A Fórmula da Liberdade - Jikook

Harmônicos Esféricos Reais

Jeon Jungkook

Jimin estava muito bonito com a blusa dos Chargers, combinava com ele, por mais que isso não tenha o agradado muito.

- O que eu não faço pelas suas notas boas. - Reclamou quando terminou de colocar a blusa que havia trazido-lhe e assim ficando igual à torcida.

- O que você não faz por um ótimo amigo que sou eu? - falei o vendo ficar bem vermelho, o que me arrancou gargalhadas muito altas. Do jeito que Jimin era introvertido me deixava intrigado, e me causava um choque por eu ser muito extrovertido, mesmo assim ele não parecia ser uma pessoa que em algum momento me faria querer ficar longe, eu me sentia atraído por ele, pelo aposto.

O jogo começou e no início estava muito interessante, Jimin já havia comido dois cachorros-quentes e reclamado o quão secos eles eram, também recusou um copo de cerveja que ofereci porque segundo ele bebidas acabam com sua dignidade.

Durante o início do primeiro tempo eu acabei olhando algumas vezes para Jimin, ele parecia concentrado em entender o futebol americano ou simplesmente achar um ponto para sair do tédio e não fugir para casa e seus livros. Notei que quando ele está muito concentrado ele faz um biquinho muito fofo, e ele tende a respirar fundo diversas vezes quando está levemente nervoso, além disso, ele tem uma mecha mais clara na parte de trás do cabelo quase imperceptível o que o torna muito diferente porque eu não sabia que Jimin tinha a mania de pintar uma mecha de seu cabelo, mas o deixava ainda mais bonito do que ele já era.

- Eu não entendo nada, sinceramente são homens batendo uns nos outros para fazer gol? Que perda de tempo. - falou rindo e me fazendo rir também.

- Olha, quando você lê sobre isso não é tão emocionante quanto ver e aprender ali. - Ele dá mais uma mordida me seu terceiro cachorro-quente descontando na comida sua frustração por não entender sobre um jogo de futebol quando ele é literalmente um gênio. - A primeira vez que eu vim em um jogo de futebol eu tinha por volta dos 4 anos, vim com meu pai e ele era fanático, mas meu pai gostava de times grandes, com muitos títulos e muita fama, chegou até a me colocar no futebol nessa mesma época, mas mesmo me dando bem, eu não era o melhor, é muito chato quando você joga ao invés de assistir. Depois quando eu já estava grande eu vi um jogo dos Chargers e mesmo sendo um time baixo, era de casa, me fazia me sentir em casa. - Passo meu dedão sobre o lado de sua boca que estava suja de mostarda.

Gritos muito altos começam a surgir e eu sabia que não era porque o jogo voltou, então estava procurando para saber o que era, mesmo sabendo que eu era a pessoa mais desatenta do mundo.

- O que é aquilo? - perguntou Jimin apontando para o telão.

- é a câmera do beijo, eles mostram casais para eles demonstrarem o amor através do beijo. - explicou e mostra um casal se beijando e logo em seguida a câmera muda para nós dois, eu não sei descrever o que eu realmente senti na hora, era claro que eu não beijaria Jimin, nós não éramos um casal, contudo eu senti um misto de emoções, umas borboletas na barriga e fiquei levemente nervoso. Jimin, por outro lado, ao ver a cena e praticamente quase todo o estádio gritar para nos beijarmos ele se escondeu colocando seu rosto entre meu pescoço, incomodado e envergonhado.

O abracei para ele saber que estava tudo bem e então tudo pareceu voltar ao normal, exceto por Jimin ainda estar com o rosto em meu pescoço. Seu nariz tocando levemente minha nuca me deixava um pouco inquieto, eu não sabia o que falar ou o que fazer eu não queria que parecesse, mas estava em uma briga interna contra o meu corpo.

- Tudo bem Jimin já passou. - Falo passando a mão por seu cabelo, ele então levanta a cabeça e olha em volta, seu rosto estava tão vermelho que eu não sabia se era normal ou ele estava passando mal, mas constatei que estava bem quando ele simplesmente disse.

- Seu perfume é um pouco esquisito, parece que eu to dentro de uma marcenaria. - Reclamou. Eu tinha costume de usar perfumes fortes e amadeirados, David falava que me deixava másculo, mas eu não era ligado muito a isso porque eu não tinha o costume de sentir o meu próprio perfume.

- Deixe-me ver o seu então. - Aproximo o meu nariz de seu pescoço, era doce, mas não enjoativo, não parecia ser um perfume de rosas, eu não sabia dizer o nome, ele era suave mais intenso, acho que dizia muito sobre o dono. - Eu não sei descrever o que estou sentindo, na verdade, tem chocolate, sinto cheiro de chocolate. - Comento.

- Sim, chocolate, baunilha, mel, caramelo, sândalo e patchouli. São bem Frutal. Costumo dizer que perfume é o cheiro da alma, não pode usar um perfume só porque é cheiroso, ele deveria dizer sobre você mais do que você mesmo. - diz.

- E meu perfume não diz sobre mim? - pergunto.

- Não, é uma pessoa muito extrovertida, suponho que perfumes mais leves, tropicais que traz alegria combina com você, mas como sei que gosta de se sentir másculo, acredito que um com bastante refrescância ia ser perfeito para sua personalidade. - Descreveu.

- Você é incrível, mas vou fazer um teste no Buzzfeed só para confirmar mais tarde. - Ele riu e então o jogo recomeçou. Não demorou muito para ele acabar, na verdade, se demorou eu nem senti, o tempo passou tão rápido com Jimin, mas como o amuleto da sorte Jimin foi o responsável de trazer a vitória aos Chargers, 4 a 0, então meu dia não tinha como ficar melhor.