Capítulo Um

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Setembro de 2012
Mount Auburn Hospital
Cambridge, Massachusetts


O professor Christian T. Grey levou a filha recém-nascida ao peito. Ele estava reclinado em uma cadeira ao lado da cama de hospital de sua esposa, onde ela estava dormindo. Apesar dos protestos dos enfermeiros, ele se recusou a colocar o bebê no berço próximo. Ela estava mais segura em seus braços, descansando sobre o seu coração.

Clare Grace Hope Grey era um milagre. Ele orou por ela na cripta de St. Francis de Assisi, depois de se casar com sua amada Anastasia. Na época, ele não conseguia ter um filho, resultado de seu ódio por si mesmo. Mas com Anastasia ao seu lado, como sua Beatrice e sua esposa, ele orou. E Deus respondeu sua oração.

O bebê se mexeu e moveu a cabeça.

Christian a segurou com segurança, sua mão larga cobrindo suas costas para que pudesse sentir o ritmo da respiração dela.

— Nós amamos você mesmo antes de você nascer —, ele sussurrou. —Estávamos tão animados com a sua chegada.

Nesse momento - esse momento calmo e terno - Christian tinha tudo o que sempre desejara. Se ele era Dante, não era mais Dante, pois Dante nunca conheceu o prazer de se casar com Beatrice ou de acolher uma criança nascida de seu amor.

O poeta dentro dele refletiu sobre o curso estranho dos acontecimentos que o levaram das profundezas do desespero às alturas
da bem-aventurança.

Apparuit iam beatitudo vestra — ele citou com sinceridade,agradecendo a Deus por não ter perdido a esposa e a filha, apesar das complicações durante o parto.

O fantasma de seu pai interferiu em sua felicidade, provocando uma promessa espontânea.

— Eu nunca irei abandonar vocês. Eu estarei aqui com vocês duas, minhas meninas queridas, enquanto eu viver.

Na escuridão do quarto do hospital, Christian prometeu proteger, amar e cuidar de sua esposa e de sua filha, não importasse o custo.

A Promessa de Christian - Livro 4Onde as histórias ganham vida. Descobre agora