ao seu lado e Lisa forçou um pequeno sorriso sem parecer mal educada.

— é um prazer conhecer você senhorita, o pouco que conversei com sua mãe, já ouvi coisas incríveis sobre você. — Clarisse diz tímida mas com um sorriso encantador e Lisa retribui pela forma gentil.

Enquanto Liana se despedia da moça, Lisa saiu de mansinho para não atrapalhar e voltou até a cozinha para beber a água que foi interrompida.

"Será que eu fui muito grossa em fechar a porta na cara daquela garota? Ela parecia só querer dar as boas vindas, mas eu simplesmente travei, só consegui soltar aquilo e bater com a porta, espero que ela não me leve a mal, mas é que eu realmente não estou afim de falar com ninguém diferente, pelos menos não agora, eu me sinto bloqueada e mesmo se eu quisesse, talvez não conseguiria. Aquele homem me deixou uma ferida enorme que Sunan e seus amigos fizeram questão de ficar cutucando até se expandir, agora parece que ela não quer cicatrizar de forma alguma e está me matando aos poucos, eu sinto isso..."

— quer comer algo? — Liana interrompe os pensamentos da filha que fitava o mármore com o copo na mão.

— não, estou bem. — disse baixo, sem expressão como sempre, logo guardou a jarra e levou o copo até a pia.

Lisa voltou para o seu quarto com uma única vontade, ficar naquela cama macia o dia todo agarrada ao seu travesseiro, talvez visse algo na TV, mas o sono sempre vem com tudo fazendo ela tirar um cochilo a tarde inteira. Sua mãe já nem insiste para que ela passe um tempo com eles, porque sempre é em vão. Antes, Lisa costumava ver filmes com os pais com um grande balde de pipoca e sempre vários doces que Lalisa ama, a sala de TV virava uma sala de cinema para eles, eram momentos para se guardar na memória, e realmente agora, só memórias.

Jennie assim que entrou em casa foi questionada pelo irmão sobre a cesta ainda em suas mãos, mas ela estava ocupada demais em estar chateada com o que acabara de acontecer.

– não estavam? — ele perguntou voltando a olhar para o telefone. Jennie não respondeu então ele a encarou esperando uma resposta.

— não estavam? — indagou novamente a olhando. Jennie o olhou perdida em sua fala e logo raciocinou a pergunta.

— estavam. — ela disse baixo andando até a cozinha.

— então o que houve?! — aumentou o tom de voz por ela estar mais distante.

— a menina fechou a porta na minha cara. — disse baixo voltando para a sala depois de deixar a cesta do balcão da cozinha.

— ué, por quê? — ele franziu a testa.

— vai saber. — deu de ombros pegando o controle, caindo com tudo sentada no sofá.

— eu e a mamãe fizemos com tanto carinho pra ela simplesmente cagar pra cesta. — disse soltando um suspiro passando os canais na TV.

— deve ser aquelas metidinhas só por ter grana. — ele disse normalmente, mexendo ao telefone.

— deve ser, ela disse pra voltar outra hora, talvez a mamãe leve. — disse despreocupada apoiando o cotovelo no braço do sofá deixando em um canal de seriado.

"Será que eu atrapalhei alguma coisa pra ela ter fechado a porta na minha cara? Meu Deus, logo no primeiro dia estou atrapalhando os vizinhos. A mas sei lá, não tive a impressão que ela era uma pessoa rude, notei em seu olhar algo diferente que eu não consegui decifrar, mas principalmente, notei que seus olhos eram...bonitos, mas pareciam cansados, não sei, ou talvez Tae tenha razão e ela é só uma patricinha mimada, argh! São tantos questionamentos, espero ter uma resposta para todas essas respostas um dia"

YOUR LOVE SAVED ME | JenlisaOnde histórias criam vida. Descubra agora