— Na hora em que o curou, sentiu algo diferente das outras vezes que curou humanos? — Carlisle me pergunta. Suponho que seja por causa do fato de que Jared é quase um transformo.
Nego. Foi tudo como sempre.
— Se sente diferente agora? — o médico torna a perguntar.
— Não, eu acho — nego, pensando nas coisas que ocorreram de lá e cá. Nada novo sob o sol.
Em algum momento do dia seguinte, também terrivelmente ensolarado, Alice surge com uma pergunta.
— Como fazer Lily se adaptar a humanidade? — queria que fosse uma pergunta retórica, mas todos parecem pensar sobre isso.
— Já sei! Podemos levá-la a um orfanato — Esme sugere. Ela parece bem animada com a ideia.
— Orfanato?
— Sim, um lugar onde ficam crianças órfãs — explica Rosalie com impaciência — podemos levá-la lá e doar algumas coisas.
— E por que você me levaria a um lugar desses? — questiono.
— Porque crianças são provavelmente a melhor parte da humanidade — Jasper responde.
— Com certeza a fase mais pura — concorda Edward.
— E lembra daquele garotinho que nos deu flores? Terão vários como ele lá — Alice tenta me convencer.
Outros como ele? Bom... não poderia ser tão ruim.
— É... eu poderia conhecer outros mini humanos. Posso lidar com isso — tento convencer a mim mesma.
— Claro que pode, não é algo de outro mundo — Emmett revira os olhos — são só crianças.
ALGUMAS HORAS DEPOIS...
Só crianças. Só crianças. Alguém deveria ter feito a gentileza de me avisar que crianças são muitas coisas além de adoráveis.
Ela falam demais, não param quietas e sempre querem mais e mais atenção. Como dar atenção a tantas ao mesmo tempo?!
Me sinto miserável ao fingir tomar a milésima xícara de chá imaginário com algumas garotinhas risonhas. Ela dizem que eu sou como uma boneca viva e definitivamente elas amam brincar. Há apenas três garotos conosco e eles discutem com as garotas por elas monopolizarem toda a brincadeira. Eu gentilmente expliquei que se os meninos não brincassem também, eu iria ficar brava. E elas não iriam querer me ver brava.
— Talvez seja melhor você visitar meu tipo preferido — Esme sorri e segura a minha mão, me conduzindo até outra parte do edifício. Entramos em um cômodo claro e amplo, com poucos móveis.
— Podemos ficar aqui um pouco? — Esme pergunta para uma mulher mais velha, que apenas assente e sai. Penso que ela deveria ficar de olho em nós, mas ela parece conhecer Esme e confiar nela.
Ela se aproxima das pequenas camas — berços, lembro-me — e sorri extasiada para os humanos dentro. Bebês.
— Eles são tão pequenos — observo um em especial, que sorri para mim. Ele não tem dentes, o que torna tudo mais engraçado. Sorrio para ele e aceno, mesmo tendo ciência que ele não está entendendo nada. Não consigo evitar, ele é fofo demais.
— Eu tinha um desses — Esme comenta sem me encarar, perdida em pensamentos — quando ainda era humana. Eu era jovem e me casei com um homem que acreditava ser bom. Ele não era. Então eu fugi grávida e refiz minha vida longe dele. Mas... — ela faz uma pausa, tocando a mãozinha de um dos bebês — meu filho acabou morrendo — ela faz outra pausa. Depois de tantos anos, ainda dói nela falar sobre isso. Como pode existir algo tão forte? — e eu não aguentei viver sem ele. Por isso virei vampira, Carlisle me salvou após eu me jogar de um penhasco. Ele me ajudou.
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Alvorada
FanfictionEm busca de ajuda, Lilith acaba na casa dos Cullen. Ela só não esperava se envolver tanto, especialmente com o irritante leitor de mentes. Amizade que se transforma em amor, passando por tribulações que provam até onde vamos por quem amamos. Ele a e...