400K | AU LIPER (LILY + JASPER)

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Após entrar na casa de Carlisle, meus olhos vão imediatamente para outro loiro, que atiça meus instintos de maneira que me incomoda

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Após entrar na casa de Carlisle, meus olhos vão imediatamente para outro loiro, que atiça meus instintos de maneira que me incomoda. Ele é belo, claro, mas sua beleza é ofuscada pelas cicatrizes que marcam seu corpo atlético. Quer dizer, eu especulo que seja pelo corpo inteiro, já que as roupas cobrem boa parte. Enfim, é difícil desviar meu olhar do dele, entretanto meu instinto de sobrevivência parece gritar para ter o menos de contato possível. O loiro claramente tem algo nele que me faz teme-lo.

Que tolice a minha, temer alguém. Não. Nem em nível instintivo. Eu me recuso.

— Seja bem-vinda! — Uma morena se precipita para me abraçar. Uau.

Um abraço.

— Olá — forço um sorriso educado. Não estou acostumada com pessoas amigáveis. Droga, eu mal estou acostumada com pessoas.

— Eu sou Alice — se apresenta a morena, me dando um olhar de quem sabe algo que eu não sei. Provavelmente sabe muitas coisas, de fato.

— Lilith — digo o mais suavemente possível, o que não é muito.

— Sente-se, por favor — outra morena me indica a sala de estar. Escolho me sentar em uma poltrona. Os outros se sentam com base nisso, me cercando. O loiro não ameaçador continua no mesmo lugar, sentado nos degraus de uma sofisticada escadaria, seu olhar em mim.

Eu entendo. Também ficaria me encarando se fosse ele.

— Então Lilith, em que posso ajudar? — Carlisle se senta a minha frente, sua expressão gentil e postura relaxada.

— Bom...

SEMANAS DEPOIS

Estou em um dos meus raros momentos sozinha na mansão, sentada ao lado da janela na entrada, a visão focada na floresta e os pensamentos no passado.

Minha tranquilidade não dura muito, já que uma certa morena furacão chega mais cedo da caçada, vindo até mim com uma expressão ansiosa e alegre.

— O aniversário de Jasper é daqui um mês — cantarola Alice, ficando ao meu lado — pensei que fosse gostar de saber.

Franzo as sobrancelhas, confusa por um momento. É claro que eles comemoram aniversários aqui. Em Volterra comemoramos apenas o dia da nossa transformação e só a cada cinquenta anos. Depois de um tempo é simplesmente um gesto vazio. Vamos viver para sempre, pela ira de Deus. Não é como os humanos, que comemoram cada ano completo como uma vitória.

— Teremos uma comemoração? — Questiono, me virando para ela.

— Sim, infelizmente nada muito grande, mas sim — sua reprovação por não ser uma festa extravagante é cômica.

— Legal — comento, realmente achando — preciso fazer algo?

— Ah, nada, só preparar seu presente para ele — responde.

AlvoradaWhere stories live. Discover now