A sala ficou em silêncio.Todos olharam para Ana, que colocou a mão na boca enquanto tentava reprimir os soluços.
Carrick, Katherine, Gail e Mia ficaram em choque, sem saber o que fazer.
— Nos dê um minuto — Christian murmurou, com o braço ainda em volta dos ombros de Ana. Ele a levou para a sala para um canto silencioso perto da janela.
— Querida, qual é o problema? Você está com dor? — Atordoado, ele se inclinou para olhá-la.
Ana fechou os olhos enquanto as lágrimas fluıám.Ela negou com a cabeça.
Christian a puxou contra seu peito.
— Eu não entendo.
— Você quer que todos saiam? — Ela negou novamente.
Ele descansou a bochecha no cabelo dela.
— Eu não sabia que eles
estavam planejando tudo isso.— Há muitos balões — ela murmurou.
— O hélio é perigoso para bebês?
— Não. Sim. Eu não sei. — Ela apertou a camisa dele. — Essa não é a questão. Tem o dobro de presentes e flores do que tivemos no hospital. E há flamingos no nosso gramado!
— Eu posso remover os flamingos, querida. — Christian beijou seus cabelos. — Eu farei isso agora.
— Não se trata dos flamingos. — Ana enfiou a mão em um dos bolsos da jaqueta de Christian, finalmente recuperando um lenço. Ela o agitou diante dele. — Estou feliz por ter comprado isso para você .
Ela assoou o nariz.
— Um cavalheiro sempre carrega um lenço nessas ocasiões. — Ele acariciou suas costas, sua preocupação aumentando. — Você está chateada com os flamingos, mas não quer que eu os remova?
— A cozinha está cheia de presentes. Katherine veio da Inglaterra e citou Dante! — Ana explodiu em lágrimas novamente.
Christian franziu a testa. A visão das lágrimas dela o machucava.
— Claro que há presentes. As pessoas dão presentes para bebês. E uma tradição.
— Quantos dos meus parentes estão na cozinha? — Ela enxugou o nariz.
O coração de Christian se contraiu.
— Seu pai e Diane queriam estar aqui, mas Raymond está doente. Você os verá em breve. — Ele enxugou as lágrimas de Ana com os polegares. — A cozinha está cheia de familiares, nossa família. Pessoas que amam você e Clare.
Ela engoliu em seco.
— Sinto falta da sua mãe. Eu sinto falta . . .
Christian se encolheu. Havia um oceano de dor na sentença inacabada de Anastasia. Ela teve uma infância infeliz com uma mãe que às vezes era abusiva, à s vezes indiferente.
— Eu também sinto falta de Grace — Christian admitiu. — Acho que sempre sentiremos falta dela.
— Sou mãe há apenas alguns dias, mas amo tanto a Clare que faria qualquer coisa por ela. O que havia de errado com a Carla? — Ana sussurrou, agarrando-se ao marido.
Christian encarou a esposa.
— Eu não sei.
Sua resposta foi verdadeira. Como se explica a indiferença e a crueldade? Ele experimentou ambos do pai biológico. E finalmente ele percebeu que qualquer tentativa de explicar esse comportamento era inútil, porque as explicações apenas eram máscaras para desculpas. E ele não aceitaria desculpas.
ESTÁ A LER
A Promessa de Christian - Livro 4
RomanceQuando Christian e Anastasia Grey vêem sua filha recém nascida, Clare, se dão conta de que a vida nunca será igual. Christian se comprometeu a ser um bom pai quando de repente recebe um convite para dar uma série de palestras em Edimburgo, na Escóci...