💙Capítulo: 11💙

489 33 5
                                    

Sempre ouvia músicas nesses momentos em que eu precisava pensar, relaxar e me encontrar. Desta vez eu estava perdido e sem horizonte nenhum. Nem luz no fim do túnel eu via.

-- O que será que Vitória vai me dizer amanhã, na editora, sobre o que viu? Acho que ela nem vai falar comigo. Simplesmente vai me ignorar, depois de ter presenciado uma cena como aquela. Como fui estúpido! Se falar comigo já será muito! Vai me dizer coisas que eu já espero, e muito mais, afinal, eu mereço ouvir, mas Clarisse me paga!

Fiquei ali mais um tempo, e quando meu coração se acalmou, fui tentar dormir. Deitei pensando nela, como se nada tivesse acontecido. Uma vontade louca de ter seu corpo sobre o meu e fazer amor, pois agora eu já sabia como era. Queria gozar com ela! Estava difícil eu conciliar o sono, pois o desejo me consumia. Agora que o efeito do álcool já havia passado, comecei a me virar e a me remexer na cama, estava em desespero. Por que eu tinha que ter feito isso, meu Deus!

Estava tão bom do jeito dela! Eu revivia aqueles momentos novamente e me embrulhavam o estômago. Meu passado já estava adormecido dentro de mim. Não queria mais ser dominador. Isso me fazia ser uma pessoa que eu não queria que existisse. Não queria mais me sentir um louco e desvairado!

Eu fiquei transtornado com Verônica, outra que vai me pagar bem caro. Fez de propósito! Ela sabia bem como me convencer. Fui imbecil de cair nas suas artimanhas. Fiquei fora de mim e não medi as consequências. Por isso, quando conheci Vitória, quis me livrar dessa vida que eu considero impura.

Pensei comigo:

"Ah, Vitória, depois que fizemos amor daquele jeito, você me deixou louco! Não consigo pensar em outra coisa. Não consigo dormir."

Sentei na cama e esfreguei os olhos, inchados e cansados de tanto forçar o sono. Peguei minha mão e a levei até o meu pau, duro, ereto, mas eu não ia me masturbar, ia aguentar firme. Era uma forma de me castigar por tudo. Passado e presente.

"Daniel, Daniel, você é um insaciável! Viu no que deu ser assim, inconsequente?"

Minha Vitória, será que um dia você vai me perdoar? Não vou aguentar ficar sem você? Preciso de você! O que eu faço, agora? Mato minha irmã? Mato Verônica, ou acabo com a minha vida ridícula?

Será que isso que eu sinto por ela já é amor? Pouco tempo, não seria, eu devia estar delirando ... Te amo, Vitória! Como eu te quero! Acho que eu a amo. A dor é muito grande, deve ser amor, mesmo. Burro, tonto! Agora ame sozinho!

Sinto uma onda de prazer me dominar por dentro, mas reluto. Levanto e vou ao banheiro tomar uma chuveirada. Enquanto levava aquele balde de água fria na cabeca, pensava:

"Vitória revelou-se uma amante diferente. Safada como minhas submissas, mas com pudor e com limites. Eu senti sua delicadeza. Era diferente das outras, em tudo. Nosso prazer foi tão forte, que ao gozar, parecia que íamos para uma outra realidade paralela a essa, pois era difícil voltarmos ao estado normal, mas tinha um algo a mais de fascinante, puro... Gostoso... Nossa... Ela era o que eu queria. Eu tive e deixei escapar!

Sou doido e alucinado por ela! É linda e mexeu comigo de uma maneira nunca antes sentida. E a infeliz da Verônica me tirou do sério e deturpou a minha mente. Infelizmente, meu passado vai comigo aonde eu for, estragando a minha vida.

Não sei controlar este lado sádico e dominador. Viro uma fera, um monstro! Depois de muito pensar, minhas pálpebras pesaram. Agora mais calmo, consegui me aninhar ao travesseiro e dormir.

Acordei no meio da noite suando frio. Levantei da cama e fui até a varanda. Eu não sabia o que pensar naquele momento. Vitória me veio a cabeça imediatamente. Mal nos conhecemos e já aconteceu este problema tão desagradável. Sujo! Será que vamos nos separar por causa disso? Não vou me perdoar nunca, se ela não falar mais comigo!

Um medo tomou conta de mim. Para variar, joguei-me na poltrona. Fechei os olhos me lembrando de tudo. Uma onda de calor e ao mesmo tempo um suor frio, se apoderavam de mim. Era uma sensação de medo. Medo de perder a única mulher que amei na minha vida e me ensinou a amar de verdade. Fosse o que fosse, que ela viesse a fazer, eu não a perderia por nada. Ela ia ser minha de qualquer jeito. Eu quero esta mulher com todas as forças do meu coração e da minha alma.

Era de madrugada, mas eu resolvi ligar para Clarisse. Ela atendeu depois de muitos toques. Claro que estava dormindo, mas eu ia estragar o sono dela, assim como ela estragou o meu.

-- Daniel, é você? Estou dormindo, dá licença!
-- Dá licença digo eu! Você estragou a minha vida, não percebe o que fez? O que tinha que levar Vitória para aquele lugar?
-- O que tem a ver, você nem conhece minha amiga! Nunca a viu!
-- Engano seu, sua traíra de uma figa!
-- Como assim?
-- Eu a conheci na editora e estávamos saindo. Nos gostamos. Ela é importante para mim, sua... Sua...Vaca dos infernos!
-- Mas... Daniel... Ela tem idade para ser sua filha!
-- E daí? O que você tem a ver com isso?
-- Daniel, Vitória é moça de família, não é para as suas orgias, não percebeu?
-- Sim, percebi e muito. Por isso tinha parado de ir lá, até a outra vaca me ligar e fazer a minha cabeça!
-- Ah... Meu filho, que culpa tenho eu, se você é fraco, e é Maria vai com as outras?
-- Ah... Clarisse se eu te pegar, vou te esganar! Me conte tudo! Quero saber como isso aconteceu.
-- Agora?
-- Agora não! Já!
-- Mas eu estou na cama, com sono, e preciso dormir, amanhã tenho aula!
-- Ah... Para com isso! Nem trabalha, não faz nada! Só estuda à noite! Estou indo aí, por sua causa perdi Vitória e o meu sono!
-- Daniel, deixa para amanhã, hoje estou cansada!
-- Cansada do quê? Só se for de cometer besteiras!
-- Você promete conversar numa boa? Eu não sabia de você e Vitória, ela não me disse nada sobre vocês! Não tive culpa!
-- Com culpa ou não, estou indo aí! Me aguarde!

Desliguei bufando. Se é como ela contou, não teve culpa, mesmo. Vitória não falou nada! Só que eu quero saber direitinho como elas foram parar até lá. Tomei outra chuveirada fria e enfiei no corpo a primeira roupa que vi pela frente. Meu moletom azul marinho e um tênis que costumo fazer esteira.

Entrei no carro como um louco, parecia um foragido. Claro que não ia fazer nada à minha irmã, mas ela ia sentar e me contar direitinho o que houve entre as duas, para que chegassem ao The Lord sorrateiramente, pois nem as vi. Bom... No estado que eu estava, não via ninguém à minha frente, somente a bunda de Verônica e aqueles seus mamilos, que agora, só de pensar, me dão nojo!

Essa era outra, que teríamos uma boa conversinha. Estacionei o carro em frente ao apartamento e fiz Clarisse descer. A folgada ainda morava com meus pais. Não sei como aguentava aqueles dois. Só ela mesmo!

Dei um toque no seu celular e depois de alguns minutos ela entrou no carro.
-- Daniel, vamos ficar aqui, na rua, é perigoso!
-- Não é não! O Eduardo da guarita está aqui, mesmo porquê, você vai ser rápida! Não tenho muito tempo a perder!
-- Desculpa, irmão, por favor, eu não sabia! Se soubesse não tinha levado Vitória lá. Você também frequenta cada lugar e faz cada coisa, heim? Deus do céu, que horror!
-- Isso é assunto meu!
-- Vamos, comece logo!

Ela engoliu em seco e começou a contar...
****************

Vamos ver o que Clarisse tem a dizer, e como Vitória vai reagir a tudo isso

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Vamos ver o que Clarisse tem a dizer, e como Vitória vai reagir a tudo isso.

Até o próximo capítulo!💙

Beijos. Autora Eleine Mendes💙

DomínioWhere stories live. Discover now