Teorema de Pitágoras

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 Jeon Jungkook 

Quando David externou-me seus mais loucos desejos sexuais eu pensei que não conseguiria fazer, mas depositei todas as fichas para salvar nosso relacionamento, seu primeiro desejo era saber como seria transar comigo, eu estando vestido com roupas femininas e juro que achei ridículo na hora, mas me permiti testar, não era tão ruim, mas bem desconfortável de vestir, foi diferente o sexo, mas depois disso voltamos ao normal, ou melhor, ao anormal porque a frieza que estava esse relacionamento não tinha nada de normal. Na festa enquanto conversávamos e dançávamos com Park que era uma das pessoas mais legais que já conheci ele externou seu outro desejo, um ménage, e essa ideia não pareceu tão absurda para mim já que Park havia me causado mais do que deveria e causado em David também, quando subimos para aquele quarto e trancamos a porta do quarto de hóspedes de Michael, David o beijou, e aquele beijo me deixou excitado não sei se era por causa da bebida que nos três ingerimos, mas tudo pareceu mais intenso do que o planejado, beijar Park foi demais, seus lábios passavam confiança e eram tão cheios e macios que ficava impossível parar, depois de um tempo nossas roupas foram saindo de nosso corpo enquanto os três desempenhavam um bom papel.

Estar dentro de Park também era fora do comum, um misto de sentimentos e um tesão que não parecia passar nunca, David também não ficava atras, estávamos quentes e sedentos e eu sentia aquele quarto ficando pequeno para nós três, eu tinha a esperança de que funcionaria dessa vez e seriamos o melhor casal da cidade graças a Park, graças as suas curvas, seus lábios, seus gemidos quase silenciosos e principalmente seu jeito único de rebolar, eu nunca falaria isso em voz alta, mas talvez tenha sido a melhor transa da minha vida e consequentemente o melhor dia da minha vida, infelizmente quando acordamos Park já não estava mais lá, parecia ter sido uma ilusão pela bebida, mas as marcas em nossos corpos mostravam que era real e foi real, uma boa transa com meu namorado e um menino desconhecido e de outra cidade desconhecida.

Eu sei que foi um caso isolado e eu não devia pensar nele, mas, parece impossível, conversando com David ele nem mesmo lembrava mais de Park, talvez porque Park não deveria ser tão significativo para nós, mas tem um mês que aquela festa aconteceu e eu ainda sinto tudo bem claro, será que isso configura traição? Bom acredito que não. A questão é que antes eu me distraia com David e mal conseguia estudar pensando em como nossa relação estava fria e agora a nossa relação pareceu ter melhorado um pouco, mas minha mente continua ocupada com um garoto dos cabelos castanhos que eu encontrei em uma festa aleatória, ele nem ao menos me disse seu primeiro nome, será que ele ainda pensa no que rolou? Ou isso já é tão comum para ele que já não liga mais?

- Está no mundo da lua? Tem andado muito no mundo da lua. - estava estudando com David em sua casa, ou melhor, tentando, mas mesmo David sendo muito inteligente e nunca teve uma nota ruim sequer ele não tinha o dom de explicar então toda vez que ele tenta me ensinar algo parece me complicar mais, mas eu acho tão lindo o jeito que ele coloca o lápis na boca quando está distraído e o quanto tenta disfarçar sua frustração por eu ser tão burro, no fundo, eu sei que ele só quer estudar em paz e eu estar tão atrasado assim o deixa incomodado.

- Desculpa, onde estávamos mesmo? - tento voltar no assunto para não o decepcionar.

- Deixa para lá, você está com aquela cara de que não está entendendo nada, acho melhor procurar um professor particular. - Ele mantinha um sorriso aberto no rosto, mas eu me senti um pouco culpado.

- Estou atrapalhando você né? - pergunto, porque sei que não conseguiria esconder nada dele.

- Você não me atrapalha Kookie, estou dizendo que é melhor porque eu fico olhando muito para você e aí eu esqueço do que eu estava falando e só penso em te jogar naquela cama e estudar anatomia. - falou sem nenhum pingo de vergonha afastando os cadernos e se sentando em meu colo. Devo confessar se teve uma coisa que melhorou muito depois daquela festa foi nossa vida sexual, ficou ainda mais ativa e nosso relacionamento parecia que era baseado nisso, conversávamos bem pouco e na maioria das vezes era para falar besteiras um para o outro, eu não sei se é exatamente isso que eu quero, mas não se mexe em time que está ganhando.

[...]

Parecia um dia comum na escola, aulas de linguagens, o espanhol parecia ser a única matéria que eu conseguia dominar e por isso era a minha aula favorita, a única aula em que eu me sentia um pouquinho mais inteligente, mas tudo que é bom dura pouco e logo o sinal tocou para a aula de literatura inglesa, eu podia apenas deitar minha cabeça e desistir, mas fiquei ali na aula com muito custo, contudo algo me acordou mais do que tomar um litro de café. Em umas cadeiras um pouquinho mais na frente eu conseguia ver um garoto com os cabelos castanhos parecidos com o Park.

- Alguém pode falar sobre o livro? - perguntou a professora e o possível Park levantou a mão. - Sim, senhor Park. - Não pode ser, é ele? Será? Não pode ser coincidência. Park deu uma resposta muito boa que deixou a professora de queixo caído e ele pareceu não ligar para os elogios. - Oh! Esqueci, pessoal esse é nosso novo aluno Park Jihyun, ele é sul-coreano. - Park olhou para trás olhando as pessoas e então a ficha caiu, sim, era ele e não, ele não esboçou sequer uma reação ao me ver, talvez estivesse tão bêbado que não se lembra de mim.

- Oi! - Foi apenas uma palavra de duas letras que fez meu coração disparar e minha barriga roncar, mas não acredito que a segunda seja realmente por isso, mas, e agora? Park estava aqui, estudando na minha escola e tendo aula de literatura comigo, céus estou morto. 

A Fórmula da Liberdade - JikookWhere stories live. Discover now