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Em vez de ir para casa, vou para La Push. Acho que o azar da Swan passou para mim, pois o irritadinho que me odeia está brigando com uma garota, alguma coisa com L (que parece uma modelo de tão bela) em frente a casa de Jared. Percebo outra garota perto também, mas ela só observa tudo com aflição.

Saio do táxi com desânimo, prevendo o estresse que passarei.

— O que está fazendo aqui? Eu disse para ficar longe de nós — Sam me olha zangado.

— Eu só quero checar se Jared está bem — tento não deixar transparecer o quão frustada e impaciente estou. Sam é uma pedra no meu caminho que eu adoraria chutar.

— Quem é ela? Outra? É isso, Sam? Eu pareço uma maldita parede de caçador para você enfeitar com uma coleção de chifres? — a garota modelo grita para o chato. A outra tenta um "calma, prima" mas não ajuda em nada. Acabo deixando escapar uma risada nervosa.

— Olhe, posso te garantir que não faço parte do harém dele — comento — estou aqui pelo Jared. Ele é mais gostoso.

— Harém? — parece que é a única parte que a tal Lia (ou Leia, ou não sei, não me importo) ouviu saindo de minha boca.

— Vá embora, Leah — Sam parece estar quase explodindo, com seu rosto vermelho e suas mãos tremendo — terminamos. Não há mais nada a ser conversado. Eu não te amo mais! Me deixe em paz!

Ela parece realmente ferida com isso. E a outra, sua prima aparentemente, chora silenciosamente olhando os dois. E eu achando que tenho problemas...

— Foda-se você e todas as suas promessas estúpidas, Sammy — então ela dá um belo soco na cara dele, aquém das mais dramáticas novelas mexicanas. E depois disso sai correndo, dando partida no carro mais rápido que eu saindo da escola.

A outra se aproxima de Sam, que está paralisado, parecendo realmente mal agora.

— É melhor você se afastar, bonitinha — chamo garota, que continua se aproximando da besta — sério, você vai acabar se machucando.

— Sam nunca me mach — e bum! Sam se transforma em um enorme lobo, ironizando a fala da sua amante (?) e a machucando. Muito.

Antes que o cheiro de sangue me atinja, a imagem é imediata. Parece um filme de guerra. Sangrento. Me aproximo dela, encarando seus grandes olhos castanhos agonizantes.

Me lembro dos cervos que caço.

— O que está acontecendo aqui? — Billy Black sai da casa de Jared junto com o dito cujo.

— Se afasta delas, Sam! — Jared grita furioso e chocado, se aproximando de nós. Billy faz o que pode para se aproximar com rapidez também.

Sam rosna e se afasta, choramingando. Pobre lobo.

— Está tudo bem — digo tentando acalmar a garota, fazendo careta para o sangue. Tão tentador. Tão perto...

— Lily — Jared retoma meu foco, segurando meu rosto com firmeza — você precisa cura-la.

— Por que eu faria isso? Vocês me odeiam. Sam acabou de me expulsar pela milésima vez. Ele não ia me deixar vê-lo, Jared — minha voz soa quase birrenta. Eu a salvaria de qualquer jeito. Mas quero saber qual será a resposta dele. Uma parte de mim, talvez aquela que me fez uma Volturi, quer ver eles implorarem.

— Não é por ele, ou por qualquer um aqui. É pelo bem. Fazer o bem. Salvar alguém — ele gentilmente me faz olhar para a garota em meus braços, que se contorce de dor, suas lágrimas misturadas com sangue. Quando ela foi parar em meus braços?

AlvoradaWhere stories live. Discover now