Dezesseis

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Apollo anda até mim, decidido, possesso, e deliciosamente charmoso, não há um momento sequer que eu olhe para esse homem e não o deseje, com a mandíbula travada, chega até mim, e minha respiração já está superficial, preciso puxar o ar profundamente para conseguir respirar.
– O que eu fiz para merecer tanta raiva? Quer me enlouquecer? Te dei uma escolha Rayssa, agora você perdeu sua chance...
Abro a boca para responder porém ele me beija, possessivo, forte, o desejo explode em meus poros, correm por minhas veias, e acerta em cheio minha intimidade, da mesma forma violenta que me atacou, também me soltou, se abaixou e me pegou pelas pernas e me jogou sobre seus ombros como se eu fosse um saco de batatas.
– Me larga seu brutamontes. Bato em suas costas e recebo um tapa ardido na bunda.
– Fica quietinha, senão seu castigo vai ser ainda pior.
Paro de espernear, e sinto meu corpo inteiro arrepiar com a ameaça, ele me coloca no banco do passageiro, o cinto de segurança e trava o carro, sei que deveria reagir ou pelo menos estar com raiva, mas o coração acelerado, a pele queimando e o desejo implorando para estar com ele não permitem que eu tome a atitude mais sensata, pelo espelho retrovisor o vejo falando ao telefone, em minutos ele entra no carro e dirige em silêncio, o admiro de onde estou, ele para no acostamento da avenida, o assisto morder o lábio inferior, e me olha com seus olhos de fogo, Apollo parece uma daquelas descrições de deuses gregos.

– Não vou te obrigar a ficar comigo Rayssa, também não vou te pedir em namoro ou casamento, mas quero você comigo, te desejo além do limite e sei que você também me quer.
– Nem sempre querer é poder.
– O problema de fazer parte do meu mundo é esse, sempre que eu quero eu consigo, talvez seja por isso que estou tão sem controle.
– E depois? Quando me tiver em suas mãos do jeito que você quer?
– Talvez até lá você também não me queira mais, hoje, porém vou deixar que escolha, o que você quer Ray? Ir pra sua casa ou pra minha? Dormir comigo ou sozinha?
Abro a boca para dizer que quero ir pra casa, mas as palavras travam na garganta e não consigo falar nada, ele me encara intenso, se vira completamente para mim, não quero dar o braço a torcer, amanhã eu preciso acordar cedo, tem uma diária na casa da Paola Vasques, tem meus pais e mesmo sendo maior de idade devo-lhes satisfações.
– Não posso...
– É por causa dele?
O olho sem entender e ele sorri amargamente.
– Era mentira.– Ele afirma me deixando confusa. – Não tem ninguém.
Desvio meu olhar para sua mão que ainda segura o volante, suas veias salientes me lembra sua força.
–Por que?
– Porque você vai me fazer perder meus objetivos, vai me fazer sentir, e se eu me perder agora vou me arrepender depois.
– Entendo, então me dê essa noite e te prometo não voltar mais.
Não sei porque mas ao invés de alívio sua proposta me causa medo, uma pressão no peito, respiro fundo tentando conter o sentimento que não deveria estar aqui.
– Só mais uma vez.
– Aceito, uma noite a mais...
Nos braços de Apollo, completo o pensamento com um estremecimento de antecipação, Apollo liga o carro e aperta alguns botões e o telefone começa a tocar.
– Leve o... carro para o Le Place.
Apollo dirige dessa vez um pouco mais devagar, como se quisesse prolongar o tempo, o carro para no estacionamento do prédio imponente que ele mora, sem dizer uma palavra abre a porta para que eu desça, entramos calados no elevador e permanecemos assim.
– Vou preparar algo leve, fique a vontade.
– Posso tomar um banho?
– Você conhece o lugar, fique a vontade, se quiser descer pelada, melhor ainda.
Ele fala tentando soar engraçado, mas o ar estava muito pesado entre nós.
Afirmo com a cabeça e subo para o quarto. Manuela quem?
Só não esqueço meus pais.
– Mainha, falo tirando a roupa.
– Ray, cadê você minha fia? Já jantamos, preparei aquele baião que você adora.
– Perdão mainha mas, não vou dormir em casa.
– Onde você está minina, seu pai não tá gostando nada disso, juízo Rayssa.
– Tá bom mainha, eu tenho juízo, fala pro painho que eu amo ele, vim pra casa de uma amiga.
– Seu painho tá na sala assistindo novela, me fala Ray, quem é ele?
– Alguém, em casa conversamos.
– Concentra nos estudos amor, mainha te ama.
– Também te amo, muito.
– Juízo Ray, óia que teu pai te pega.
Ela desliga, com a ameaça, painho apesar de durão, nunca relou a mão em mim.
Tomo a ducha e sinto a antecipação do que está por vir, meu corpo inteiro está sensível, meus seios pesam só em imaginar a noite que terei com Apollo, coloco apenas o roupão e desço as escadas que dão acesso à sala e cozinha, Apollo arregaçou as mangas, retirou o relógio, abriu alguns botões da camisa e para me enlouquecer deixou parte do peitoral musculoso à mostra, o ômi está uma loucura, eu já disse que ele é gostoso?
Qualquer uma perderia a cabeça, ainda mais vendo ele colocar uma salada com frutas misturadas, alguns frios, sobre a bancada da cozinha, um vinho tinto suave nas taças, parece que estava tudo preparado, ele tinha certeza que eu viria, isso não me chateia, me deixa um pouco impressionada com sua segurança, passo para o outro lado do balcão e pego a taça,  bicando o vinho e beliscando a salada, sinto sua presença às minhas costas e meu corpo treme de vontade de sentir seu toque, congelo no lugar.
– Pode se servir... Depois será minha vez.
Seu sussurro arrepia minha pele, ele cola seu corpo no meu, pega o cinto do roupão e desata o laço.
– Continue comendo...
Desce o roupão deixando meu ombro à mostra, esqueço que estou mastigando e engulo em seco tudo que estava na boca, tomo um gole generoso do vinho e engasgo ao sentir seu toque leve em minha cintura no local do laço, se eu não estivesse completamente ciente do seu corpo, o tesão explode com seu toque em minha barriga, puxo uma respiração profunda e esqueço de comer.

– Come... – Sinto sua respiração em meu pescoço, ele abre a boca sobre minha nuca, gemo já sem controle sobre meu corpo, seus lábios descem por minhas costas, levando junto o roupão que cai no chão, me deixando completamente nua, sua boca alça o topo do meu bumbum, sinto um espasmo no corpo, meu quadril se movimenta para a frente e ele me puxa novamente e lambe entre minhas nádegas, morde uma delas e lambe, já estou toda molhada e meu tesão escorre entre minhas pernas, uma de suas mãos solta um lado do quadril e toca entre meus lábios vaginais.
Com as duas mãos e sem o menor esforço ele abre minhas pernas e se senta no chão de frente para o meu sexo, a primeira lambida vem me fazendo soltar o balcão e quase ir ao chão.
– Segura no balcão... – ele solta momentaneamente minha boceta e fala em tom de ordem, que eu acato imediatamente, e recebo como recompensa um beijo íntimo que me faz gritar.
– Óh não...
Apollo bebe, e saboreia meu prazer e sei que sente prazer no que está fazendo, ele pressiona com a língua meu clitóris enquanto introduz um dedo em mim, o prazer extrapola qualquer limite e caio em um clímax arrebatador, minhas pernas falham e ele me ampara em seus braços, me sentando de frente para ele, ainda tonta com o prazer vejo seu sorriso satisfeito, ele aguarda minha recuperação, e se levanta comigo no colo.
– Vou foder você por todo esse apartamento e quando terminar vou te levar para fora e te comer naquela jacuzzi, na área externa, amanhã não terá condições de andar, ou fazer qualquer outra coisa além de me sentir entre suas pernas.
Com essa declaração ele levanta minhas pernas até a cintura e liberando sua calças, enquanto ele desce o zíper  eu tento arrancar sua camisa.
– Farei valer a pena.
Minha pele queima contra a pele macia e escura dele, essa será a última vez então também farei valer a pena, desço dos seus braços e o guio até o estofado, ele se senta de cueca e uma ereção que assustaria qualquer outra, menos eu, não mais, retiro sua boxe branca sentindo a maciez do seu membro de veias saltadas, ajoelhada entre suas pernas o engulo completamente, ele pulsa em meus lábios, e solta um rosnado sexy que me excita.

Última vez, será?!

Nos Braços De Apollo Where stories live. Discover now