Será que irei precisar te prender para que não vá embora?

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Arizona pov's:

Deixo duas mensagens de voz no celular de Penélope somente hoje, pois ela não me responde há cinquenta e dois dias. Estou a dias me perguntando se lhe fiz algo de errado, para ela não querer mais falar comigo.

Também não voltou a aparecer na faculdade. Pelo menos não nos mesmos horários que os meus. Hoje decidi passar o dia inteiro no campus para ver se ela estaria lá, todavia foi em vão, porque ela não apareceu. Talvez nem retorne mais. Pergunto-me o que lhe aconteceu.

Se eu soubesse seu endereço, já teria ido encontrá-la. Será que está chateada comigo por eu não ter passado o resto do evento em sua companhia? Essa é uma pergunta que somente ela pode me responder. Ainda acho tudo muito estranho: aquele evento, o mal estar repentino da rainha, a chegada inesperada da Call... Isso foi uma baita surpresa para mim.

Eu não acreditei que ela estava em uma reunião, porque seu visual era impecável demais para quem foi repentinamente a um evento daquele porte. Há segredos que preciso descobrir sobre ela, e algo me diz que eles serão o nosso fim.

Depois do baile, mas precisamente na tarde do dia seguinte, após retornar ao hotel em que estou hospedada, corri para stalkear a realeza da Dinamarca nas redes sociais e nos tabloides mais renomados da Internet. Porém, me surpreendi por não encontrar nenhuma foto da soberana, nem de seus parentes. Pesquisei por mais dois dias seguidos, até a Teddy que é uma hacker nata também não encontrou nenhuma imagem da monarca. Estranhamos principalmente por se tratar de uma família conhecida mundialmente.

Ainda pedi a ajuda da Call pensando na possibilidade dela ter uma imagem que fosse da realeza, mas ela ignorou e se esquivou todas as vezes que eu puxava o assunto, até mandou eu esquecer isso, alegando ser uma bobagem, um capricho meu, uma coisa desnecessária. E, conforme os dias foram passando, eu fui me conformando e atualmente deixei totalmente arquivada essa minha curiosidade.

Com tudo isso, em apenas dois meses no país, tive a sensação de que os dias passaram muito rápido. Dentro de três semanas e meia, irei voltar para casa.

A minha experiência aqui foi diferente de tudo que eu poderia imaginar. No fim, três meses irão passar voando, e não sei se estarei pronta para retornar ao Brasil.

Estou tão acostumada a ter a Call misteriosa ao meu lado, que já imagino que não será nada fácil ter que me afastar dela. Ela conquistou meu coração com seu olhar dominador e beijo avassalador.

Arrumo-me para nos encontrarmos em um lugar onde não imaginava que ela poderia me levar: um restaurante. Chegando no local, vejo algumas pessoas à nossa volta e noto que, como sempre, ela está tentando me esconder.

Na verdade, não teremos um jantar romântico, e sim um de negócios. Fomos nos encontrar com um casal.

O casal fica de pé para nos receber e Call cumprimenta o rapaz belo e esbelto com um aperto de mão, assim como faz com a mulher. Eu os comprimento também, porém não falamos nossos nomes, apenas dizemos: "É um prazer".

Call puxa uma cadeira pra mim e o outro homem faz o mesmo para a mulher ao seu lado. Eles formam um lindo casal e conversam algo entre eles. Pelos traços da mulher, afirmaria que ela é asiática.

- Você nem me falou nada sobre os convidados. Sussurrei somente para Call ouvir.

- Esses são o Owen e a Cristina Yang. Ele é um diplomata alemão e a mulher é sua esposa.

A mulher é bela, comunicativa, espontânea e demonstra ter uma personalidade forte.

___ Me chamo Cristina Yang e sou de origem oriental, mas vivo na Europa desde que me casei. Hoje além de esposa de diplomata, comando o departamento de cardiologia da Universidade Alemã de Medicina. Diz satisfeita.

Vendida para a misteriosa CallOnde histórias criam vida. Descubra agora