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POV - Yelena

Após sairmos da sala, noto o quão estranho é alguém como aquela jovem, bonita e aparentemente muito boa no que faz, recusar algo como ser uma vingadora, eu tinha meus motivas e com toda certeza, queria saber os dela. Por isso caminhei um pouco mais rápido para enfim alcança-la.

- Desculpa parecer tão indiscreta, mas por que uma mulher como você recusaria uma proposta tão tentadora como a de ser uma vingadora ? ( pergunto realmente curiosa pela resposta )

- Me pergunto o mesmo sobre você.

- Olha se você me contar seus motivos, eu falo os meus.

- Fechado, mas não aqui no trabalho.

- Para onde que ir ? ( e não é que estou desenrolando com a morena )

- Que tal almoçarmos ?

- Topo.

- Só tem um problema.

- Qual ?

- Sou nova na cidade e não conheço nenhum restaurante.

- Beleza, vou te apresentar um restaurante vegano que é aqui pertinho, dá para ir a pé.

- Ok, vamos.

E foi assim que em uma terça feira a tarde, convidei essa morena para um almoço delicioso e uma conversa bem particular.

POV - S / N

Eu sei, eu sei, não deveria sair com completas estranhas, mas ela me pareceu não gente boa e também vai ser em um lugar público, além disso aproveito para conhecer um restaurante. Andamos pouco tempo e paramos na frente de um lugar bem agradável, bem rústico, com as paredes e mesas de madeira, parecia uma casinha de boneca, todos os objetos eram coloridos e contagiavam o ambiente, o local era bem ventilado e tinha muitas flores e plantas.

- Vem vamos entrar. ( Yelena pede e eu logo concedo minha mão para ela me guiar )

- Que lugar lindo.

Sentamos em uma mesa no canto, era reservado e acolhedor, pedimos nossos pratos e um suco de laranja para acompanhar, depois começamos uma conversa.

- Por que você não que ser uma vingadora ?

- Direta você em ( respondo depois de quase me engasgar com o suco )

- Desculpa ( ela responde rindo )

- Não, tudo bem, você que a verdade ou a mentira muito bem contada ?

- A verdade.

- Beleza, fui criada pela minha avó, já que quando eu tinha três anos minha mãe faleceu e nunca tive contato com o meu pai, na verdade ele nem sabe que eu existo, ele mora aqui, nessa cidade, tem uma filha pequena, uma mulher, tem dinheiro, trabalho e tudo que uma boa vida pode proporcionar, não quero estragar tudo isso botando mais uma responsabilidade na vida dele.

- Entendo, mas por que não ser uma vingadora ? Por que recusar uma proposta como essa ? Ele nunca saberia que você é filha dele só porque você uma heroína.

- Meu nome é S / N Castro Stark, sou a filha desconhecida do Tony Stark.

- Ok, agora eu entendi, você não que nem que tenha a possibilidade dele saber de algo.

- Exatamente.

- Sendo bem sincera, eu te entendo. Mas se você não que dizer, é só ficar calada, não revela, ele não vai descobrir e outra se por acaso ele souber que você é filha dele e a reação não for boa, não dê bola, sua vida não precisa ser sempre escondida.

- Talvez você esteja certa, já me escondi demais de tudo, agora não vou me preocupar, mas e você, por que não que ser uma vingadora ?

- Minha irmã era Natasha, a Viúva negra, quando ela morreu eu não pude fazer nada, estava desaparecida como metade da população, não estava aqui para a proteger, depois que ela se foi me entrego completamente ao trabalho e está lá, no complexo que ela chamava de lar é coisa demais para suportar.

- Você se sente culpada, não é ?

- Sim, nunca falei para ninguém, mas no fundo sei que a culpa é minha.

- Ei não fala isso, você parece ser tão forte e decidida, se a sua irmã era minimamente parecida com você, ninguém poderia ter impedido ela de lutar e se sacrificar, a culpa nunca foi sua e nunca será.

- Vamos fazer o seguinte, eu topo entrar para os Vingadores se você topar. ( falo no impulso )

- Acordo fechado, amanhã seremos oficialmente vingadoras.

Comemos e conversamos por horas, quando já era noite e o restaurante estava fechando, pedimos um vinho e pegamos meu carro para passar na minha casa e pegar duas taças, Yelena ficou embaixo e eu subi, depois fomos a pé direto para o lago que fica pertinho de onde eu moro, tem uma ponte no centro do lugar e sentamos naquela espécie de cerca usada como proteção para não caírem no lago, bebemos e conversamos olhando para aquela linda vista do anoitecer.

- Cor preferida ? ( pergunto já um pouco alterada pela bebida )

- Branco ( ela responde no mesmo estado que eu )

- E a sua ?

- Azul

- Filme do século ? ( ela pergunta )

- O sol da meia noite. E o seu ?

- Operação final.

Paramos de falar por um tempo, mas não era um silêncio constrangedor, era calmo e parecia que aquele dia era o suficiente para me deixar feliz pela semana toda, esqueci dos problemas, da H.I.D.R.A, do meu pai, dos meus poderes e de tudo isso, naquele momento eu só era uma garota normal.

- A lua está linda hoje! ( se ela responder que as estrelas também é porque posso beija-la )

- As estrelas também. ( falou olhando especificamente para mim )

E foi assim que inesperadamente eu a beijei, foi como os beijos de novela, onde tudo fica em silêncio e nada mais existe além de nós duas, foi um beijo delicado e doce, posso dizer que o melhor beijo da minha vida, não que eu seja expert em relações amorosas, como passei minha infância na H.I.D.R.A e minha adolescência na S.H.I.E.L.D, não tive a oportunidade de amar ou de ser amada, todos os beijos que já dei foram em missões onde eu era a distração sex, mas beijo romântico mesmo com vontade envolvida, não, nunca tinha passado por isso.





Para Sempre e Sempre  Yelena e s/nWhere stories live. Discover now