Capítulo Cinquenta e Cinco

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—Você já leu Tesouros da Ilha? — Ana estava sentada na beira da piscina, com as pernas suspensas em água.

— Anos atrás. Por quê ? — Christian ficou parado na parte rasa, rodopiando Clare em círculos e mergulhando-a dentro e fora d'água. Ela parecia curtir isso.

— Alguém dá a Billy Bones a mancha negra. E uma ameaça de morte para dos piratas.

Christian torceu o nariz.

— Sim, eu lembro.

— Você acha que o memento mori é uma mancha negra?

Christian olhou por cima dos ombros, como se estivesse preocupado que alguém estivesse escutando. Ele foi até Ana.

— Não. Se o ladrão quisesse me matar, ele poderia ter feito isso. Estou inclinado a acreditar que ele derrubou a escultura acidentalmente.

— Acidentalmente? — Ana levantou as sobrancelhas atrás dos óculos escuros. — Por que ele estaria carregando uma peça de museu no bolso?

Christian virou Clare rapidamente e ela riu.

— Talvez tenha sido um símbolo que ele pegou de outro assalto. Talvez ele pense nisso como um amuleto da boa sorte, assim como um pé de coelho.

—Talvez ele seja fã dos Grateful Dead. Ele é um Deadhead. —Ana tentou manter a cara séria e falhou.

Christian lançou lhe um olhar fulminante.

— Muito engraçado. Por que ele lançaria uma ameaça de morte e partiria, quando poderia ter terminado o trabalho?

Ana estremeceu e tomou um grande gole de sua margarita sem álcool.

— Eu não sei.

—Se fosse um assassino,ele teria feito o trabalho e saído.Não há motivo para deixar ameaças. Eu acho que Nicholas está certo; o ladrão queria saber o que tínhamos em casa, para que ele pudesse relatar o conteúdo aos potenciais compradores.

—Certo. — Ana ajustou seu grande chapéu de praia. — Devo colocar mais protetor solar em Clare?

— Em um minuto. — Christian continuou a mover Clare para dentro e para fora da água. Ela bateu os punhos no peito de Christian, quase como se estivesse exigindo que ele se movesse mais rápido.

— E você , professor? — Ana admirou a parte superior do corpo em forma, os braços musculosos e magros. E as tatuagens no peito. Dante e Beatrice estavam estampados em sua pele para todo mundo ver, assim como o dragão e o nome de Maia.

— Eu coloquei um pouco antes. Depois de vermos Clare, talvez você possa me ajudar com as minhas costas. — Christian olhou para as pernas de Ana enquanto elas se moviam debaixo d'á gua. — Como está seu tornozelo?

— Perfeitamente bem. Mas estou preocupada em colocá -lo no lugar.

— E sua outra perna? —Christian tinha baixado a voz.

Ela levantou a perna direita da água.

— Isso me incomodou no avião.
Mas desde que estivemos aqui, ficou melhor. Eu nem percebi até que você mencionou.

— Hmmm — disse Christian. — Você acha que está melhorando?

— Está melhor do que no Dia da Ação de Graças. — Ela abaixou a perna para baixo d'á gua. — E a escultura que você enviou para Vitali? Vamos entregá -la à polícia de Cambridge?

—Não. Até o momento, ela não apareceu na lista de obras de arte roubadas da Interpol, mas isso não significa que não foi roubado. Pedi a Vitali para fazer perguntas e ver se ele pode descobrir quem é o dono.

A Promessa de Christian - Livro 4Onde as histórias ganham vida. Descobre agora