𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 | 𝐗𝐕

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Eu não desmaiei, mas sinto que meu corpo paralisou como se estivesse congelado. Fiquei de olhos abertos o caminho todo e nenhum das duas pessoas que eu acreditava ser dois homens abriu a boca.

Quando o carro parou, um desespero milhões de vezes maior me atingiu, milhares de coisas passaram pela minha cabeça, coisas que eles poderiam fazer comigo, eu simplesmente não conseguia me acalmar.

Um deles, o mesmo que me empurrou, me tirou do carro. Os dois usavam máscaras e estavam me levando para uma casa que eu nunca havia visto antes, eu não conseguia gritar, a mão dele estava tampando a minha boca.

Eu só andava para dentro da casa ainda com um deles me segurando e me empurrando. Quando entrei, fui colocada em uma cadeira e amarraram minhas mãos, meus pés continuavam soltos.

-Me solta - foi a única coisa que eu consegui dizer, ainda saiu como um sussurro

-Não é assim que vai funcionar querida

puta que pariu

Eu conhecia essa voz, era a voz do meu pai. Arregalei os olhos e ele percebeu e tirou a máscara

p u t a.q u e.p a r i u

-LOUCO! É ISSO QUE VOCÊ É! - eu tinha destravado completamente, todo o meu pânico foi substituido por ódio

ódio puro

-Eu não sou louco, só faço o necessário para conseguir alcançar meus objetivos - eu queria me soltar e tentei usar toda a minha força pra isso, mas nada adiantava, eu só machucava mais o meu pulso

-ME. SOLTA! - eu gritei pausadamente mas ele continuava parado com um sorriso de canto, o outro homem já não estava mais no meu campo de visão

-Eu solto, mas quero algo antes. Você tem uma poupança, uma poupança enorme admininstrada por sua vó. Eu tentei da forma fácil te convencer a morar comigo, eu teria sua guarda e seria o responsável por essa grana toda. Mas é perceptível que não deu certo, então vamos ficar aqui até você resolver mudar de ideia.

-Acha que ninguém vai sentir minha falta? seu idiota burro

-Na verdade eles não vão nem notar o seu sumiço, mandei uma mensagem do seu celular e a sua avó, bom...eu cuidei dela

-O QUE VOCÊ FEZ COM ELA? ELA É A SUA MÃE, COMO VOCÊ TEM CORAGEM DE FAZER ALGO COM A SUA PRÓPRIA MÃE?

-Qual é Juliett...não me leve a mal, eu preciso desse dinheiro, você sabe...estou devendo pra algumas pessoas

-Eu não vou passar a minha guarda pra você, eu não vou morar com você e você não vai se quer ver a cor desse dinheiro.

-Ótimo, mas pense um pouco melhor e de preferência rápido porque eles não vão esperar a sua boa vontade. E nem eu.

E depois disso ele simplesmente foi embora.

pensa
pensa
pensa

Não ficamos muito tempo no carro, a casa deveria ser perto de lá. Eu tinha que procurar alguma coisa pra me soltar, eu tinha os pés soltos mas as mãos e cintura presos á cadeira.

Eu estava na sala e quando eu olhava para o lado eu podia ver a cozinha, eu podia ficar aqui pra sempre até meu pai desistir daquela merda toda que ele quer fazer, ou... eu poderia sair daqui sozinha porque depois de amanhã eu tenho meu primeiro torneio de Vôlei.

Tentei arrastar a cadeira até a cozinha mas paro bruscamente quando a porta abre e um homem entra, não era o meu pai, era o cara q me empurrou.

-Eai, eu vou meio que ficar aqui de olho em você - ele disse sentando no sofá e pegando o celular

𝐃𝐀𝐌𝐍 𝐅𝐈𝐆𝐇𝐓𝐄𝐑-𝐣𝐚𝐯𝐨𝐧 𝐰𝐚𝐥𝐭𝐨𝐧 जहाँ कहानियाँ रहती हैं। अभी खोजें