Capítulo Quarenta e Seis

217 44 9
                                    


Ana ficou feliz que Gail não estivesse lá para surpreender o intruso. Ela dormia levemente e acordava cedo algumas manhãs. Felizmente, ela partiu para o Colorado no dia anterior para passar o feriado de Natal com seus filhos.

Ana estava sentada no sofá da sala, segurando seu bebê dormindo. Ela não queria Clare fora de sua vista.

A polícia de Cambridge estava vasculhando a casa e o quintal. Christian estava andando por perto, tendo sido checado e liberado pelos
paramédicos. Ele estava no telefone havia uma hora.

Ana enterrou o rosto no cabelo de Clare. Ela pensou que Christian estava tendo um ataque cardíaco.Ele estava pálido e sem fôlego quando ela o encontrou no corredor. A cor voltou ao seu rosto e agora ele estava andando como um leão enjaulado, zangado e frustrado. Como se ele fosse rugir a qualquer momento.

Ana sussurrou uma oração de agradecimento por ainda ter uma família e abraçou Clare com mais força. Ela não tinha certeza de quanto tempo ficou sentada antes que um par de pés descalços estivesse na sua frente. (Notoriamente, deve—se concordar que até os pés de Christian eram atraentes.)

Ele não se incomodou em calçar algo e ainda usava um pijama de flanela de tartan. Ele se agachou ao lado dela e colocou uma mão gentilmente no pescoço dela.

— Querida?

Ele afastou os cabelos do rosto dela.

— A empresa que instalou o sistema de segurança está enviando alguém imediatamente. Segundo eles, o sistema ainda está armado. O invasor deve ter contornado o alarme.

— Como isso é possível?

O rosto de Christian ficou sombrio.

— Eu não sei.

Ana balançou o bebê , indo e voltando.

— Ele não levou nenhuma joia. Ele nem abriu a caixa.

— Dinheiro, passaportes, eletrônicos, obras de arte—tudo ainda está aqui.A polícia está procurando por impressões digitais.

— Ele estava usando luvas.

Christian congelou.

— Ele tocou em você?

— Não. — Ana sussurrou. — Quando acordei, eu o vi segurando a pintura do Holiday. Eu vi as luvas.

— Quando subi, a pintura estava no chão. O vidro quebrado.

— Ele deixou cair quando eu gritei.

— Mas você está bem? — Ele estendeu a mão para acariciar a cabeça de Clare. — Clare está bem?

— Eu não acho que ele passou pelo quarto dela. A porta ainda estava fechada e eu não ouvi nada no monitor de bebê .

Christian passou a mão pela boca. As coisas poderiam ter terminado de maneira muito, muito diferente.

— Sinto muito pela pintura.

Christian apertou o joelho dela.

— Melhor a pintura do que você .

Ana pegou a mão dele e o puxou para se sentar ao lado dela. Ela se inclinou para o lado dele, tremendo.

Ele colocou os dois braços em volta dos ombros dela.

— Você vai ficar bem. Você vai ficar bem e Clare vai ficar bem.

— Eu pensei que ele tinha a levado. — Uma lágrima escorreu pelo rosto de Ana. — Eu pensei que você estava tendo um ataque cardíaco.

— Eu só estava sem fôlego. Mas eu gostaria de uma dose de Laphroaig agora.

— Eu também.

— Vou pegar uma para você . — Ele falou contra a pele dela.

A Promessa de Christian - Livro 4Onde as histórias ganham vida. Descobre agora