Capítulo 29

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Caímos sobre o carpete da sala, Apollo desamarra o avental e coloca uma das suas mãos grandes dentro da minha blusa, aperta um dos meus seios enquanto morde o outro por cima do tecido, aproveitando que não estou com sutiã, gemo e tento me esfregar nele, porém ele me contém com seu peso, coloca as mãos em meus braços e segura meus pulsos acima da cabeça, indefesa apenas aceito o que ele me oferece.
Sorri e me beija chupando minha língua, fico frustrada quando tento mais uma vez mover o quadril, me concentro e descarrego no seu beijo a frustração, chupando sua língua, ele liberta meu quadril e coloca uma mão dentro do meu short e toca onde eu mais preciso, gemo em sua boca.
“ toc, toc, toc”
– Ray minha fia, você tá aí?
– Ô pica, para Apollo.
Falo sem fôlego, ele respira fundo.
– Não tem como fingir que não estamos aqui?
– Oxente mar é que não, é a mainha, ela sabe que tô aqui.
ele se senta enquanto mainha continua batendo na porta, olho pro colo dele e salivo com o volume em suas calças.
– Eu deveria ter arrumado um apartamento mais longe pra sua mãe morar.
– Você fala isso mas ama as comidinhas que ela faz, visse.
– Isso não a faz menos empata fo...– calo sua boca com um último selinho, ele se senta e eu respiro fundo tentando me recompor, ando até a porta enquanto Apollo sobe as escadas como se o diabo tivesse correndo atrás dele.
– Que demora é essa pra abrir a porta.
Mainha resmunga, fico quietinha atrás da porta ouvindo seus resmungos.
– Deve tá bem saracutiando  com aquele ne-gão, até eu saracutiava se tivesse a idade dela, bicha sortuda, ainda bem que é fia mia.
– Mainhaaa... Que feio... – ela dá um pulo e segura o peito e fica mais vermelha que tomate maduro, quando abro a porta de supetão.
– Qualquer hora dessas eu caio mortinha da silva ó Rayssa e a culpa vai ser sua.
– Quem manda mainha ficar falando o que não deve no corredor.
– Falando o que?! Indoidô a minina
– Sim, sei... – ela entra.
– Já almoçou?
– já, comida japonesa.
– Eu é que não como esses trem cru, peixe já é fidido cozido.
– É mais eu comi o kisobrô.
– Que diacho é isso. – ela faz uma careta engraçada.
– kisobrô de ontem, taquei tudo na panela e fiz um mixidão.
Mainha parece meio sem jeito.
– Tá precisando de alguma coisa? – pergunto a ela.
– Não, na verdade, eu tô um pouco sozinha, e é estranho morar numa casa que não é nossa, parece que não temos vizinhos, eu sei que pareço ingrata, mas e se...
– Oxente é provisório mainha, não vai ser pra sempre, só tenha um pouquinho de paciência, se Apollo não achar nada pra mim no resort eu bato de porta em porta e daqui alguns meses vamos levantar nossa casinha novamente, e também tem a doida da Patrícia.
– É eu sei, mais seu painho não dormiu a noite todinha, ficou rebolando na cama, o bom é que não tem muriçoca.

Sinto o cheiro dele antes de entrar na sala.
– Boa tarde dona Raimunda.
– Boa tarde meu fi.
– Ray, onde está seu telefone, te liguei e só fala que o telefone não existe.
– Éh... Meu telefone...
– Sim, te mandei um monte de mensagens e até agora você não visualizou.
– Seu telefone ficou na mesa fia, queimou junto com a casa.
Mainha fala em tom de lamento, se eu sabia tinha levado comigo.
Apollo me olha nos olhos.
– Vocês e seus orgulhos.
Vira de costas e sobe para o quarto.
– O que ele quis dizer?
– Nada não mainha, deixa pra lá, Apollo é consumista.
– E como tá a faculdade? – lembro da minha atitude ontem e fico envergonhada, estou muito agressiva, não sei o que está acontecendo comigo.
– Estou indo bem, na verdade eu preciso ir estudar.
– Já vou pro apartamento então, qualquer coisa é só chamar.
– Mainha... Eu te amo.
– Eu também te amo, meu amor.
– Antes de ir pra faculdade passo lá pra te dar um beijo.
– Vai mesmo ó Rayssa.
Ela sai batendo a porta e eu vou pro escritório, sobre a mesa de madeira escura que agora está limpa está meu material, hoje tenho prova, e amanhã também então preciso estudar mais um pouquinho, repassar a matéria, tenho estudado ao longo das aulas, por isso estou segura que acertarei toda a prova.
Meia hora depois Apollo abre a porta, me olha enigmático e com certa ansiedade.
– Tenho algo pra você...
– Apollo... – Não quero que ele gaste mundos e fundos comigo.
– Nada de Apollo. – coloca sobre a mesa uma sacola de papel, abro curiosa, mal respiro com o que tem dentro.
– Um I-Iphone 12 Pro Max?
– É só um telefone Rayssa.
– É um telefone de mais de nove mil reais! Não posso andar por aí com um telefone desses, se eu for assaltada?
– Se você não percebeu... Agora você anda com seguranças.
– Tô pôde. –Ele gargalha. – O povo vai achar que eu sou uma diva do cinema.
Não posso aceitar Apollo, você já tem feito muito por mim.
– Faz assim, use enquanto puder, se algum dia não se sentir às vontade pra usar você devolve.
– Um empréstimo?
– Pode ser... – ele balança o ombro, Apollo está sentado na mesa, sua calça social destaca seus músculos e daqui dá pra perceber que ele tem uma arma poderosa, desvio o olhar pro seu rosto e vejo seu sorriso safado.
– Preciso estudar...
– Tudo bem, nos vemos mais tarde então, vou tomar um banho.
Ele sai, já estudei a matéria, mas quanto mais, melhor.
fisioterapia respiratória...  Sem que eu permita imagens de Apollo ensaboando o corpo, com suas mãos grandes descendo pelo abdômen, fazendo espuma por onde passam, até chegar no cacete totalmente ereto com espuma na ponta, invadem minha mente me obrigando a fechar as pernas, ó meu pai, preciso esquecer, mas já era, minha calcinha já está molhada, penso nele passando a mão pelo grande mastro, minha respiração descompassa, enfio uma mão dentro do short, enquanto aperto o mamilo com a outra, pressiono com os dedos o clitóris, e só isso não é o suficiente, então desço um pouco mais o short e coloco um dedo dentro da boceta que está toda melada, gemo um pouco alto fechando os olhos, aperto mais forte o bico do seio, aumento o movimento da mão.
“ Báááá" a porta do escritório bate e eu caio da cadeira giratória com as pernas pra cima, ouço o início de uma gargalhada, e levanto a cabeça um pouco acima da mesa, Apollo tá segurando o riso com a mão, mas ao ver meu olhar anda rápido até onde estou e me ajuda a levantar, de pé ele me olha curioso.
– Por que quis fazer isso sem mim? –
– Oxente, isso o quê? Eu tava estudando. Meu rosto esquenta.
– Estudando como gozar sem mim? – ele pega uma das minhas mãos, a que eu estava usando lá embaixo e beija, depois chupa meus dedos ainda molhados.
– Da próxima vez...  Uh gostosa, não precisa nem pedir.
Ele me coloca sobre a mesa, os materiais vão para o canto, sua mão segura meu cangote enquanto a outra abre e segura minha perna, sobe e tenta tirar o short, suspende meu corpo e desce por minhas pernas, me põe sentada novamente e pega os dois lados da calcinha, pra não me machucar ele desce um pouco e puxa dos dois lados rasgando o tecido fino, abro sua calça e ela pende na cintura, mas revela a ereção contida pela cueca box, abraço Apollo e me esfrego nele e gemo sem pudor, coloco minhas mãos em suas costas musculosas, enquanto ele beija meu pescoço, chupa a pele me esfrego quase em desespero.
– Quero você... – falo sem fôlego, desço a calça junto com a cueca e seu membro salta duro feito pedra.
Ele me toca enquanto pega um preservativo na gaveta, abre com os dentes e me entrega, o visto e bombeio, ele joga os quadris para frente, buscando por mais, beijo sua boca enquanto encaixo nossos sexos, e me sinto plena e muito preenchida.
– uh gostoso! – ele sussurra um gostosa, nos movimentamos, nos esfregamos, num vai e vem, estou muito molhada, escorregadia, e a cada estocada que ele dá o prazer aumenta, ele me pega pelas coxas e ainda encaixados me leva até o sofá, sai de mim e me deita no sofá de canto, de barriga pra baixo, dá um tapa estalado em minha bunda a abre, leva a mão até minha entrada da frente e lambuza os dedos e passa atrás, um arrepio percorre por meu espinhaço, ele coloca um dedo no meu ânus e eu estremeço, por incrível que pareça, de prazer, Apollo levanta meu quadril e encaixa novamente nossos sexos, estimula meu clitóris com uma mão, meu ânus com os dedos e o pau enfiado até o talo, grito e tento me mexer mas na posição que estou fica difícil, sinto meus músculos vaginais se contraírem.
– Óó apo... – Não tenho tempo pra terminar, pequenos pontos de luz brilham em meus olhos e grito, meu corpo todo treme e um sorriso brota em meus lábios, sinto que ele ainda está em mim, seu corpo assim como o meu está suado e trêmulo.
– Vou trancar você nesse apartamento.
Sua voz sai entrecortada, sem fôlego.
– Desde que eu tenha comida.
Sorrimos, ele se levanta e vai até o banheiro do escritório, demora alguns minutos, enquanto eu saio nua pelo apartamento, em direção ao quarto, tranco a porta do banheiro e tomo um banho rápido.
– Por que trancou a porta do banheiro?
– Tá na hora de ir pra faculdade, não posso me atrasar.
Cato minhas roupas e visto apressada.
– A Patrícia não vai mais te incomodar.
– Como você pode ter tanta certeza?
– Apenas tenho, mas gostaria que você continuasse andando com os seguranças.
– Tudo bem, mas eles não podem entrar na faculdade.
– Certo, que mais madame?
– Nada mais, senhor.
Desço até o escritório e pego meus materiais.
– Até mais tarde Rayssa.
– Até mais, gostoso.
Beijo o cantinho dos lábios dele, que me puxa e fica de quatro sobre mim.
– Eu deveria te proibir de sair, assim eu te teria como, quando e quantas vezes pudesse.
– Aí morreríamos de fome.
– Ah, estraga prazer, vai estudar, antes que eu arranque essa sua roupinha de universitária e te mostre quantos músculos é preciso pra te comer por toda a casa.
– Uiii que medinha... – ele rosna, solto um gritinho agudo e saio do quarto correndo.
         
Na faculdade, não vejo nem sinal da minha amiga louca, entro na sala me ajeito na cadeira, Brenda chega apressada, e dessa vez parece que ela esqueceu de passar o desodorante.

– Gente do céu que inha... – Ela levanta a bolsa e eu calo na mesma hora, ela é louca e sei que teria coragem.
Ela se senta atrás de mim, o que acho estranho, pois esse sempre foi o lugar do Arão, por falar em Arão, olho toda a sala e ele está sentado no fundão, se escondeu atrás do Josias o aluno mais alto da turma.
– Você vai me passar cola sua viada, você estudou mais que eu.
Assim que ela termina de falar o professor entra e começa a explicar sobre a prova, que para a felicidade geral, vai ser de dupla, junto minha cadeira com a da Brenda que sorri como se tivesse ganhado na mega da virada.
  Assim o tempo voa e quando percebo já é sexta-feira a noite e estou indo pra casa, fui ver painho ontem quando cheguei da faculdade e ele estava arredio, mas não quis dizer o que estava acontecendo, também não insisti.
Apollo comunicou pela manhã que teria reunião na cobertura essa noite, por isso vim um pouco mais arrumada.
Desço do carro e ando até a garagem, o elevador chega na cobertura e a casa está cheia, surpresa ando entre as pessoas.
– Ei moça, traz pra mim uma vodca.
Um rapaz alto e musculoso e bem arrogante me pede, algumas moças estão servindo bebidas e meu vestido está um pouco parecido com o delas, calada ando até onde ficam as bebidas e sirvo num copo a bebida do rapaz, quando volto Apollo está conversando com ele.
– ... Gaspar, não sei se é um bom investimento visto que eu já tenho algumas espalhadas pelos resorts, mas vou estudar direitinho sobre...
Me aproximo.
– Com licença senhores, sua bebida.
– Da próxima não interrompa uma conversa querida, é falta de educação.
– Amor, por que está servindo bebidas?
– Esse senhor me pediu gentilmente uma bebida. – uso muita ironia no gentilmente, Apollo me olha com fogo nos olhos, me beija carinhoso.
– Gaspar, sabe esse investimento? Eu não gosto de dar tiro no escuro.
O tal Gaspar engole seco.
Dois senhores chegam e cumprimenta Apollo, que me apresenta, como sua namorada ao senhor Júlio e dona Beatriz que são casados há mais de quarenta anos.
– Soube que minha sobrinha andou dando trabalho. – o senhor Júlio chama nossa atenção, fico olhando o senhor simpático de sessenta e poucos anos, que nada tem a ver com a loira psicótica, veja bem meu filho, eu sou um juiz e fico por dentro de tudo que acontece, já tentei internar a Patrícia algumas vezes, mas Bia não deixou, é a única sobrinha, perdeu os pais muito nova.
– Desculpe excelência... – o senhor Júlio pega em minhas mãos.
– Não precisa me chamar de excelência minha filha, não estamos no tribunal, me chame de Júlio apenas.
– Seu Júlio me perdoe mas ao que tudo indica sua sobrinha...
– Colocou fogo na casa dos seus pais.
Abro a boca.
– Como eu sei? Eu sei de tudo minha querida e já estou procurando uma solução, Patrícia não pode continuar fazendo o que quer.
– Não fale assim da Paty, Júlio, você sabe o quanto me...
– Eu sei que dói minha querida, mas veja essa moça, ela perdeu quase tudo que tinha por causa da nossa afilhada.
– Eu fico tão triste Júlio.
– Eu sei meu amor, mas não tem condições de manter ela em sociedade, não sabe o tanto de favores que devo por causa dela, inclusive ao deputado.
A senhorinha emburra e sai do apartamento batendo a porta.
– Me perdoe mas, preciso ir, minha secretária vai entrar em contato, vamos
Apollo balança a cabeça e o homem sai, meu namorado respira fundo um pouco desanimado, após algum tempo conversando com pessoas que eu nem conheço, gente importante, percebi qual era o objetivo de Apollo, porém parece que não vamos resolver tão cedo.
Depois que todos vão embora, eu e Apollo sentamos na chaise que tem na varanda, ele faz carinho em silêncio em meus cabelos.
– Amo a forma como seus cabelos escorregam entre meus dedos, tento vontade de segurar forte e puxar pra que eles não fujam. – começo a cochilar.
– uhmmm. – acho que estou sonhando com uma declaração dele.

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