Capítulo Treze

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Dois dias depois...

—Oh, meu Deus! — As orelhas de Christian se ergueram. — Isso é fantástico.

Christian parou de escovar os dentes, ansioso para ouvir mais sons que emanavam do quarto.

— Oh, meu Deus!

— Sim, sim, sim, sim!

Os gritos vindos dos lábios de Anastasia sinalizaram prazer. Mas eles intrigaram Christian, já que não era ele quem a agradava.

Ele se inclinou para trás, espiando pela porta que dava para o banheiro, ansioso para ver o que ela estava fazendo. Ela estava de pé ao lado da cama, mexendo no celular.

Gabriel fez uma careta, imaginando quem estava provocando tal reação de sua esposa. Ele cuspiu a pasta de dentes, lavou a escova e caminhou em direção a ela.

Anastasia colidiu com ele na porta, seus olhos escuros dançando.

— Você nunca vai adivinhar quem me mandou um email.

O Angelfucker, Christian pensou, mas não disse. Ele estampou um sorriso contido no rosto.

— Quem?

— Professor Wodehouse.

— Don Wodehouse? Do Magdalen College?

— Sim! — Anastasia ergueu o celular e dançou em círculo.

Graças a Deus não é o Papa Anjo. Christian pegou a mão dela.

— Por que Wodehouse lhe enviou um e-mail?

— Ele está organizando um workshop sobre Guido da Montefeltro e Ulisses. Você precisa ser convidado para ir e ele me convidou.

— Isso é ó timo. Quando é ?

— No começo de abril, entre Hilary e Trinity. Vai ser em Magdalen e é financiado por uma bolsa de pesquisa que ele recebeu.

Christian a apertou.

— Quem mais foi convidado?

— Cecilia Marinelli e Katherine. Mas parece que o professor Wodehouse quem está dirigindo. — Ana examinou a lista de
destinatários — Nenhum professor Pacciani. Nem Leila Williams. — Graças aos céus.

— José foi convidado, junto com um monte de pessoas que eu não conheço.

E o Angelfucker ataca novamente.

— Rodriguez foi convidado. — Christian fungou em tom de desdém. — Mas não o professor Grey ?

Ana olhou para ele. Ela mordeu o lábio.

— Não. — O polegar de Christian puxou seu lábio inferior, liberando-o. — Estou orgulhoso de você . Você impressionou Wodehouse quando entregou seu trabalho em Oxford. Você ganhou o convite.

— Sinto muito por você não ter sido convidado. — Ana parecia infeliz.

Christian beijou sua testa.

— Não fique. Esta é uma grande notícia. Wodehouse não se impressiona com facilidade.

Ela estudou os traços de seu marido.

— E José?

— José faz um bom trabalho. — Christian exibia uma expressão de dor, como se estivesse lutando para ser positivo. — Katherine provavelmente o convidou. Embora eu não tenha certeza do porquê , já que ele não trabalha de verdade com Guido ou Ulisses.

— Eu quero ir.

— Claro que sim. Mande um e-mail para Wodehouse e conte a ele. She studied her husband's features.

— Mas e Clare?

— Vamos a Oxford com você . — Christian sorriu. — Gail e eu podemos cuidar de Clare.

— Obrigada. — Ana roçou os lábios contra os dele. — Lá para abril é possível que Clare já esteja dormindo a noite toda. Eu espero.

— Cecilia verá seu nome na lista de destinatários, mas você deve enviar um e-mail para ela. E envie um email para o presidente do seu departamento.

— E a minha licença de maternidade? Entrei em contato com Greg Matthews e Cecilia ontem, dizendo que não voltaria este ano. Eles não vão ficar chateados porque estou faltando aulas no próximo semestre, mas indo para o workshop?

Christian bufou.

— Tenho certeza que Cecilia apoiou você ter sido convidada. Greg Matthews enviará um anúncio ao seu departamento, gabando-se
de você.

— Espero que sim. — Ana colocou o cabelo na altura dos ombros atrás da orelha.

Christian pegou a mão dela. Com um metro e oitenta, ele era muito mais alto que ela. A mão grande brincava com as alianças dela.

— Fiquei preocupada com as consequências de Toronto e como isso afetaria as nossas carreiras.

— Querido, — sussurrou Ana. — Eu não sabia que você ainda estava preocupado.

— Você tinha o suficiente em sua mente. Mas o convite de Wodehouse mostra que você já está fazendo seu nome, mesmo enquanto estudante de graduação. — Os olhos de Christian brilharam. — Essa é minha garota.

Ana sorriu.

— Obrigada.

Christian a girou em um círculo e a mergulhou, sua risada ecoando.

— Eu também tive um e-mail interessante essa semana.

— O quê?

Christian pegou o celular da mesa de cabeceira.

— Você vai querer se sentar.

— Por quê ? — Ana parecia alarmada. — O que aconteceu?

Sem palavras, Christian rolou seu e-mail e entregou o telefone para Ana.

Ela leu a tela.

E então aproximou o telefone dos olhos e o leu novamente. E de novo.

— Puta merda. — Ela levantou a cabeça, a boca aberta. — Isso é... é o que eu acho que é?

A Promessa de Christian - Livro 4Onde as histórias ganham vida. Descobre agora