Equação Callan-Symanzik

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Park Jimin

A equação de Callan-Symanzik é uma equação vital dos primeiros princípios a partir de 1970, essencial para descrever como expectativas ingênuas falham em um mundo quântico, é uma equação com numerosas aplicações, entre elas permitir aos físicos estimar a massa e o tamanho do próton e do nêutron, que fazem parte do núcleo dos átomos. mas não é aí que estou querendo chegar e sim em expectativas ingênuas, na equação essas duas palavras se aplicam ao universo quântico contudo em meu universo essas duas palavras significam que eu criei expectativas ingênuas de que depois de seis meses eu conseguiria esquecer Jungkook e não simplesmente entrar em choque quando visse ele.

Não pularei etapas aqui meus amigos, então antes de lhes contar sobre essa terrível reação, terão que entender todo o contexto.

Era uma sexta à noite onde eu, por um milagre não estava vendo nada que aumentasse meu conhecimento acadêmico, eu estava vendo desenhos e eu me pergunto onde foi que eu mudei tanto a ponto de perder meu tempo assistindo desenhos, era algo bobo, o primeiro que encontrei na infinita lista do aplicativo de stream, crianças esquisitas xingando mais que adultos esquisitos, isso me prendeu por longas três horas.

- Tenho um convite nada formal para você. - Proferiu Hope animada se jogando ao meu lado como sempre. - Por que está vendo South Park? Isso não é do seu feitio. - Estranhou, mas como posso respondê-la se nem mesmo sei o porquê.

- Não, não vou. - Sem nem mesmo saber do que ela estava falando eu recuso, desde a última festa eu não confio em Hope.

- Minha mãe convidou você para seu aniversário de casamento, ela vai renovar os votos e vai ser uma festa e tanto, e como eu não quero ir sozinha você será o meu acompanhante\amigo gay. Desculpe senhor South, mas isso não é um pedido. Arrume um terno bonito que sei que tem e esteja pronto antes das quatro amanhã. - Beijou minha bochecha e bagunçou meu cabelo. - Agora eu tenho que me trocar para transar loucamente com o meu boy da corrida. - Completou me fazendo imaginar com uma cara de nojo.

- Eu vou fingir que não entendi que você acabou de zoar o meu nome dona esperança branca. - Debocho de seu nome fazendo ela gargalhar de seu quarto.

No dia seguinte como Hope havia me intimado eu estava devidamente vestido em um terno preto de três peças que eu ganhei de meu pai a uns bons anos, tantos que não me recordo, detalhe é que isso só foi caber em mim agora. Voltando ao terno, tinha um ótimo caimento em meu corpo e pelo tecido era um dos caros, coloquei um sapato social, penteei meu cabelo em gel para trás e deixei com que Hope fizesse sua tal maquiagem de matar, também estou fingindo que ela não está me arrastando para uma festa de família na intenção de arrumar alguém para mim, se bem conheço minha amiga esse batom vermelho não é só para a decoração.

Seguimos em nosso carro e a casa era bem maior do que eu imaginava, eu sabia que Hope não era de todo pobre, com toda certeza ela não entrou na faculdade por sua inteligência e as mensalidades não se pagavam sozinhas, mas confesso que fiquei impressionado com toda a decoração da casa, digno de filme, uma pegada familiar, parece que está na família a gerações.

- Mãe esse é Jimin, ele é o meu melhor amigo coreano. - Hope apresenta.

- Muito prazer Jimin ouvimos muitas coisas sobre você, principalmente nos seis meses que passou fora. - Segurou minha mão e eu deixei um selar como forma de cavalheirismo.

- é um prazer lhe conhecer também, parabéns pelas bodas, poderia ter trazido algo, mas Hope não é boa em avisar com antecedência. - Proferi.

- Eu não vou ficar aqui e deixar vocês falarem mal de Hope White Jeon. Mãe se nos der licença eu espero que você tenha convidados bonitos para eu apresentar o Jimin. - Saiu me puxando.

- Hope eu não quero ninguém, apenas deixe-me sentar-se e ficar quietinho até você querer ir embora. - Sim pessoal na hora eu nem mesmo cheguei a pensar na palavra com quatro letrinhas que poderia ter diminuído toda a minha surpresa quando Hope falou, mas vamos deixar esse detalhe para lá.

- Eu ia contestar, mas creio que posso fazer isso mais tarde quando for ali falar com meu pai e o amigo gato dele, fique aí volto em alguns minutos. - Me soltou correndo até seu pai.

Fiquei durante algum tempo olhando todo o ambiente, o jardim estava lindo mostrando que cuidaram com muito esmero e que o jardineiro é muito bom, a decoração também não estava ruim, por ser final da tarde tons pasteis deixaram tudo tão romântico, deveria parabenizar a senhora White novamente.

Foi em uma dessas observando cada detalhe da festa, das pessoas enquanto esperava Hope voltar que meus olhos encontraram ele, Jungkook estava ali com um terno parecido com meu mas que caia muito melhor em seu corpo atlético, ele conversava animadamente com um grupo de mulheres como se já conhecesse a anos, ai estão minhas expectativas ingênuas eu jurei que poderia ser melhor que fui mas fiquei paralisado olhando-lhe e quando seus olhos me encontraram seu rosto mostrou uma mistura de dúvida, surpresa, curiosidade e eu julgo que pude ver magoa também, seus passos vieram muito confiantes até mim e me assustei o suficiente para fugir novamente como sempre faço acabando por derramar uma taça de champanhe em cima do garçom.

- Meu deus me desculpe. - Olho para o trabalhador desesperado e ele apenas concorda e acena, eu poderia oferecer ajuda para secar seu terno, mas Jungkook se aproximava e eu precisava sair dali.

Estava claro que essa atitude desesperada para me livrar de Jungkook não funcionaria, eu não podia pegar meu carro e seguir para casa quando as chaves estava com Hope, então quando parei em frente à casa sua mão segurou meu pulso me impedindo de fugir.

- Porque caralhos está me evitando Jimin? - gritou, agora ele estava com raiva, esse sentimento eu não podia duvidar.

Mesmo assustado eu não consegui deixar de olhar como Jungkook estava bonito, a equação de Callan-Symanzik estava perdendo com folga para a coisa mais bela do mundo, Jungkook. Seus cabelos estavam muito bem penteados como o meu e ele parecia ter malhado já que seus ombros estavam maiores e mais largos, seis meses foram o suficiente para deixá-lo melhor do que era.

- Eu não sei eu... - travei, esqueci como se fala e isso foi a minha pior reação introvertida, eu apenas queria um lugar seguro. Ele olhou para os dois lados vendo que poderia chegar mais convidados e ver o pequeno espetáculo, então cuidou de me arrastar para um quarto vazio no andar de baixo.

- Certo agora vamos conversar. 

A Fórmula da Liberdade - JikookWhere stories live. Discover now