𝐌𝐚𝐭𝐞 𝐨 𝐑𝐞𝐢 𝐊𝐢𝐦 | Jinsoo

𝐂𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟏𝟐

   Estava com medo da porta não abrir quando eu voltar, por isso coloquei uma pedra deixando-a semi aberta. Olhei para a floresta e comecei a caminhar, sempre olhava para trás decorando o caminho de volta. Tudo que eu não preciso é me perder, seria meu maior pesadelo.

O barulho de água me chamou atenção, segui ele. Encontrando uma cachoeira, o lugar era lindo! Tirei meus sapatos, peguei meu vestido levando-o um pouco para entrar na água sem molha-lo. Inspirei fundo, sentindo todo aquele cheiro maravilhoso de natureza. Como eu sentia falta disso. Um barulho me chamou atenção, olhei para trás e me deparei com o rei Seok-Jin saindo de perto da cachoeira.

Ele estava com as mãos nos cabelos molhados, olhando para o lado com seu maxilar marcado amostra. Ele estava de calça e sem camisa, senhor! Ele está sem camisa!

Seu peitoral é definido, mas não de maneira exagerada. Tenho certeza que estou boquiaberta, afinal, estou de queixo caído com essa visão. Estava ficando quente, fechei a boca e olhei para a saída. Eu estava longe, provavelmente ele me notaria antes de chegar. O que custa tentar?

Tentei correr para a terra, mas escorrei e cai. Me molhando toda, o vestido que tive cuidado para não molhar as pontas estava encharcado. Escutei passos se aproximarem, levantei o mais rápido que consegui. Tirei o cabelo do rosto e tossi, isso era um vexame!

— Jisoo Axel? — Ele perguntou com sua voz rouca, fiquei ainda mais vermelha com sinal do meu constrangimento. — Meu Deus! O que faz aqui?

Olhei para ele atordoada.

— O que você faz aqui? — Devolvi, ele riu. — Desculpe-me, eu estava no jardim quando encontrei uma porta para fora do castelo. Você sabia que ela existia? Tipo, ela parece fazer parte do muro. Mais não é!

Eu estava nervosa e acabava falando muito, Jin estava rindo de mim.

— Sim, eu sei. O castelo é meu, senhorita. — Falou, assenti. Eu saí da água, dobrei o vestido para tirar a água. Jin ainda estava parado me encarando, sem camisa, alguém da uma camisa para esse homem. Eu suplico.

É uma visão dos céus, mas eu não posso ter o luxo de olhar. Isso é um saco, quando levanto a cabeça para olhá-lo meus olhos logo caem sobre seu peitoral lindo. Tenho a sensação de estar bamba, o que faz meu plano de sair correndo parecer ridículo.

— Ah, então tá. — Falei confusa, eu estava com a sensação que aumentou uns 30 graus nos últimos três minutos. — E-eu, vou voltar então.

Passei a mão pelo vestido, respirei fundo e me obriguei a olhar nos olhos do rei.

— Você sabe o caminho de volta? — Indagou, ele cruzou os braços. Meu olhar caiu para sua barriga, meus olhos pesavam, mas felizmente voltei a encara-lo.

— Sim? Eu acho, não tenho certeza. — A resposta correta era: eu sabia, mas vê-lo de tal forma me fez esquecer até meu próprio nome. — É, nos vemos no jantar. Alteza.

Me virei para andar, ele puxou meu braço fazendo-me cair em cima dele. Jin era quente, seu cheio era incrível e indescritível, talvez fosse uma mistura de fragrâncias feitas apenas para ele. Recuperei o equilíbrio, ao menos o suficiente para me manter em pé e me afastei dele.

— Voltaremos juntos, não quero que você se perca na floresta. — Falou, sua arrogância estava ali. Isso me fez desencantar, ou era o que eu queria que tivesse feito. — Se você se perder pode se machucar, fora que trará trabalho e dor de cabeça para mim.

Revirei os olhos, não me contive. Só notei isso quando o vi sorrindo, ele tocou no meu queixo e ergueu.

— Você é corajosa, senhorita. Admiro isso, algo que não vi nas outras. — Admitiu, a confissão repentina me fez perder o equilíbrio. Por sorte ele ainda me firmava com seu braços fortes, sinto que esta tudo girando. — Acho que Dahyun exagerou no blush, parece que levaste uma chinelada.

Soltei uma gargalhada, o rei estava sorrindo para mim. Ele ficava lindo desta forma, ainda mais tendo o fato de estar sem camisa.

— Espere um momento, já volto. — Falou, ele saiu e eu fiquei ali parada de maneira boba esperando sua volta.

Quando ele voltou, ele já estava vestido em uma camiseta. Fiquei um tanto quanto decepcionada, mas era reconfortante o fato de não ter que desviar o olhar o tempo todo com a clara certeza que ele notou.

Caminhamos de volta para o castelo, no início ficamos em um silêncio constrangedor. Até ele se cansar disso e falar:

— Por que estava no jardim? — Indagou, olhei para as árvores.

— Não sei bem. — Menti. — O jardim é um ótimo lugar para descansar e pensar.

— Realmente, imagino que sua curiosidade te trouxe aqui. — Supôs, balancei a cabeça.

— Obviamente, mas acho que o tédio também tenha haver com isso. — Ele soltou uma gargalhada, é algo tão gostoso de se escutar. — Ainda estou aguardando o sermão, alteza.

— Não irá ter, senhorita. — Isso me chocou, olhei para ele. — Se estivesse em seu lugar faria pior, só espero que na próxima vez que estiver explorando o castelo tome mais cuidado. Não quero que se machuque.

— Você é tão atencioso, por isso todas aquelas mulheres estão sedentas por ti. — Falei, Jin pressionou os lábios.

— Eu sou um rei, não posso ser egoísta. Tenho que pensar no meu povo, não concorda?

— Concordo plenamente, mesmo assim poucos Reis pensam desta forma. — Falei distraída, Jin bufou.

— Por isso seus impérios vão ao colapso, esses Reis que só pensam em guerras causam sua própria morte. — Falou, franzi o cenho. — A segurança do meu povo vem em primeiro lugar, meu pai confiou a mim este reino.

— Por isso você é conhecido como, Seok-Jin o Grande. — Falei, lembro-me que em meus estudos escutei esse apelido.

— Quem sabe?

O resto do caminho foi em silêncio, mas diferente do início, esse não era constrangedor.

Chegamos ao castelo no pôr do sol, ficamos perto das margaridas. Jin olhava para elas com apreço, seu olhos chegavam a brilhar. Era encantador.

— Você gosta de margaridas, alteza? — Indaguei, ele olhou para mim. O vento soprou sobre nossos rostos, ele sorriu.

— Ela amava margaridas, por isso que também as amo. — Jin falou, logo acenou e se virou. Indo embora sem mais explicações.

Ela quem?