Capítulo Quarenta e Dois

239 39 3
                                    





Mais tarde...

—Neve. — Ana apontou para os flocos delicados que lutuavam na frente da janela da sala.

Clare estendeu a mão para a janela e depois pegou uma mecha do cabelo de Ana e puxou.

— Está bem, está bem. Nós não estamos interessadas em neve. —Ana riu, tentando libertar os cabelos.

Ela parou de usar muletas no dia anterior e tentou colocar peso no tornozelo hoje. Ela o embrulhou com firmeza e o colocou em uma tornozeleira macia, o que lhe deu mais apoio. Ainda assim, ela se movia devagar e não carregava Clare para cima e para baixo sem muita cautela. Ela não queria cair.

— Está nevando? — Christian apertou um botão e a lareira a gás voltou à vida, criando um brilho aconchegante.

— Apenas alguns flocos. — Ana dirigiu a atenção de Clare para a janela mais uma vez. — Olha, Clare. Neve.

Clare virou a cabeça na direção do pai e começou a balbuciar.

— Boa menina. — Christian tocou sua bochecha. — A neve é terrível e eu aprovo o seu desinteresse.

Ana balançou a cabeça.

— Pense em Carrick e Gail andando por Beacon Hill nesse tempo.

Christian consultou o relógio.

— Eles devem estar no cinema agora. Mia sabe que Carrick veio no fim de semana?

— Sim. Falei com ela de manhã e ela disse que Carrick havia contado na semana passada.

Os olhos azuis-acinzentados de Christian ficaram olhando.

— E Mia está bem com isso?

— Ela disse que ela e Carrick resolveram as coisas e que ela não o invejaria por um amigo. — Ana sorriu. — Mas ela está muito feliz que a Mulher Maravilha está vindo para Selinsgrove passar o Natal com todos.

— Ah — disse Christian. — Katherine ficaria horrorizada se soubesse que Mia estava comparando-a com um personagem de quadrinhos.

— Eu acho que Katherine ficaria lisonjeada. Ela tem um ótimo senso de humor.

— Hmmmm — Christian olhou por cima do ombro de Ana, para a janela, e ficou momentaneamente distraído. Um Toyota azul estava passando pela casa deles no ritmo de um caracol. Chegou ao fim do beco sem saída, virou-se e passou novamente pela casa deles.

Christian supôs que o motorista era o contato de John Steele e viu o carro desaparecer na esquina. Ele se sentiu animado ao saber que alguém estava de olho na casa.

— Olá? Christian? — Ana estalou os dedos, tentando chamar a atenção dele.

Ele forçou um sorriso.

— Desculpe querida. Fascinado com a neve. O que você acha do novo guarda roupa de Clare? — Christian estendeu os braços em direção à variedade de itens que foram cuidadosamente exibidos em todas as peças de móveis disponíveis ou superfícies planas da sala de estar.

— Tudo é muito bonito. Mas um pouco extravagante, você não acha?
Christian parecia ofendido.

— Ela é minha filha. Quero que ela tenha o melhor.

— Mas o melhor não precisa ser o mais caro. Target faz boas roupas de bebê.

Christian torceu o nariz.

Ana persistiu.

— Eu gosto de coisas legais. Você me comprou lindos vestidos e mais sapatos do que eu posso usar.

A Promessa de Christian - Livro 4Onde as histórias ganham vida. Descobre agora