Capítulo 59

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Maria;

O almoço tinha sido bom na maior parte do tempo, tentamos fazer de tudo pra ninguém desconfiar do bagulho da Lara. Ela não queria falar pra todo mundo agora então, só respeitamos.

Entrei em casa junto com o Luan que tava me estressando pra caralho, curioso que só, ele.

Perigo: Já é, quando eu morrer eu não quero ninguém postando uma montagem de minha com asas e nem com aquela música "Que mundo é esse tão cruel que a gente vive" ou com aquela "Tudo que sobe, desce"

Maria: Cara, você é muito dramático! Papo reto. -sentei no sofá e ascendi um cigarro de maconha

Perigo: Pô tu é mó falsa, duas caras e tudo que tem de ruim nesse caralho. -Sentou do meu lado- Papo reto, tomar no cu! Fica achando que a vida é um morango e não quer me contar as paradas, já é Maria. -fiquei calada mas na maior vontade de rir- Certinha você, viu?

Maria: Mano, eu não vou te contar uma parada que tem que ser contada por outra pessoa! Para de encher a porra do meu saco.

Perigo: Não menor, beleza! Tem problema nenhum não. Quando tu quiser saber das fofoca do morro tu procura outro alguém pra te informar, falsa do caralho. -se levantou e foi em direção a cozinha- Melhor amiga o caralho.

Eu tava morrendo de vontade de rir mas ao mesmo momento eu tava quieta na minha, tenho nada a ver com isso e eu não quero essa responsabilidade pra mim de contar que pro Luan que seremos tios.

Além do mais que eu acho que o Luan vai matar o Thiago então, eu não quero minhas mãos sujas de sangue, não por agora.

Maria: Amigo, para de neurose. Eu não posso te contar cara! Se fosse você no meu lugar, faria a mesma coisa.

Perigo: Tô calado no tô? -olhei pra ele- Então pronto porra, já tô na minha! Me deixa.

Ele saiu da cozinha enquanto comia uma maçã, pegou o fuzil que ele tinha deixado em cima da mesa e foi indo em direção a porta.

Maria: Eu te amo. -gritei

Perigo: Te odeio, papo reto! Vai se fuder. -bateu a porta

Luan muito fofoqueiro, puta que pariu!

Peguei o meu celular e mandei mensagem no grupo perguntando se o baile de hoje a noite ainda estava de pé. Esse baile foi coisa do Luan, ele queria porque queria comemorar o nosso aniversário fazendo o maior baile que esse morro já viu, "vinte anos não se faz todo dia" palavras dele.

Geral respondeu que sim, e no grupo das meninas a gente começou a mandar as opções de roupa.

Eu tinha feito um macaquinho para eu usar, ele era meio transparente e tinha alguns brilhos. Mandei foto para as meninas e elas aprovaram, fiquei muito feliz porque ou era isso ou não era nada.

Saí da conversa e vi que o Souza tinha mandado uma mensagem. "tá livre?" Mandei um sim e logo ouvi alguém buzinando lá fora. Me levantei, tranquei a casa e vi ele me esperando lá fora.

Eu não poderia dizer que eu estava 100% ok com tudo que aconteceu, ainda me dói muito.

Ele me deu o capacete, e eu subi na garupa da sua moto. Eu pensava que iriamos sair do morro mas acabou que não, ele foi subindo e subindo até a parte onde costumávamos ficar quando éramos crianças, o alto do morro. Déjà vu total.

O Destino Não Quis - Vol.2 [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora