Capítulo Quarenta e Um

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1 de December de 2012
Cambridge, Massachusetts


—Nada serve. — Christian falou em seu celular. Ele estava no quarto do bebê com Clare e tinha acabado de trocá -la. Agora, ele estava tentando vesti-la para o dia. Uma grande pilha de roupas estava espalhada ao redor do trocador, todas descartadas.

Ele ligou para Anastasia porque ela estava tomando café da manhã na cama e descansando o tornozelo.

— O que é isso? —Ana brincou, reprimindo o riso.

—Eu tentei de tudo: macacões, vestidos, etc. E tudo minúsculo.

— Acho que há algumas roupas do tamanho de três a seis meses na primeira gaveta da cômoda.

Christian abriu a gaveta e remexeu nela.

— Tudo aqui é completamente
inadequado. São roupas de verão. Ela vai pegar pneumonia.

Ele pegou um vestido rosa com bordados e um par de coisas brancas que pareciam calças, mas tinham pés embutidos.

— Encontrei algo que pode funcionar temporariamente. Mas ela vai precisar de um suéter. — Ele colocou Ana no viva-voz e colocou o celular de lado.

— Temos toneladas de suéteres e moletons pendurados no armário. Me deixe vê-la quando você terminar.

— Só por um minuto. — Christian respirou fundo quando ele segurou o bebê com uma mão e a outra esticou em direção ao armário. Ele pegou um capuz rosa. — Vou levá -la para fazer compras.

— Você quer levar Clare para fazer compras?

— Ela deve ter tido um surto de crescimento. Estou dizendo, restam apenas algumas coisas que servem e a maioria não aquece o suficiente.
— Com cuidado, ele vestiu as roupas brancas e abotoou o vestido nas costas.

— Você vai levar Carrick?

— Não. Gail pediu para tirar o dia de folga. Ela e Carrick vão fazer um passeio a pé por Beacon Hill essa manhã e depois vão ao cinema.

— Huh. — disse Ana.

Christian se endireitou, ainda falando ao telefone.

— Talvez eu não deva deixar você sozinha.

— Estou bem. Com a tornozeleira, posso andar por aí.́ Mas provavelmente vou ler o dia todo. A lista de livros e artigos que Cecilia me deu é enorme.

— Okay. — Christian pegou uma girafa macia de plástico que Clare começara a mastigar recentemente e a levantou até o ombro dele. — Vamos, Principessa. Vamos ver a mamãe e vamos renovar seu guarda- roupa.

Ele pegou o celular e saiu do quarto.

                                       ****

Christian gostava de fazer compras na Copley Place. Embora ele não gostasse da multidão, e fazer compras com um bebê no carrinho não era o ideal, ele gostava da variedade de lojas e serviços que podiam ser encontrados em um único local.

Ele foi para Barneys e foi rapidamente direcionado para a seção infantil, onde foi cercado por nada menos que três vendedores que resolveram vestir Clare em tudo o que ela precisava.

Christian acomodou-se em um sofá, com Clare nos braços, alegremente balançando a girafa e tomando um café expresso. Sob a aprovação dele, os vendedores o ajudaram a equipar Clare pelos próximos seis meses. E eles forneceram a ele um coelho muito melhor do que aquele que atualmente residia ao lado de seu baby carrier.

Fazer compras é fácil, pensou ele, quando um dos vendedores colocou um par de sapatilhas de balé de couro rosa macio nos pés de Clare.

— Ela vai usá -los em casa — Christian direcionou com um sorriso.(Deve-se notar que ele resistiu à vontade de se desfazer do coelho que José Rodriguez deu a Clare, apenas porque ela parecia preferir ele ao brinquedo caro da Barneys. Christian suspirou com mártir sobre a realização.)

Ele já havia retornado ao seu SUV e afivelado Clare na cadeirinha quando o celular tocou. Era John Steele. Christian sentou no banco do motorista e trancou as portas.

— John.

— Encontrei seu Nissan preto. Registrado por Pam Landry na Filadélfia.

Christian fez uma pausa, quebrando o cérebro.

— Nã o conheço ninguém com esse nome.

— Achei que você não iria. Mas o filho dela, Alex, levou o carro para um amigo consertar a janela traseira.

— Interessante. — Christian olhou para Clare através do espelho retrovisor. Ela estava pegando o coelho de José e enfiando uma das orelhas na boca.

Christian estremeceu com a visão.

— Não pude encontrar nenhuma conexão entre Alex Landry e minha sobrinha — anunciou John. — Mas ele estava na mesma fraternidade que Jack na Universidade da Pensilvâ nia.

Christian praguejou.

— Alex é uma bagunça — continuou John. — Usou muitas drogas, reprovado na escola. Sempre em trabalhos diferentes. Ganhou algum dinheiro recentemente. Andou jogando dinheiro.

— Você pode conectá -lo ao imbecil?

— Estou trabalhando nisso. Não sei ao certo como eles estão se comunicando ou de que forma o dinheiro foi transferido. Acho que você assustou o garoto com a pedra pela janela. Ele disse ao amigo mecânico que tinha um show fora da cidade, mas que acabou. Devolveu o carro para a mãe e está dirigindo o próprio agora.

— E que carro é esse?

— Dodge Charger vermelho com listras pretas de corrida e placa da Pensilvânia. Difícil de errar.

— Vou manter os olhos abertos.

— Não pense que o garoto vai incomodar você . Faça parecer uma aparição de vigilância simples—olhe, mas não toque. O Garoto fodido,você quebrou a janela dele. Ele vai ser cuidadoso. Ele não vai querer que você estrague a pintura personalizada.

— Certo. — Christian beliscou a ponta do nariz.

— Você quer que eu faça contato?

— Só se ele fizer um movimento na minha direção. E a floresta? Era ele?

— Não posso dizer. O Garoto não parece do tipo que abraça a natureza.

Christian murmura. Era possível  que ele tivesse ouvido um animal na
floresta, mas isso não explicava o que ele pensava ser o feixe de uma lanterna. E se o invasor não fosse Landry...

— Eu pedi a um amigo para ficar de olho na sua casa. O carro dele é um Toyota azul com placa de Massachusetts. Não estrague a janela dele.

— Anotado. — Christian olhou para Clare novamente.—Custo?

— Ele está me fazendo um favor. Mas eu tenho uma boa notícia para você .

— Estou ouvindo.

— Jack está em um avião para Zurique. Dizem que ele se reconciliou com o pai, mas o senador quer que seu filho saia dos EUA. Conseguiu um emprego para ele nas finanças. O Garoto estraga tudo e o senador o corta permanentemente. Esse garoto não passará perto da sua casa tão cedo.

— Excelente. — Os ombros de Christian relaxam.

— Pode valer a pena ficar de olho nele na Europa. Quer que eu envie um dos meus rapazes?

— Não, mas estou preocupado que ele possa ter contratado alguém para nos incomodar. Se você pudesse continuar cavando, ficaria agradecido. O que eu devo a você ?

— Desconto para a família. Beije minhas sobrinhas por mim. — John desligou.

Christian colocou o telefone no console central e saiu cuidadosamente do estacionamento. Ele usou o caminho até sua casa para pensar sobre o que John havia dito.

Embora parecesse que Jack não era mais uma ameaça, Christian ainda estava cauteloso. Ele precisava de mais informações sobre as
atividades do idiota na Suíça. Ele sabia exatamente quem chamar para descobrir.

A Promessa de Christian - Livro 4Onde as histórias ganham vida. Descobre agora