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— Por que mesmo eu não posso matar nenhum humano? — pergunto distraidamente, observando humanos passeando. Estamos em um parque, um do tipo deprimente, já que estamos em Forks. Depois do meu desastroso (segundo Alice) primeiro dia de aula, as mulheres da casa decidiram passar comigo para "observar o pôr do sol e observar mais dos humanos". Humanos. Humanos. Humanos. Não aguento mais essa palavra.

Um grupo de adolescentes do sexo masculino encara eu e as Cullen de maneira lascívia, o que gera um incômodo entre nós. Nenhuma delas reclama, mas suas expressões se fecham. Temos força para esmaga-los com uma mão apenas... por que não fazer?

Eles parecem ouvir minha última frase e me olham de maneira estranha. Um deles se aproxima de mim, me fazendo estreitar os olhos.

— Oi, docinho — como não tem reposta, ele insiste — ah, vamos lá, sorria para mim. Uma garota linda como você deveria sorrir mais — o nojento tem a coragem de me dizer.

Não sorrio, mas mostro os meus dentes. É o suficiente para afasta-lo. Ele recua até seu grupo, que ficam nos observando nós afastarmos.

— Isso foi o certo da maneira errada — Alice parece um pouco exasperada.

— Te irrita eu não parecer humana? E nem me esforçar para tentar ser? — retruco.

— Não doeria tentar parecer normal — ela rebate. Não entendo sua insistência nisso. Seria para que eu sofresse menos tentando me adaptar quando me separasse dos Cullen? Aquele papo de "aprenda no amor com a clã, não na dor com o mundo" que Corin me dizia?

— Todo mundo tem o seu tempo — Esme comenta, sua voz suave e compreensiva — entender os humanos depois de tanto tempo longe deles é algo difícil e devemos nos colocar no lugar de Lilith. Não podemos ler sua mente ou sentir suas emoções, mas podemos ter empatia e paciência.

— Não temos que nos forçar a superar algo ou nos tornar algo que não somos. Com o tempo, as coisas vão achando seu lugar — Rosalie da sua opinião de forma pensativa — tudo bem não se encaixar com os humanos. No final das contas, eles são um reflexo de nós no passado. Parecidos, mas não iguais. E vivendo o que não conseguimos.

— Temos que ter respeito por quem fomos — Alice murmura, abraçando a si mesma — por isso não matamos humanos. Eles tem histórias, famílias, sonhos e medos. Como podemos nos achar juízes da vida, decidindo quem morre? Se temos a chance de nos alimentar de animais, por mais que também cause dor para os bichinhos, temos que tentar. Tentar ser melhores.

Ficamos um tempo em silêncio, todas refletindo sobre a conversa.

— Com licença — um humano em tamanho pequeno nos para. Ele está com as bochechas coradas e sorri de maneira tímida. Em suas mãos, ele carrega uma cesta com vários tipos de flores — gostaria de presentea-las com algumas flores.

— Ah! Que gentil — Esme sorri derretida, agachando-se para ficar a altura dele. O pequeno então a entrega uma bonina lilás. A morena a abraça brevemente e ele sorri para ela. Percebo que há alguns dentinhos faltando e isso me faz querer rir. Rir.

— Para a senhorita — ele entrega um lírio branco para Rosalie, que parece desconcertada. Ela lhe da um sorriso triste, cheirando a flor de olhos fechados, parecendo lembrar de algo.

— Obrigada — sussurra para ele, que assente. A próxima é Alice. Ele passa o dedo pelas flores antes de pegar uma singela tulipa amarela e entregá-la.

— É linda, obrigada — Alice sorri animada e passa a mão carinhosamente pelos cabelos loiros do pequeno.

Em um gesto inconsciente, prendo a respiração quando ele para a minha frente.

— Para mim também? — me surpreendo. Não sei exatamente o por que, já que se todas as outras ganharam, é lógico eu ganhar também. Mas algo dentro de mim se aquece com o gesto.

— Claro! Toma essa, é minha preferida — ele me entrega uma rosa branca. Olho para ela amarga. Que ironia uma flor tão simples e pura para alguém como eu.

— Obrigada, mini humano — beijo sua bochecha com cuidado. Quando me afasto, ele está mais vermelho do que antes. É normal? — tudo bem, querido?

— Melhor dia da minha vida! — ele grita e sai correndo para o colo de um casal, que ri da sua reação. Eles acenam para mim e eu aceno de volta, mesmo sem entender.

— Você fez o dia de alguém — comenta Rosalie com um sorriso para mim. Continuamos a caminhar e eu seguro com cuidado a rosa em minha mãos. Gostaria que ela pudesse viver para sempre assim como eu. Mas me contento em cuidar dela durante sua breve vida.

momento fofo para descontrair

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momento fofo para descontrair. quem apoia mais momentos da Lily com crianças?

ok, agora os Cullen precisam de ajuda de vocês. qual lugar vcs levariam Lily para ensina-la mais como ser humana e/ou sobre a humanidade.

próximo capítulo tem Jared! prontas? quais as expectativas de vcs quanto a isso?

da fav no capítulo e vai conferir se já me segue! seu apoio é importante ♥️

AlvoradaWhere stories live. Discover now