Capítulo Vintee Sete

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Christian viu Anastasia à distância, atravessando o campus de Harvard.

Ele estacionou o carro depois de deixá-la e colocou Clare em um carregador de bebê por cima do ombro que tinha um nome sueco chique.

Ele pensou que isso o fazia parecer um canguru. (Talvez seja por isso que ele tenha atraído tanta atenção feminina dos transeuntes,muitas das quais pararam para dizer olá ao bebê e lhe lançar olhares um tanto sonhadores para o pai atencioso.)

Quando Ana o viu, ela acelerou.

— Vamos. — Ela agarrou a mão dele, cumprimentou Clare e começou a arrastá-lo pelo caminho.

Christian plantou os pés.

— Qual é o problema?

— Conversamos no carro. — Ela tentou em vão levá -lo adiante.

— O carro está para lá. — Ele apontou o polegar na direção oposta. — Qual é o problema? O que está acontecendo?

— Por favor — Ana implorou, seus olhos se enchendo de lágrimas. Christian não pôde recusar. Ele pôs o braço sobre seus ombros,
guiando-a até o carro.

— Diga-me o que aconteceu.

Ana olhou em volta nervosamente.

— Cecilia disse que não.

A cabeça de Christian girou na direção de Ana.

— O que?

— Cecilia disse que se eu quiser trabalhar com ela, preciso estar aqui no próximo outono.

Mais uma vez, Christian plantou os pés.

— Ela te ameaçou?

Ana abaixou os olhos.

— Não com tantas palavras. Ela disse que leu a agenda de Edinburgo,mas que seria ruim para ela enviar sua melhor aluna para lá , especialmente com Katherine entrando no departamento.

Christian lançou um olhar assassino para o prédio em que o escritório de Cecilia estava localizado. Os pés dele começaram a se mover.

— Eu vou falar com ela.

— Não! — Ana puxou seu braço. — Eu não quero fazer uma cena. Vamos conversar no carro.

— Vou ligar para Greg Matthews. Vai colocar um ponto final nisso. — Christian ergueu o queixo, os olhos cinzas faiscando.

— Se você fizer isso, ela vai me largar. — A voz de Ana estava logo acima de um sussurro.

Christian a observou. Então ele olhou para o prédio.

Ele amaldiçoou.

— Eles não podem fazer isso. Os estudantes estudam no exterior a partir desse departamento o tempo todo.

— Sim, na Itália. Não na Escócia. — Ana puxou o braço dele e eles continuaram andando.

— A questão é o curso. Se você conseguir os cursos de que precisa em Edimburgo, eles devem poder transferir. Você estaria abaixo do
número máximo de créditos de transferência, correto? Você só precisa de três cursos.

— Sim, mas nem mesmo Graham Todd sabe quais cursos serã o oferecidos no próximo ano. Eles não definiram o cronograma.

— Besteira. O que quer que faltavam, Graham ou um de seus colegas podem lhe oferecer um curso de pesquisa direcionada.

— Eu não tinha pensado nisso. — Ana estava tendo dificuldade em acompanhar os passos largos de Christian, mesmo ignorando a estranha dormência em sua perna.

Ele pareceu reconhecer o sofrimento dela e diminuiu o passo.

— Eu sinto muito. Nã mo tive a intenção de apressar você .

— Eu estou bem — Ana mentiu.

— Eu não entendo por que Cecilia se voltou contra nós. Pensei que éramos amigos. — Christian murmurou alguns palavrões.

— Ela mencionou algo sobre o reitor repreendendo Greg Matthews, já que ninguém em seu departamento foi solicitado para ministrar as Sage Lectures há muito tempo.

— Isso é verdade. Mas a aula é internacional. E abrange todos os campos das ciências humanas, não apenas literatura.

— Greg disse a Cecilia que você estava sendo considerado para a cadeira dotada que deram a ela. O reitor comentou. — Ana e Christian trocaram um olhar.

— Considerado e rejeitado — Christian zombou, soando amargo. — Eu gosto de Greg, mas ser premiado com as Sage Lectures depois de ter sido recusado por seu departamento, foi um grande e satisfatório dedo do meio para todos eles.

— Agora Cecilia está me dando o dedo do meio.

Christian parou. Ele desvinculou a conexão deles e colocou as mãos em seus ombros.

— Ela está me dando o dedo do meio. Você é apenas um alvo conveniente.

Ana ignorou o comentário e olhou para a filha, pegando sua mão sozinha.

— Oi, Clare.

O bebê borbulhou e sorriu, chutando os pés para os lados do carrinho de bebê.

Ana devolveu o sorriso de Clare.

— Não devemos conversar sobre isso na frente dela. Ela vai pegar as vibrações negativas.

— Tudo bem — disse Christian rigidamente.
Eles continuaram sua caminhada até o carro.
— Mas isso não acabou. — Ele deu a Ana um olhar ameaçador.

A Promessa de Christian - Livro 4Onde as histórias ganham vida. Descobre agora