Capítulo 76

225 15 4
                                    

Maria;

Destranquei a porta em prantos, só sabia chorar. Tirei o salto e tranquei a porta, joguei o salto ali mesmo e me despi enquanto ia em direção ao meu quarto e entrei no banheiro.

Liguei o chuveiro no mais quente possível. Queria sentir a argua fervente escorrendo pela minha pele inteira.

Me sentia arrasada.

Sai do banheiro, me enrolei na toalha e fui em direção ao closet, coloquei a primeira roupa que vi e calcei o meu chinelo, deixei o meu celular carregando e peguei a chave do meu carro.

Não tive nem paciência de esperar o elevador, desci as escadas, indo em direção à garagem. Logo tive a visão do meu carro, destranquei o mesmo e entrei.

Respirei fundo e vi o sol começando a nascer, olhei para os lados enquanto colocava a mão no volante, dando partida.

E lá estava eu, coberta de chuva, novamente.

Eu precisava disso, eu precisava de uma reposta. Era isso que eu falava para mim mesma quando parei em frente a casa do Kauã.

Comecei a bater na porta desesperadamente, ele me devia isso! Ele me devia uma resposta.

E quando eu menos esperei, a resposta veio.

Não fiquei supresa quando uma loira abriu a porta.

Sim?

Olhei nitidamente para o rosto dela, claramente ele tinha um tipo.

Maria: Desculpe, foi engano. -falei quando vi o Souza caminhando até nós

Meu Deus, garota! Não se bate na porta dos outros a essa hora e diz que é engano logo depois.

Meu olhar não tava nela, meu olhar estava no homem que eu amava, que eu admirava. Fui muito boba em pensar que um coração só consegue ser quebrado uma vez. Olha o meu aqui, em cacos mais uma vez.

Souza: Maria.

Maria: Desculpa. -Falei olhando novamente para a mulher- Você tem toda razão, nem sei o que estou fazendo aqui.

Dei um sorriso amarelo e fui indo em direção ao meu carro, sem olhar pra trás. Ouvi a porta da casa sendo fechada e ali vi que era realmente o fim.

Entrei no meu carro e novamente respirei fundo, como eu fui idiota.

Não estava me sentindo assim porque ele estava com outra, estava assim pelo fato de que mesmo fazendo questão de me levar em casa, de ficar me olhando o baile todo e ter me feito acreditar que estava arrasado, ele me fez acreditar que pra ele ainda existia chances da gente dar certo.

Olhei novamente para a casa dele, a luz do quarto que estava acesa, no mesmo momento apagou.

Senti uma lágrima escorrer pelo meu rosto e logo depois dezenas vieram atrás.

Eu tinha a esperança que ele visse no meu rosto que para mim não tinha acabado. Eu tinha a esperança que ele me falasse que para ele também não tinha acabado. Mas o tempo voa, né?

O Destino Não Quis - Vol.2 [M]Where stories live. Discover now