Intensidade do Campo Magnético

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Park Jimin 

Eu me sentia um pouco melhor após ter contado tudo a ele, não era algo que ele podia fazer muita coisa mas ver o quanto ele estava preocupado e pronto para lutar ao meu lado me deixou com o coração um pouco mais mole, felizmente depois de todo o momento dramático, tratamos de esquecer, comemos e conversamos como se eu não tivesse dito que minha vida era uma merda e quando chegamos em casa, estava tudo escuro, para a minha sorte a casa estava arrumada, e eu deveria agradecer Hope por isso.

- Seria um pouco pretensioso se eu beijasse você agora? - Perguntou Jungkook enquanto eu o levava para o meu quarto.

- Não deixei você dormir aqui para me colocar para dormir enquanto eu choro no seu colo. - Respondo ele me virando e encontrando ali na pouca luz que entrava pela janela, seus olhos e um sorriso em seus lábios, lábios esses que eu beijaria com todo o meu amor.

Em questão de segundos minhas costas já estavam encostadas na parede enquanto uma de suas mãos seguravam meu pescoço intensificando nosso beijo, eu sei que não fazia muito tempo desde a última vez que nos beijamos mas parecia que era a primeira vez, tinha mais sentimento do que eu previ e pela primeira vez eu não conseguia pensar em uma conta para explicar isso, nem mesmo um fato cientifico, porque minha cabeça só pensava que eu não deveria estar com Jungkook naquele corredor, deveria estar com ele em minha cama.

Apresentei meu quarto para Jungkook o que eu tenho certeza de que ele nem mesmo reparou porque estava mais focado em beijar a parte de trás de minha nuca enquanto me ajudava tirar minhas roupas. Não tinha por que enrolarmos tanto, meu corpo pedia isso a meses e o seu ainda mais, conseguia sentir seus arrepios, ele apertava minha cintura mais forte cada vez que isso acontecia.

Nossas roupas estavam jogadas no chão, eu não iria me preocupar com isso porque sabia que quando estivesse claro o suficiente daria para ver que meu quarto estava bagunçado e roupas no chão era o menor dos meus problemas.

- Você não sabe o quanto eu esperei por isso. - Proferiu Jungkook olhando diretamente em meus olhos, em cima de mim, acariciando o meu rosto delicadamente. - Seis meses foi a pior tortura. - Completou.

- Ah para você com certeza não ficou esse tempo todo sozinho. - falei e ele fez uma cara engraçada. - Eu sei que não Jungkook, e não me importo porque você está aqui agora, comigo. - Coloco minha mão em seu rosto o beijando. Eu sabia que ele não ficaria sozinho, do mesmo jeito que eu não fiquei sozinho quando ele foi a um encontro com seu ex-namorado, ele não me julgaria por isso, não tem por que eu dar uma de inseguro e julgá-lo.

[...]

O toque único de Jungkook estava sendo capaz de me enlouquecer, entorpecer cada dor que um dia eu senti, aliviar cada tremor ou sensação ruim que minha cabeça me causava, seu toque foi eficiente para me hipnotizar na primeira vez e na segunda não foi diferente. A volúpia que ele me causava, os arrepios e até mesmo os sorrisos de quando fazíamos alguma coisa engraçada que não estava dento dos planos, tudo isso parecia magico demais para ser real.

- Tem camisinha aí? Lubrificante? - perguntou e em seguida começou a rir, eu não sabia o porquê, mas tinha uma ideia.

- Por que está rindo? - perguntei me sentando na cama enquanto sentia seus lábios por minhas costas.

- Sua cara foi de que você não compra isso faz uma eternidade. - Poderiam dizer que ele estava lendo meus pensamentos, mas é fato, a última vez que comprei algo desse tipo era na época em que eu namorava.

- Tenho lubrificante nessa gaveta atrás de você. - Falo rindo e ele pega. - Agora camisinha...

- Tenho na minha carteira, mas acho que quando vim aqui vou ter que trazer mantimentos. - brincou e eu ri, observando ele rasgar o pacote de camisinha e colocá-la em seu membro. - Agora vem aqui namorado. - Me puxou pela cintura me jogando na cama.

Jungkook teve poucas pessoas em sua vida, ainda sim conseguia levar um homem a loucura, cada movimento parecia tão assertivo, ele começou lento como se esperasse eu me acostumar, em seguida a rapidez e a força parecia estar em sincronia e eu não tinha certeza se estamos sozinhos em casa, foi como uma tortura me segurar tanto.

Talvez eu precisasse estar com Jungkook novamente para entender que talvez ninguém chegaria a causar o efeito que ele me causou, ninguém me beijaria do jeito que ele me beija ou me trataria do jeito que ele me trata. Éramos únicos, um magnetismo único.

[...]

- Está, você sempre me conta histórias, eu pesquisei uma só para contar para você. - Articulou, depois de chegarmos ao ápice estávamos descansando enquanto conversávamos no meio da madrugada.

- Certo, não acredito que tenha nenhuma história que eu não conheço, mas quero ver como contará. - Falo ficando de barriga para baixo e olhando para ele.

- Certo, mas não pode ficar assim. - me puxou para mais perto abraçando meu corpo nu e passando uma de suas pernas para cima da minha. - Assim é o melhor jeito para contar uma história. - Deixou um selar em minha testa. - A Medusa aterrorizava os vilarejos da Grécia com seus cabelos de serpentes e olhar petrificante. Até que Perseu, filho de Zeus com a princesa Dinae, aceitou o desafio de matá-la...

- Dânae. - Corrijo de brincadeira.

- Eu que estou contando. - Beliscou levemente minha bunda. - Protegido por Atena, ele recebeu três armas mágicas: as sandálias voadoras de Hermes, o capacete de Hades (que o tornava invisível) e uma sacola para carregar a cabeça da Medusa. Perseu cruzou o mundo até encontrá-la em uma caverna no deserto maldito no extremo norte do mundo. Esperou ela adormecer e se aproximou na ponta dos pés, tomando o cuidado de olhá-la somente pelo reflexo de seu escudo. Decepou-a num único golpe. Desde então, a cabeça da Medusa se tornou um talismã de Perseu em sua luta contra outros monstros terríveis. - Esperei para que ele terminasse a história. - O que achou? - perguntou.

- Boa. - Respondo. - Sabe por que medusa ficou assim? - ele negou. - Resumindo... nem sempre a Medusa teve essa forma grotesca. Na juventude, ela era uma das mais belas mulheres da Grécia. Tudo mudou com o assédio de Poseidon, que a possuiu sobre o chão de um templo sagrado em homenagem à Atena. Irada, a deusa decidiu punir a Medusa e a transformou no célebre monstro. - Término de contar e vejo a tonalidade azul do céu começar a clarear. - Feche a cortina e vamos dormir...

A Fórmula da Liberdade - JikookWhere stories live. Discover now