3. O Anjo da Morte

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Havia uma pequena cidade chamada de Cinelópolis, no interior do estado de São Paulo, com pouco mais de 10 mil habitantes, de cultura simples e de origem portuguesa

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Havia uma pequena cidade chamada de Cinelópolis, no interior do estado de São Paulo, com pouco mais de 10 mil habitantes, de cultura simples e de origem portuguesa. Lá, viviam Clara e sua mãe, que fora abandonada pelo marido antes mesmo de a garota nascer, ambas eram muito pobres, mal conseguiam dinheiro para comer, e já chegando no fim de sua adolescência, Clara começou a ter leves sensações estranhas, que não sabia descrever, acordava no meio da madrugada desesperada, as vozes dizia ouvir vozes vindo do lado de fora de sua casa, mas sempre que alertava sua mãe, a mesma não acreditara naquilo.

Com o tempo, essas vozes e sensações de formigamento de Clara foram ficando cada vez mais fortes, e com medo da própria filha, a mulher resolveu interná-la num hospício que havia na cidade vizinha, armando um plano na qual enganava a menina, dizendo-a que iria levá-la para conhecer um novo lugar. Ao chegar lá, Clara percebe o que estava acontecendo, revoltada com a mãe, tenta fugir dos seguranças e a seguravam pelos braços enquanto sua mãezinha ia embora, sem olhar para trás.

Cerca de 2 anos depois desse incidente, a mulher resolve visitar sua filha e procurar ver se ela melhorou, partiu então numa longa viagem até o hospício da qual colocara Clara. Chegando lá, ela logo se encaminha, junto da enfermeira do local, para o quarto que a garota residia. Ao abrir a porta do recinto, se depara com Clara batendo sua própria cabeça contra a parede de forma leve, com roupas brancas completamente sujas e cabelos cortados. A mãe tentava conversar com a filha, mas essa só respondia com suspiros baixíssimos, quase inadiáveis uma única frase:

_ Jaci está vindo... Jaci está vindo... Jaci está vindo...

A mulher começou a achar que sua filha havia ficado louca de vez, logo foi-se embora para sua casa e resolveu esquecer que isso acontecera. Numa noite em plena luz do luar, a mãe observava as estrelas antes de ir dormir e pensava em encontrar alguém para que não ficasse mais sozinha em casa, mas algo interrompe seus pensamentos.

Ela ouve algo semelhante à correntes, olha para trás desconfiada, e resolve ir em direção ao som. Ao abrir a porta do quarto que dava acesso ao corredor, ela encontra marcas nas paredes, como se alguém tivesse passado um machado em todas elas. De repente, ela só sente algo a atingindo pelas costas e marcando cruelmente sua pele. Ela cai ao chão e fica desesperada, começa a derramar lágrimas e desmaia no local.

No dia seguinte, ela acorda e olha ao seu redor, não havia mais as marcas na parede e nem suas costas estavam ardidas. Então ela se lembrou do que sua filha tinha dito. Ela liga para o hospício, mas a enfermeira do local informa que naquela noite, infelizmente sua filha falecera com um suicídio. Durante a perícia, o corpo de Clara revelou marcas profundas que formavam uma palavra: Jaci.

A mulher começou a ficar louca também, procurava e procurava sobre esse tal de Jaci e nada encontrava nas suas pesquisas. Começou a acordar no meio das noites após ver seres estranhos, conseguia ouvir vozes de pessoas pedindo por ajuda, sendo torturadas e gritos horrendos. A moça, estava tão perdida e cansada que, meses após sua filha ter tirado a própria vida, ela se dispusera a fazer o mesmo.

O que ninguém sabia é que nessa sexta-feira a noite, um ser misterioso, carregado de uma fumaça preta, uma correntes em suas mãos e um machado em outra, assassinou a mãe, e desapareceu no luar, ninguém sabe seu paradeiro e nem quem realmente é, apenas ficando registrados os seus crimes cruéis naquela região.

- vikfrance_art

638 palavras

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