💙Capítulo: 14💙

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Fizemos vários brindes, comemorando cada detalhe do nosso reencontro. Até coisas bem bobas, mas a felicidade faz isso com a gente.
Depois de muito bebermos, percebi Vitória mais séria e o seu rosto bem vermelho. Acho que já estava na hora de pararmos de beber.
-- Minha flor, agora chega! -- Eu disse, tirando a taça das mãos dela e depositando na mesa de vidro ao lado da minha.

Ela me olhou com um jeito estranho e senti que vinha alguma bomba.
-- Vitória, o que foi? Não gostou de algo? Me diga, por favor!
-- Claro que gostei de tudo, senão, nem tinha ficado. Acontece que eu vim aqui por outro motivo também. Algo que preciso me abrir com você, pois quero resolver tudo isso hoje!

Eu já fiquei surpreso. Cada hora ela vinha com uma coisa. Primeiro a surpresa lá no barco e agora, o que seria? Foi aí que me lembrei que eu também tinha algo a revelar e não sabia como ela iria reagir. Como ela mesma falou, íamos acertar tudo hoje.

-- Pois bem, pode falar.
-- Acho que vou querer outra taça de champanhe. -- Ela disse encabulada. Eu a deixei a vontade. Ela se levantou e foi andando pelo apartamento todo e eu, feito bobo atrás dela. Passeava por ele e bebia, mas nada de contar o que era!

Com certeza ela estava fazendo tudo de propósito, para me deixar em pânico, aflito e ansioso ao extremo. Minhas mãos estavam trêmulas e o suor escorria pela minha testa. Era muita tensão, pois eu não poderia admitir nada que a levasse para longe de mim.

-- Vitória, meu amor, você está me enrolando, o que tem de tão sério assim que não pode ser dito logo?

-- Daniel, antes de tudo, quero dizer que te amo, mais do que a minha própria vida. Sei que é pouco tempo, mas aconteceu... Foi à primeira vista, desde o momento que derrubei café na sua camisa.

-- Se você me ama, como diz, por que não fala logo?

-- Exatamente por isso. Tenho medo de perdê-lo. Não sei o que você vai pensar de mim, diante do que eu vou te dizer.

-- Então, diga logo! Só assim vou saber.
-- Vamos nos sentar com o champanhe por perto, pois vamos precisar, e muito.

Sentados à mesa da sala, eu olhei para ela e por alguns momentos, parece que divaguei. Lembrei-me de quando a conheci, buscando café e derrubando em minha camisa. A beleza dela me cativou na hora e eu, que nem acreditava em amor à primeira vista. O vestido que ela usava, mostrando suas pernas lindas. Seus cabelos loiros, dourados, caindo ondulados pelos ombros. Seu decote abusado, mostrando um par de seios fartos e um colo tentador. Hum... Ela é divina!

Nosso primeiro encontro de amor, que resultou nessa paixão doentia. Todas as nossas transas foram um auge, melhor do que as que eu tinha com as submissas. A briga que tivemos, onde quase a perdi. Nosso reencontro que foi o máximo, cheio de carícias e confidências amorosas.

O passeio de barco, onde ela se revelou, querendo experimentar do mundo que eu queria tanto sair. Eu estava disposto a tudo para não perdê-la. Faria qualquer coisa por ela. Será que ela faria por mim? Esse era o meu medo. De repente, ela resolveu falar:

-- Daniel, amor, você está bem?

Levei um susto! Eu estava com a taça na mão, olhando num ponto fixo e viajando. Tinha até me esquecido de onde eu estava. Uma das coisas que ela sempre fazia e me deixava transtornado.

-- Vitória, não estou bem, não. Aliás, quero saber tudo, porque sinto meu coração disparar. Fale logo e acabe com essa angústia. Se você está com tanto medo assim, não deve ser coisa boa. Por isso estou ficando furioso e daqui a pouco te arrasto daqui para o quarto e não quero mais saber de nada, apenas te possuir, estar dentro de você por inteiro e mostrar-lhe o quanto eu te amo!

DomínioWhere stories live. Discover now