💙Capítulo: 28💙

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Era a primeira vez que dormiríamos no barco. Eu estava feliz, pois tudo tinha dado certo. Vitória olhava tanto para a aliança nova, em seu dedo, que depois que bebeu, começou a falar repetidamente nela e na renovação dos votos. Eu acabei tirando a aliança do seu dedo e guardando na caixinha. Foi com muito custo, mas consegui.

Peguei na sua mão delicada e coloquei novamente a aliança e o anel de noivado que tinha lhe dado anos atrás. Pensei que fosse isso que ela estava inquieta na cama, pois Vitória quando cisma com uma coisa, ninguém consegue tirar da cabeça dela.
Quando ela se virou na cama e olhou para mim, eu estava crente que ia me pedir a aliança de volta, e eu já preparado com a resposta, ia lhe dizer, quando ela se antecipou:
-- Daniel... Amor... É...
-- Nem adianta, Vitória, já guardei a aliança e agora você só a verá no dia...

Ela me interrompeu sentando na cama. Estava sem cor e suando frio. Ah, não, de novo não! Não conseguimos dormir aqui, é sempre um problema, se bem que Théo não foi problema, foi um presente dos céus!

-- Amor, estou muito mal... Nossa...

Falando isso, ela levantou-se da cama correndo e foi vomitar no banheiro. Fui logo atrás dela e deu tempo de eu segurar seus lindos cabelos.
Dava pena. Ela vomitava sem parar. Eu era o culpado. Vitória não pode beber muito, que afeta o fígado, mas... Ela é teimosa e eu sou outro.

-- Flor, vamos ter que ir ao hospital!
-- Meu Deus do céu, não acredito! -- Ela me disse tremendo e tonta.

Ajudei-a a se levantar e recompor-se.
-- Está melhor, flor?
-- Sim, mas vai e volta... Estou com medo!
-- Não é nada, você bebeu demais e sabe que não pode. Mesmo assim se arrume, eu te ajudo. Vamos ao hospital.
-- Sim. Nem vou pedir desculpas mais, tenho vergonha. Sempre sou eu que estrago as noites aqui no barco!
-- Deixa isso para lá, o que me importa é você!
-- Será que a Dra. Alice estará lá?
-- Você acerta sempre. Hoje ela dá plantão. Vamos!

Gib nos levou de volta. Entramos no carro e mais do que depressa fomos ao hospital. Chegando lá, Dra. Alice estava mesmo de plantão. Já tínhamos nos acostumado com ela.

-- O que foi dessa vez, Vitória, outro bebê?
-- Não! Eu bebi demais, passei dos limites. Deve ter pego o fígado, sei lá! Estou muito enjoada. Já vomitei, até...
-- Vitória, já conversamos muito a respeito dos danos que o álcool traz, não é mesmo?
-- Sim... Mas só bebo em ocasiões especiais!
-- E qual foi dessa vez?
-- Vamos renovar os nossos votos de casamento.
-- Já? Tão cedo?
-- Sim. -- Daniel respondeu apressado, pois disse que quando contou aos amigos, fizeram a mesma pergunta. Dra., por favor, medique a Vitória, antes que ela vomite de novo!
-- Está certo!

Eu fiquei olhando. Mediram a pressão, estava um pouco alta. Também... Pudera...
Depois, a Dra. auscultou o coração de Vitória e disse que o batimento estava meio alterado. Pediu que colhessem sangue, urina...
Em seguida Vitória ficou deitada e uma enfermeira veio pegar uma veia para colocar o soro com a medicação.

-- Daniel e Vitória, fiquem aqui, que eu vou atender os outros pacientes e esperem o resultado dos exames.

Ela saiu e eu fiquei com Vitória, ali, naquele mesmo lugar de sempre. Já éramos conhecidos de todos. O tempo parecia não passar...
A Dra. entrou e olhando para nós, falou com a calma de sempre:
-- Vitória, preciso fazer uma ultrassonografia para ver o seu fígado como está, vamos lá!

O soro já tinha terminado, então, Vitória já se sentindo bem melhor, acompanhou a médica. Eu fiquei no banco esperando. Passei as mãos pelos cabelos e pensei:

"Flor, flor, flor... Que não seja nada grave, pois não me conformaria nunca!

Não demorou muito e Vitória voltou com a médica. Entramos numa sala para conversarmos. Eu fui logo falando:
-- Dra., por favor, diga que não é nada grave, pois ela só bebe em comemorações, e desta vez fui o culpado, deixei que ela bebesse muito.
-- Daniel, Daniel, calma...! Deste jeito você ainda vai infartar! Não é nada grave, o fígado dela está ótimo, mas você foi o culpado, mesmo.
-- Eu sei... Não deveria ...
-- Não... Daniel, você é o culpado, pois fez um filho nela! Vitória está grávida de dois meses!
-- Como? Sério, é verdade, flor? Mais um?
-- Sim, amor, mais um filho!

Saímos de lá abraçados e com uma felicidade tão grande no coração! Tínhamos muito o que comemorar. Aniversário do Théo, renovação dos votos de casamento, gravidez, e... Bem... O resto Vitória ainda não sabia. Seria uma grande surpresa para ela.

Chegando em casa, tomamos um banho bem relaxante de banheira, para tirar todo o cansaço e o mal estar que ela ainda sentia. Fiz um chá de hortelã e levei na cama para ela. Como eu amava aquela mulher! Agora eu seria pai de novo e com a minha idade era ótimo. Seria bom aproveitar enquanto eu podia!

Sentei na cama, e enquanto Vitória bebia o chá, fui comentando:
-- Flor, estou tão feliz! Eu bem que queria ser pai de novo, mas eu não sabia se você gostaria de ser mãe novamente.
-- Claro que sim, seu bobinho. Eu te amo! Mais um fruto do nosso amor. Isso é uma dádiva!
-- Sim, um presente, como o nosso Théo. Flor...
-- Sim... Fale amor...
-- Você promete nunca me deixar?
-- De novo isso? Você está sempre me perguntando essas coisas... Pare com isso! Nunca vou te deixar! Ouviu bem? Nunca!
-- Ah, Vitória te amo tanto! Você me faz o homem mais feliz deste mundo. É uma flor em minha vida!
-- Adoro quando me fala isso...!
-- Que bom, você será sempre minha flor linda!
-- Vitória, amanhã, comece a arrumar tudo o que é seu, peça ajuda a Frances.
-- Tudo, como?
-- Tudo! Pegue tudo o que é seu e que queira levar consigo.
-- Não estou entendendo nada!
-- A semana que vem, vamos nos mudar para a Riviera Francesa!
-- NÃO?????
-- SIM!!!!!!!!!
-- Que maravilha! Não acredito!
-- Que bom que gostou. Janete e seu marido já estão organizando tudo para a festa de Théo, se esqueceu?
-- Claro que não! Ele já vai fazer três aninhos, que lindo!
-- Sim. E o outro bebê vai nascer lá.
-- Nossa, estou tão feliz, você é o melhor marido...
-- Espera aí, por falar em marido, e o nosso casamento, como vai ficar?
-- Nos casaremos lá! Qual o problema?
-- Meu Deus... Que surpresa boa! Que reviravolta!
-- Amor... E minha mãe? Não posso deixá-la!
-- Já pensei em tudo, flor, fique tranquila. Beba o chá, senão, vai esfriar!
-- E a editora, Daniel? O que você vai fazer?
-- Já resolvi também. Eu já tinha tudo esquematizado na minha cabeça.
-- Quero saber de tudo!
-- Agora, você vai colocar a xícara na mesinha, deitar, se cobrir com o edredom e dormir. Por hoje chega!
-- Mas Daniel...
-- Vitória, flor, durma...Vou fazer umas ligações e já volto para dormir com você.
-- Mas eu queria você... Estou te desejando muito, amor...Venha ver como já estou molhada!
-- Vitória... Às vezes penso que você me saiu melhor do que a encomenda. Você não existe! Sabe me conquistar, me deixar delirando, cheio de tesão... E agora vou ter que te foder bem gostoso.
-- Amor, estou sentindo seu pau tão duro! -- Disse, já alisando-o e me provocando como sempre faz. Eu achei que eu seria o dominador, mas veja só o que encontrei pela frente... Uma mulher que tinha total domínio sobre o meu corpo e os meus desejos.

Fizemos um amor louco e intenso. Nem parecia que Vitória tinha passado mal. Estava nova em folha, esta minha dominadora cruel. Ela caiu num sono tão profundo, e era tão linda dormindo... A minha flor querida!

Beijei minha querida esposa, agora recheada com uma surpresa e fui ao meu escritório fazer as ligações com um sorriso maior que a boca.
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Lindo Daniel, queria um assim!

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Lindo Daniel, queria um assim!

Fiquem comigo, pois tenho muitos livros para postar.

Até o próximo capítulo!💙


Beijos. Autora Eleine Mendes💙

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