A Fórmula da Liberdade - Jikook

Equações de Campo de Einstein

Park Jimin 

- Vamos começar? - proponho, avaliando o quarto de Jungkook, ele não parecia mais desorganizado do que o meu, apesar do meu ser apenas lotado de papéis e livros que eu nunca tive tempo para arrumar já Jungkook eram 'posters' para todo lado e algumas roupas que ele inutilmente tentou esconder.

- Sim, é, matemática, é meu pior pesadelo. - Ele estava nervoso diferente de mim que estava bem tranquilo.

- Certamente - peguei a apostila me sentando no chão. - Eu te aconselho quando for estudar sozinho, que faça isso longe da sua cama, um bom lugar desconfortável vai te ajudar, camas tendem a fazer você mais preguiçoso e assim você não será muito produtivo. - Falo enquanto eu achava na apostila a matéria de matemática. - Geometria analítica... ok, pegue o lápis... - eu comecei a explicar devagar, mas da forma que eu conhecia, na prática, Jungkook pareceu um pouco confuso e eu me lembro de repetir o assunto duas vezes até mudar minha forma e fingir que estava explicando para Jihyun quando éramos pequenos e ele nem ao menos estava no ensino médio ainda. A partir daí tudo ficou mais fácil e ele acertou uma questão... de 10, mas isso é um processo um pouco mais demorado. - Certo você está errando na conta e isso causa o resultado no final. - Olho para o relógio e faltava meia hora para o início do meu estágio. - Eu preciso ir, mas deixarei aqui o resultado, agora tenta chegar com o que te ensinei. - Me levantei, ele parecia concentrado, então me permiti pegar minha mochila e sair de seu quarto.

- Oh! Jimin já vai sair? - sua mãe me perguntou saindo da cozinha e eu apenas concordei. - Fique mais um pouco e coma um pedaço de bolo, venha. - Antes que eu pudesse pensar em recusar ela já estava me puxando para cozinha.

- Não chame Jungkook agora, ele parecia bem concentrado quando saí de lá. - comentei e ela se sentou em minha frente om um pedaço de bolo e uma xícara de café.

- Obrigada por ajudar meu filho, eu estava realmente preocupada. - Segurou minhas mãos e me direcionou um sorriso afável.

- Seu filho é muito inteligente, mas não para algumas matérias, olha eu estou ajudando-o, mas se ele conseguir passar esse ano o mérito é todo dele, afinal eu na época de escola ignorei tudo isso aí que ele está lutando para aprender. - Contei.

- é verdade que você já terminou a faculdade? - perguntou evidentemente curiosa, como se estivesse vendo um ator famoso de Hollywood, provei o primeiro pedaço do bolo ainda morno, mas muito bom.

- Sim, terminei meu ensino médio com 10 anos, era para ser mais cedo, mas me atrasaram um pouco. Então eu terminei minha primeira faculdade com 14 anos e agora estou no meio da minha segunda graduação em astronomia - eu não me cansava de falar sobre isso, eu tinha orgulho dos meus feitos apesar de sentir falta da infância que não vivi.

- Isso é incrível, arrume um dia para jantar conosco, quero ouvir mais sobre você. - Me convidou e então eu olhei a hora no meu relógio, empurrando o bolo com o café e me levantando.

- Bom eu tenho que ir para o meu estágio agora, marcamos um dia. - Me curvei diante dela por saber que era coreana e sabia do significado, e então sai com ela me acompanhando até a porta e me dando um grande abraço antes de ir.

Eu estava fazendo um estágio em um centro de pesquisa mais perto que consegui, o meu sonho era trabalhar para a NASA, como todos os outros gênios, mas eu queria muito porque sentia que precisava desafiar o meu cérebro, ainda não havia encontrado algo que realmente exigisse muito esforço, é claro já fiz muitas contas difíceis, mas nada que fosse continuo era por isso que eu viajaria para a capital assim que tivesse chance e não deixaria de fazer uma pós-graduação, mestrados, doutorados, MBA e tudo que pudesse até achar algo que realmente faça meu coração bater mais forte.

Meu primeiro estágio foi diferente do que alguns que perguntei, não servi cafezinho e nem mesmo fiz tarefas simples, quando eu cheguei e me identifiquei eles me trataram como se eu fosse um deus, o que me deixou incomodado, era um centro de pequeno porte por isso não devem ter tanto contato com pessoas boas, por isso me fizeram revisar cada um de seus trabalhos, ajudar-lhes com contas e fazer relatórios com isso. Estava claro que poderia estar me tratando tão bem para gerar uma confiança e assim explorar meu intelecto como uma fonte ilimitada de magia, mas eu apenas deixei, eu me distraia e evitava ligar para Jungkook e perguntá-lo como estava os estudos.

Quando finalmente sai do meu tirocínio as 19:00 eu dirigi diretamente para casa sem pausas, queria tirar minha roupa e colocar meus pés para cima na espera de uma boa pizza de frango em duplo queijo que pedia de uma rede brasileira famosa. Eu odiava pizza com abacaxi e muito mais as pizzas americanas onde tudo parecia bem malfeito, então quando achei essa fonte perfeita de muita gordura a mais para mim eu não resisti e isso se tornou minha comida favorita.

- Benjamin perguntou por você. - Contou Hope entrando animada em casa. - Me perguntou se eu estava bem e se eu poderia passar o seu número para um novo encontro. - Se jogou ao meu lado no sofá tirando seu sapato.

- Céus Hope use talco. - Coloquei as mãos no nariz deixando claro que ela estava com chulé.

- Essa aqui está cheirosa quer ver? - colocou a mão em sua calça e tirou com um dedo do meio, rindo divertido a caminho do banheiro.

- DEIXE ESSE TÊNIS NA VARANDA, NÃO QUERO O APARTAMENTO FEDIDO. - Grito rindo de sua falta e vergonha. - E pode dar o meu número para ele, mas não garanto uma segunda vez, ele me chamou de simples, não quero alguém que fale que sou simples. - Abaixo meu tom quando ela volta para a sala.

- Pensei que fosse por causa do equilibrado, porque eu já ia falar que para você equilibrado é um elogio. - Riu e foi minha vez de revirar os olhos, essa garota era o cumulo, mas eu a amava demais.