Capítulo17

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Caminhando pela floresta acompanhada por Satoru, S/n decide contar um pouco de si

S/n: Sukuna e eu realmente temos o mesmo sangue, somos pai e filha legítimos. Mas isso aconteceu há muito tempo, quando ele ainda era humano.

Satoru: Posso saber dessa história? – olhou para a moça

S/n: Não, não pode. Porque não é isso o que você quer saber

Satoru: E como sabe o que eu quero?

S/n: Você quer saber se temos uma ligação sentimental e se isso pode ajudar ou atrapalhar. Vou te dar uma resposta: Ele me detesta e se pudesse me mataria sem pensar duas vezes!

Satoru: Mas ele não é seu pai?

S/n: Maldições não tem sentimentos de parentesco como fraternidade, solidariedade ou amor. O que eu e Sukuna temos é algo que chamamos de elo ou vínculo de criação. É como uma corrente invisível que nos prende um ao outro: se eu estiver em perigo ele irá saber e de alguma forma vai tentar me salvar, mesmo que me odeie.

Satoru: Entendi, algo tipo "unidos pelo ódio"? – debochou e riu

S/n: Quase isso

Satoru: Então se um de vocês morrer...

S/n: Não exatamente, se ele morrer minha parte maldição vai junto com ele e eu posso ou não sobreviver, e se eu morrer essa parte do poder vai comigo e ele enfraquece bastante.

Sukuna tem mais do que razão em me odiar, eu fui uma péssima filha quando éramos humanos. E mesmo depois da morte, ele não se livrou de mim e ainda se chegar a se livrar vai sofrer consequências também. Isso deve fazer seu sangue borbulhar em ira.

Satoru: Mas você não é totalmente maldição, pelo que consegui ler das gravuras você não chegou a morrer

S/n: Já ouviu falar em pacto com o diabo? – riu – Quando eu era humana e estava beirando a morte, fiz um acordo com Sukuna. Eu usei meus conhecimentos de magia e transferi parte de sua energia demoníaca pra mim – Ela para respira fundo e suas marcas pretas aparecem por seu corpo e rosto

E cá entre nós, essas marcas significam muito mais do que apenas o símbolo do nosso vínculo.

S/n: Eu viveria apenas para me vingar, e depois me deixaria morrer para ele, como um sacrifício. Mas o elo foi criado no instante em que nossas magias se fundiram, e o impediu de me matar.

Satoru: Fascinante... mas quando chega a parte em que o clã Gojo é o alvo?

S/n: Foi do seu clã que me vinguei! – Virou-se para o homem e tirou sua venda – Yuri Gojo tinha os mesmos olhos que você... todos eles tinham. Eu cuidei para que isso deixasse de acontecer, já que eles viam mais do que deviam. Mas parece que não fiz direito

Satoru: Mesmo sendo só do meu clã, esses olhos são extremamente raros.

S/n: De nada! – riu largo – Mas agradeça ainda mais ao seu antepassado, Yuri Gojo. Se ele não tivesse sido um escroto, Sukuna e eu não estaríamos aqui e todos do seu clã teriam esses lindos olhos azuis

Satoru: Não vai mesmo me contar os detalhes dessa história? Que chata você é!

S/n: Você tem as gravuras, se decifrá-las vai saber de tudo!

Satoru: Não vai me dar nem uma dica?

S/n: Não – Andou mais rápido, deixando-o para trás

Satoru: Onde vai? – Perguntou colocando a venda novamente

S/n: Procurar um malfeitor, estou com fome

Nanami disse para  não matar inocentes, mas ele não disse nada sobre as pessoas más! E nesse mundo o que bem tem são pessoas horríveis.

Gojo continuou a seguir S/n, que estava a um passo de jogá-lo para longe, ele não calava a boca, parecia uma criança faladeira.

Satoru: E doces? Você gosta? Qual o seu favorito? Sabe eu gosto bastante, e sei alguns lugares ótimos para ir e... – O albino é arremessado para longe

S/n: Não somos amiguinhos, sai do meu pé! – desapareceu diante dos olhos dele

Meu nariz sangrou depois de um simples teleporte, que droga!

Olho para os meus pulsos, as marcas em mim pareciam apertar minha pele, respiro fundo e elas somem. Sukuna precisa recuperar os malditos dedos o mais rápido possível, não posso continuar fraca desse jeito!

S/n vai para a cidade, e em um local de estruturas bem precárias ela avista um casal seguindo uma criança que estava sozinha

S/n: Acho que encontrei o meu almoço... – Os olhos negros aparecem involuntariamente junto ao riso de canto diabólico

13:43pm - Em algum lugar de Tóquio

Fushiguro acabara de sair do prédio onde a mãe de uma das vítimas do feto amaldiçoado morava, estava andando despreocupadamente nas ruas nada movimentadas até que sentiu um arrepio, deu mais alguns passos e quando ergueu o olhar posicionou-se para uma possível batalha.

S/n: Calma, garoto! Não vim brigar!

Megumi: Não confio em nada do que diz, maldição!

S/n: Por que me chamam assim como se fosse algum xingamento? Eu em! – entrelaçou os próprios dedos, colocou as mãos atrás da cabeça e passou reto pelo rapaz, seguindo o caminho ele estava indo

S/n: Você vem?

Ele então cerra os punhos, desprezava essa presunção da garota com tudo de si, então quando eles estavam em um lugar bem deserto...

Megumi: Escuta aqui – A agarrou pelo pescoço e a prensou contra uma enorme parede de tijolos – Seja lá o que estiver tramando, não vou deixar que machuque meus amigos! – juntou as sobrancelhas expressando raiva, mas tudo o que arrancou de S/n foi um sorriso debochado

S/n: Mas quanta atitude – No mesmo segundo Fushiguro quem estava preso contra a parede – Escuta aqui você – aproximou os lábios do ouvido dele – Eu não ligo pros seus amigos. Então não se preocupe, não perderei meu tempo

Megumi: Então o que você quer? E por que me protegeu naquela luta?

S/n: No momento você é mais interessante pra mim vivo do que morto!

A respiração do moreno perdeu o ritmo com a garota aproximando seu rosto do dele a cada palavra, ela que não era nada boba percebeu

S/n: Está com medo? – pergunta com cinismo e em seguida coloca a mão sobre o peito de Megumi – Seu coração bate tão forte que consigo ouvir – riu









Roi🌚☕

A história da S/n com o Sukuna promete em ksksks segurem as perucas🤭

Até amanhã❤

A filha do demônio - Gojo Satoru Where stories live. Discover now