Ações e Reações Após o Tumulto no Palco

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Calliope pov's:

Arizona me deixa louca. A menina inocente de olhos azuis é a minha perdição, sem dúvidas. Eu não fazia ideia de que ela estaria presente nesse baile. Por pouco não descobriu que sou a rainha da Dinamarca.

Gosto de manter minha verdadeira identidade escondida dela, mas não por achá-la interesseira. Longe disso. Acontece que gosto da sua maneira de me olhar e do seu atrevimento que me fascina, assim como tantas outras coisas: seu sorriso singelo, seu olhar inocente.... Ela é magnífica.

Nunca imaginei que teria, um dia, tais pensamentos em relação a uma mulher, já que sempre as via como objetos sexuais, e nada além disso.

Abomino omissões e mentiras, mas desde que me envolvi com a Arizona é só o que tenho feito. Estou me sentindo péssima por omitir coisas e mentir para ela, mas não sei como desfazê-las tamanho a proporção que tomaram.

Como não íamos nos ver essa noite, deixei o segurança oculto na cola da Ari para além de protegê-la, me deixar informada sobre seus passos. Concordei com sua saída na companhia dessa amiga que desconheço, porém algo dentro de mim está pedindo para que eu fique em alerta.

___ Conseguiu entrar em contato com ele Mark? Perguntei preocupada, pois já fazia duas horas sem notícias do meu informante. A última vez que nos falamos foi as 21:00hs para me dizer que ela estava saindo do hotel com sua amiga naquele instante.

___ Ainda não Call. Mas, não se preocupe, porque já entrei em contato com a agência de rastreio, e eles já estão rastreando o celular e a moto dele. Dentro de instantes saberemos onde ele e sua loirinha estão. Agora cuide e suba nesse palco. Eu assinto entrando pelos fundos para evitar aglomerações antes do previsto.

Assim que a ministra me ver, me reverência e anuncia ao microfone minha chegada.

subo no palco sentindo um frio percorrer minha espinha e meu coração acelera em demasia. Respiro fundo tentando controlar essa sensação inexplicável.

Aceno e sorrio para a plateia. No entanto, quando a ministra me entrega o microfone e o aproximo da minha boca para pronunciar as primeiras palavras, ouço uma voz gritante vinda de um dos camarotes a minha frente dizendo em alto e bom som: TIRA A MÁSCARA RAINHA! TIRA A MÁSCARA!

No início não dou importância, mas quando um coro se forma, a ministra me convence a retirá-la alegando ser uma forma de desculpas pelo meu atraso.

Só que, quando a tiro e ergo a cabeça, um som agudo de microfonia se faz audível e os refletores que estavam apagados atrás de mim são acesos em alta voltagem chocando-se com as luzes vinda da frente, formando um enorme clarão encandescente. Coloco as mãos sob os olhos para amenizar o incômodo e quando me viro de lado para entender o que está acontecendo, uma forte pressão se faz em meu abdômen me puxando bruscamente para trás. Tento gritar por socorro, mas alguém me impede tapando minha boca. Será que estão me sequestrando? SEGURANÇAS! Grito em desespero quando finalmente me soltam e eu caio no chão por trás da grande cortina, rasgando meu vestido na lateral por bater na quina de um móvel de aço durante a queda.

___ Calma Call, sou eu Mark! Respira! Meu amigo diz me sacudindo na tentativa de parar meu surto. Eu o olho com os olhos esbugalhados puxando o ar ofegante.

___ Quer me matar seu louco? Questionei quando já estava mais calma.

___ Desculpe-me, mas foi o único jeito que encontrei para evitar que sua identidade fosse descoberta pela sua brasileira. Diz e eu o olho confusa.

___ A moto do segurança já foi rastreada e encontra-se nas dependências do estacionamento daqui. Consegui falar com ele a minutos atrás e ele me garantiu que sua brasileira está em um dos camarotes. O olho incrédula.

Vendida para a misteriosa CallOnde histórias criam vida. Descubra agora