treze.

332 43 35
                                    

HARRY.

    EU CONVIDARA Louis para jantar por um motivo.

   Além do fato de não suportar cadeiras vazias à mesa quando tinha
convidados, eu queria provar algumas coisas para mim mesmo. Que qualquer perturbação que Louis causara em mim era simplesmente a
canalização equivocada do desejo de estar com alguém como Kendall, que era tão perfeita que meu consciente, provavelmente me fazia achar que era boa demais para mim.

    Que vê-los lado a lado deixaria bem
claro que minha atração por Louis não era real, e sim uma tentativa desesperada de estabelecer uma ligação com alguém, já que eu me sentia um pouco solitário. Que Deus não estava me punindo por meus
pecados – estava me testando.

   Era minha obrigação provar que eu conseguia resistir à tentação, não importando quão poderosa ela fosse. Eu podia superá-la. Eu podia vencê-la.
  
    Eu não estava me saindo muito bem.

   – Então, Louis, fiquei sabendo que você quer ser roteirista, é verdade? – Kendall perguntou.

   Ela estava sentada à minha direita, linda em uma blusa de seda vermelha que deixava seus ombros nus, jeans skinny e salto alto.

   Quando chegou, eu a recebi com um grande beijo nos lábios. Foi estranho e forçado, e só fiz aquilo porque Louis estava por perto.

   Ele desviou o olhar e eu fiquei irritado.

   Olhe para mim.

   É isto que eu sou. Mas não era. Eu não podia estar mais desinteressado na bunda dela com aquele jeans justo e mais interessado em Louis com meu jeans.

    Fiquei irritado com aquilo também.

   – Meu objetivo é esse – Louis respondeu –, mas preciso estudar primeiro. – Eu o havia colocado na outra ponta da mesa porque era a
cadeira mais longe de mim, mas é claro que isso nos deixou de frente um para o outro, e tudo que fiz foi encará-lo a noite toda.

   Nem a luz baixa ajudou, já que o maldito era ainda mais bonito à luz de velas.

   – Oh, você pode escrever filmes de mafia bratica. – Gemma colocou mais vinho em sua taça e deu uma risadinha. – Sempre que penso na Inglaterra, penso em mafia. Isso é terrível da minha parte, não? Espere um pouco, você não é mafioso, é?

   – Não. Não sou. – Ele lançou a ela um sorriso malicioso que eu gostaria que tivesse lançado para mim. – Não que eu lhe diria se fosse.

   Gemma riu, brincalhona, e então estalou os dedos.

   – Droga. Achei que poderia me gabar por ter sentado perto de um
agente procurado pela TCI do FBI no jantar.

   – Ainda existe? – perguntou Liam. Era meu amigo desde a sétima série, fui seu padrinho quando se casou com Maya oito anos antes. Agora eles tinham três filhos menores de seis anos e raramente compareciam a eventos sociais, mas ele e eu tentávamos tomar uma cerveja algumas vezes por mês para manter contato. – Fico um pouco envergonhado por não saber.

   – É triste que tudo que sabemos sobre os britânicos, ou tudo que eles
sabem sobre nós, sejam os estereótipos mostrados nos filmes – disse Maya. – Por quê?

i choose you.Where stories live. Discover now