Capítulo 40

1.8K 129 3
                                    

Maria;

Entrei na boca e acabei dando de cara com o Orelha e o Souza, os dois estavam esperando para entrar na sala do meu pai e como eu sou a princesa mimada eu nem fiquei na fila, fui logo abrindo a porta.

Ret: Trouxe o plano?

Maria: Lógico que não, tô saindo da terapia e recebo uma mensagem dizendo que vocês iriam assaltar alguma joalheria. -sentei na cadeira- Como é que eu vou bolar um plano só com essa informações?

Anna: Tu já foi mais útil. -gastou e eu fiz careta pra ela

Maria: Por que o Orelha e o Souza tão esperando lá fora? -falei esticando as pernas

Ret: As contas não tão batendo. -me olhou

Anna: E como foi a terapia?

Maria: Diferente. -olhei a porta- Manda eles entrarem logo, tá me deixando agoniada isso.

Meus pais se olharam e a minha mãe se levantou e abriu a porta para os dois entrarem.

Orelha: Tá acontecendo o que patrão?

Ret: As contas não tá batendo. -falou jogando o caderno para mim

Eu olhei para os dois e depois peguei o caderno, comecei a fazer as contas e a conferir tudo e realmente não estavam batendo, tava faltando uns quinhentos reais.

Souza: Posso dar uma olhada? -olhou pro Ret que assentiu com a cabeça e eu dei o caderninho para ele

Os dois se olharam e o Souza jogou o caderninho na mesa, tirou a carteira do bolso e logo depois deu para o Ret cinco notas de cem.

Eu ri e todos me olharam.

Maria: Você não percebe que não é pelo dinheiro e sim pela confiança? -olhei pro Souza

Souza: Mas por agora o problema é o dinheiro. -fechou a carteira e eu olhei pro meu pai

Eu já tava com vontade de voar em cima desse moleque e quebrar ele na porrada mas eu sou uma princesa, educada e civilizada então infelizmente fiquei só na vontade mesmo.

Encostei a minha cabeça na parede e a minha mãe riu.

Ret: Maria tá certa, tô falando da confiança. -ele cruzou os braços- Vocês são os únicos que estão vendendo no beco dez. -O Orelha assentiu- Quero ver se algum dos dois vai ser homem suficiente para admitir a merda que fez.

A sala ficou em um silêncio sem fim, nenhum dos dois falavam nada.

Anna: E se nenhum falar a gente vai descobrir de qualquer jeito e vai ser cobrado dez vezes pior.

O Orelha passou a mão no rosto e olhou pros meus pais.

Orelha: Foi eu. -o Souza olhou para ele- Minha irmã tá doente e as despesas tão saindo muito caro. Trabalho pra vocês desde quando eu era moleque e cês não fazem ideia do quanto que eu tô arrependido.

Eu me levantei pois nem queria ouvir o esculacho que os meu pais iriam dar nele mas quando eu tava indo embora me surpreendi com o que a minha mãe falou.

O Destino Não Quis - Vol.2 [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora