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— Hoje não vamos a aula — avisa Edward, entrando nos meus aposentos sem se anunciar antes. E se eu estivesse no meio de algo importante? — eu sou um vampiro, lembra? Sabia que não estava fazendo nada importante — ele revira os olhos — consigo ouvir você arrumando a mochila.

— Eu poderia estar nua — rebato, encarando o atrevido.

— E isso seria um problema? — ele sorri malicioso. Sorrio também.

— Por quê?

— Por que o quê? Especificamente — ele se aproxima. Deixo minha mochila de lado e cruzo os braços, de frente para o chato.

— Por que não vamos a escola?

— Reparou que está fazendo um belo dia de sol? Isso não combina com vampiros — ele aponta para a enorme janela que toma conta de um enorme espaço em uma das paredes. Os raios de sol chegam até mim e minha pele cintila como diamante. Olho para Edward e ele parece incomodado com a luz.

— Isso não combina com vampiros na escola — Alice surge no quarto, ficando atrás do irmão.

— Perto de humanos, para ser mais preciso — Jasper completa, entrando no quarto em passos humanos. Lê-se: extremamente devagar.

— Privacidade para que, não é mesmo? — zombo, apontando para porta escancarada.

— Se gastasse menos tempo reclamando e mais tempo apenas aceitando, passaria menos nervoso — Rosalie entra no quarto com casualidade, indo até o piano.

— Então eu tenho um dia de folga? Legal — suspiro — como não posso dormir, vou ler algo. Podem sair, por favor?

— Ahn, não — Rosalie diz, sua expressão fazendo parecer que a resposta é óbvia. Mas não é. Pelo menos não para mim.

— Dia de sol é dia de jogos da família Cullen — Alice bate palmas animada — muita diversão e competitividade.

— Extra oficialmente, os humanos acham que toda vez que faz sol todos nós saímos para acampar, fazer trilhas, etc — conta Edward.

— Eles realmente acreditam nisso?

— Humanos acreditam no que os fazem de sentir seguros — Rosalie da de ombros, passando a mão distraidamente pelo piano — é melhor acreditarem que somos uma família unida e ativa, que aproveita qualquer oportunidade para curtimos a natureza juntos do que esquisitões que não saem na luz do sol.

Assinto.

— Vamos logo, hoje vamos começar com xadrez — Alice parece super empolgada para isso. É claro que está. Afinal, ela pode prever cada movimento do adversário.

— Lá vamos nós — Rosalie resmunga, colocando o braço nos meus ombros e me arrastando para sala de estar, onde a tortura começaria.

ALGUMAS HORAS DEPOIS...

— Ele está roubando — rosno, inconformada com a roubalheira que o jogo se tornou. Alice nem disfarça mais que prevê os movimentos de todo mundo.

— Não estou não — Edward não disfarça o sorriso. Ele está amando isso.

— Ler mentes é roubar! — rebato, apertando com força minhas notas falsas de dinheiro. Banco Imobiliário poderia ser divertido se certas pessoas não roubassem...

— Eu não posso controlar isso, desculpe — por que ele nunca parece arrependido?

— Sei — bufo, mal humorada.

— Vamos continuar, sim? Ainda temos o esconde-esconde — Esme comenta.

Faço uma careta surpresa. E intrigada. Isso é brincadeira de criança!

AlvoradaWhere stories live. Discover now