Capítulo 32

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A noite realmente foi maravilhosa, inesquecível, ele me levou para o resort, o mesmo lugar da nossa primeira vez, só que o lugar estava completamente diferente, parecia a realização de um sonho, uma cama foi colocada no gramado em frente à piscina e estava coberta de pétalas de rosas, champanhe no balde de gelo, nos entregamos de corpo e alma, e nos tornamos um só. O tempo passou rápido, fechei os olhos e lá estávamos nós dois no banco de trás do carro, ele segurando minha mão e fazendo carinho, massageando, estala dedo por dedo, sinto sua ansiedade, também estou ansiosa mas me seguro para não demonstrar.
– Você vai me ligar falando que chegou bem?
– Assim que pisar em terra firme.
Afirma quando o carro que veio me deixar na faculdade para, ele me beija quente, e saudoso.
– Vai me mandando uns nudes.
– Vou sim.
Entro um pouco aérea na instituição de ensino superior, tento me concentrar nas explicações, anoto tudo e quando o sinal do fim da aula soa arrumo minhas coisas e saio ao lado de Brenda que também está calada.
– Ele disse que volta, então ele volta.
Falo sem perceber a presença da minha amiga.
– Ele vai voltar sim. – ela afirma.
– Essa hora ele deve tá no ar. – fico até arrepiada ao imaginar que ele está numa caixa metálica, que voa no breu dessa noite escura.
Faço tudo no automático, chego no apartamento e mainha insiste em esquentar minha comida, ela faz tudo conversando animada sobre a casa que fomos olhar na terça-feira, porém não escuto nada, fico distraída revirando a comida de um lado ao outro no prato, a comida esfria, e quando coloco distraída uma colherada na boca.
– Aaaiii! que trem ardido da mulesta é essa?
– Assunta só, a comida esfriou, coloquei um tiquinho de pimenta, talvez assim ela esquente pelo menos sua língua visse, acorde rayssa.–
Ela me olha parecendo braba.
– Oxente mainha, eu tô pensando no Apollo, a senhora acha que ele vai voltar?
– Acho que sim, o homi num te largava, posso contar nos dedo as hora que tu vieste aqui me ver.
– E se ele não voltar? – falo com o coração apertado.
– Tu vai morrer? – ela pergunta um pouco indignada.
– Voou – falo fazendo bico.
– Tu cria vergonha nessa tua cara Rayssa, num criei fia inteligente pra ficar morreno por macho não, se ele num quiser voltar o que num falta nesse mundo é homi e tenho certeza que outro vai te amar e num vai imbora visse.
– Eu sei mainha, mas eu quero o Pollo, acho que não vou encontrar outro igual a ele não visse.
– Então deixe de ser tabacuda, quem disse isso? Ele? Num vô negar, seu namorado é um homi grande, bunito e cheiroso, mas tem outros por aí, né só ele que ixiste não, entendesse?
– Sim de vera mainha, brigada por seus conselhos, vou estudar um pouquinho antes de dormir, sua bença.
– Deus que te dê boa sorte.
Passo em frente ao quarto deles e escuto a tv ligada.
– Bença painho...
– Deus te abençoe mia fia.
Entro no outro quarto e coloco minha mochila sobre o estofado que fica aos pés da cama, vou direto para o chuveiro, tomo um banho quente, e ao passar sabão em meu corpo me lembro das noites anteriores, dos banhos com o Apollo, minhas mãos tocam meus grandes lábios, os afasto para lavar e me lembro da mão escura dele descendo por minha virilha e alcançando aquele montinho de carne, a água já tinha levado embora o sabão então toco na entrada da minha bocetaa e estremeço com uma pequena pontada de dor da pele sensível, mas também pudera, ontem e hoje usamos e abusamos do nosso corpo, quase pedi arrego, mas eu sou uma recifense arretada, também bastava aquele homem tocar meu corpo e eu já estava pronta, perdi as contas de quantas vezes ele me fez gozar gritando seu nome. Retiro minha mão do local ofendido e termino meu banho, mais cedo havia pego minhas roupas e objetos pessoais da cobertura para cá, e tenho fé que em menos de um mês conseguirei arrumar uma casa.
O gerente do hotel remarcou minha entrevista para amanhã então eu não fico muito tempo estudando, apenas leio as anotações da aula de hoje e me deito, e apago em questão de minutos.
O celular toca em algum lugar, acordo com o corpo pesado, primeiro me sento na cama, depois jogo as pernas para fora, meus olhos se fecham, mas não posso continuar dormindo então eu levanto e ando com metade dos olhos abertos.
– Bom dia, bença mainha, bença painho.
Abraço e beijo painho e faço o mesmo com mainha.
– Que horas você vai sair pra trabalhar minha fia?
– Daqui a pouco mainha.
Coloco café e um prato de beiju com queijo vem parar em minha frente, e na frente de painho.
– Obrigada mainha. – ela beija carinhosa minha testa. – meu telefone toca e atendo vendo o sorriso de Apollo na tela do telefone, essa foto eu tirei o dia que jantamos no shopping, meu coração chega a saltar.
– Oi príncipe, chegou bem?
– Cheguei sim, tô mais pra zumbi. – saio da cozinha e vou para o quarto.
– Então meu príncipe é zumbi. – ele sorri gostoso, aquecendo meu coração.
– Liguei só pra avisar, vou dormir um pouco pra passar o jet lag.
– Então dorme com Deus.
– Fica com Deus também.
– Inté. – ele suspira e responde um até breve baby, desligo sentindo sua falta.

Nos Braços De Apollo Where stories live. Discover now