Um Segundo Encontro...

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Arizona pov's:

Recuo o mais depressa possível. Não sei se ela me viu enquanto permanecia paralisada por mais de um minuto. Uma pessoa parada em frente a uma escada, parece uma suicida.

Tenho para mim que ganhei alguns olhares curiosos na minha direção. Será que um deles era da Call? O que ela faz aqui? Que pergunta idiota Arizona Robbins! A mulher me disse que é dinamarquesa, então deve estar vivendo normalmente no seu país, como qualquer cidadão.

Quais eram mesmo as chances de eu me encontrar com ela aqui? Uma em dez trilhões? Quatrilhões? Começo a respirar fundo ao mesmo tempo que caminho pelos corredores. Há outra saída pelo lado direito.

De repente, tenho a sensação de que estou sendo seguida, portanto olho para trás. A vejo dobrar no corredor, arregalo os olhos e começo a correr.

Sem querer, acabo esbarrando em uma garota ruiva, derrubando no chão os seus livros.

- Desculpe-me! Peço rápido ao ver seu olhar de chateação. Então, eles, os dinamarqueses, também são pessoas sérias, constato.

Continuo correndo até encontrar a saída e, por fim, deixo o campus.

Atravesso a outra rua e pego um táxi que me leva de volta ao hotel.

Estou atordoada com tudo que passei. Não pode ser verdade. Enfrentei algum estresse ou nervoso emocional? Ou, por acaso, estou ficando doida, vendo coisas que não existem? E se saí correndo como uma louca à toa? Eu sei da sua nacionalidade dinamarquesa, mas como ela me disse que passa mais tempo em outros países, viajando, achei que as chances de vê-la aqui, fossem praticamente nulas.

Depois, já mais calma e tendo raciocinado melhor, consigo me concentrar nas minhas emoções.

Para ser sincera, fiquei apavorada quando pensei ter a visto. Meu coração disparou tão rápido, que me deixou paralisada. Eu não me lembrava do quanto ela é capaz de me deixar sem reação.

Na primeira vez que a vi, também senti meu coração acelerar com muito mais intensidade do que o normal, e por uma fração de segundos, revivi todas aquelas lembranças que tanto lutei para esquecer.

Quando você está desesperada, faz chamada de vídeo para sua melhor amiga, em busca de conforto. E é isso que faço. Do outro lado da telinha, Teddy apenas grita loucamente.

- Sua piranha! Você se encontrou com a bonitona no outro lado do mundo! Ela bate palmas, deixando-me ainda mais nervosa.

- Conte-me tudo agora e dessa vez nos mínimos detalhes, por favor! Vocês transaram novamente? E aí? Como foi? Foi melhor do que na primeira vez, sem dúvida. Ela se empolga mantendo um sorriso largo na face enquanto eu coro.

- Até parece que você não me conhece Teddy. Eu entrei em pânico quando a vi e saí correndo. Na verdade, nem sei se era ela mesmo ou se foi coisa da minha cabeça.

- Nesse caso, precisamos te internar com urgência minha amiga. Fala gargalhando. Fecho a cara pra ela.

___ Tô brincando, poxa! Disse após perceber que eu não estava achando nada engraçado.

- Então... falando sério agora, você acha mesmo que fantasiou ou que confundiu ela com outra pessoa? Ela pergunta após parar de rir.

- Eu não sei Teddy. Talvez. O que sei é que estou desesperada.

- Isso sim é grave. Muito grave. O clima daí mexeu com seu cérebro só pode. Rio da sua fala. Sempre que uma de nós está tensa, a outra usa palavras erradas para nos fazer rir.

Vendida para a misteriosa CallWhere stories live. Discover now