Um passado assombroso

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Satoru: Você é membro do clã Gojo?! – O albino a encarou espantado

S/n: Infelizmente – Revirou os olhos

– É uma menina, meu senhor! – A parteira mostra o bebê para o pai, que tinha feições doces em relação ao recém-nascido que chorava sem parar

– Deixem-me vê-la – a mãe pede com a voz ofegante e fraca

O homem então pega o bebê dos braços da parteira e o leva para o colo da mãe que recebe a menininha com um sorriso

– Nossa filha, meu amor! – Beija a testa da mulher

– Sim, Sukuna. Nossa filha! – sorriu – Como vamos chamá-la?

– O que acha de Saika? Combina com Sukuna! – sorriu

– Saika Ryomen? Não quero colocar meu sobrenome nela, agradeço aos deuses por ela não ter cabelos brancos.

Sukuna era um grande imperador e guerreiro, governante de uma nação próspera. Era um homem honesto e bom, mas que uma vez em sua vida cometeu um ato terrível: Apaixonou-se pela princesa de uma nação inimiga.

Azulla Gojo era a mulher mais linda que ele já havia conhecido, seus olhos se cruzaram no campo de batalha onde ele, ferido por um inimigo, foi ajudado por ela. Ambos tiveram uma conexão instantânea, como se vozes gritassem que o destino os escolheu para serem amantes.

Houve muita relutância. Azulla era a princesa herdeira, e futura imperatriz de uma nação cujo seu clã comandava. O qual jurou perseguição eterna à nação que Sukuna era líder. Parece um amor impossível, não é mesmo?

Mas não foi, após declarações públicas de sentimentos mútuos entre ambos, e depois de muita inaceitação dos súditos, um acordo de paz foi feito entre as duas nações. No entanto, o povo do clã Gojo inferiorizava todo o povo de Sukuna, julgando-os como pecadores amaldiçoados pelos deuses por não possuírem a habilidade de fazer magia. Apenas a realeza possuía tal dom.

O nascimento da princesa Saika foi um símbolo de paz entre os impérios. Porém quando o bebê finalmente abriu os olhos, todos se assustaram. Sem olhos azuis, a garota possuía as íris vermelhas como sangue, e uma habilidade mágica incomum. E curiosamente, logo após seu nascimento, monstros começaram a surgir naquela região

Os mais religiosos julgaram a pobre criança como um demônio, e que isso era na verdade a prova de que as duas nações nunca deviam se unir.  Mas o que eles não sabiam, era que suas richas ainda existentes e seus sentimentos amargos eram o que os criavam, eles quem criavam maldições.

– Eles demonizam a própria princesa, Sukuna – A imperatriz chorou

– Ela irá crescer e se tornará a maior das líderes, eu sinto isso. Não chore, Azulla. – O marido a confortou

Em uma das noites a pequenina acordou aos berros, a rainha levantou-se para alimentar o bebê.

Minha doce princesinha... – A pegou nos braços ninando-a, o que a acalmou – A mamãe vai te proteger de todos eles, meu amor, eu juro – Beijou a testa da filha

A mulher notou uma movimentação estranha, aninhou a criança nos braços e se pôs em guarda.

Ao notar que sua amada não retornou depois de cessar o choro do bebê Sukuna foi verificar se ela havia adormecido por lá sem querer.

– Meu amor? Você demorou demais, o que... – com os olhos arregalados e expressão apavorada corre até a esposa caída no chão

Ele tentou, mas era tarde, a mulher estava morta. Foi assassinada e seja lá quem fez isso não deixou rastros. Havia uma adaga cravada em seu peito e sangue por toda parte, mas o bebê estava seguro ainda em seus braços, ela a protegeu.

Depois daquele fatídico acontecimento o povo se revoltou, principalmente os Gojo, já que foi uma deles a assassinada, culpavam até mesmo o próprio Sukuna pela morte da imperatriz. Eles viram aquilo como um insulto, o que motivou as duas nações a entrarem em desacordo que resultou em pequenos conflitos

– Azulla minha estrela, minha luz e meu amor. Sinto muito, mas não posso continuar aqui. Irei renunciar ao trono, protegerei nossa criança até meu último suspiro! – O imperador declarou em voz baixa segurando o bebê que dormia

Cansado e desolado, Sukuna decide fugir dali. Pois seu amor foi tomado, sua filha agora era o seu bem mais precioso, e ele faria de tudo para protegê-la.

A jovem princesa cresceu em um local bem afastado, onde ninguém os reconhecia. Sukuna era tudo para a pequenina, um pai, um amigo, um professor e mais, seu porto seguro. Ele a criou com todo amor que um pai pode dar para a filha, mesmo na situação em que eles viviam. Era um homem de palavra, não mentia para a menina, mas fazia o possível para ocultar todo ódio que tinham por ela.

– Pai, isso não faz parte das regras! – disse a pré-adolescente ao receber um golpe sujo em um treinamento

– As pessoas más não seguem regras, Saika. Seja firme – Ela faz uma carinha de choro – Eu te machuquei? – Preocupou-se abaixando a guarda e nessa brecha ela usa magia e o derruba

– Te peguei! – Sorriu

– Hahaha, aprendeu direitinho! – riu orgulhoso mas toca o rosto da filha ajeitando a venda que ela usava sobre os olhos

– Eu não gosto de usar essa coisa, pai. – Termina de remover o tecido exibindo as íris escarlate que tinha – Você mesmo disse que meus olhos são bonitos!

– E são, você tem olhos lindos meu amor! Mas é seguro que use a venda, está bem?

Satoru: Que bonitinho! – sorriu vendo aquela lembrança

S/n: Vamos prosseguir – disse olhando àquilo com atenção, e o albino notou isso.

Aos poucos aquela garotinha foi crescendo, cada vez mais parecida com a mãe. Era uma jovem doce, forte e de beleza excepcional, não temia a nada.

Em um dia que S/n retornava para sua casa que ficava na floresta, ouviu um gemido de dor. Identificou ser de um humano e correu para ajudá-lo.

– Céus! O que houve com você? – Deixou os mantimentos ao lado e reparou na ferida do rapaz

– Eu... – gemeu – foi aquilo – Apontou para a maldição

– Vou tirar você daqui – passou um dos braços do homem por seus ombros

Uma onda de energia amaldiçoada é lançada de S/n contra a maldição, ali eles ganham tempo para fugir. Ela teria lutado sem problemas, porém havia alguém precisando de sua ajuda, e sua prioridade foi salvá-lo

– Você também é uma feiticeira jujutsu? – O rapaz pergunta ao vê-la usando magia para curá-lo

– Eu sou – Ergue a cabeça em sua direção

Ao curá-lo levantou-se e ele em seguida

– Aceite meus agradecimentos senhorita – Fez uma reverência – Me chamo Yuri Gojo – Ergueu o olhar e a garota em fim nota as íris azuis como um céu de um paraíso, ela nunca havia visto olhos tão lindos antes.

– S/n – deu o nome falso que ela e seu pai combinaram – Eu me chamo S/n


Continua...



Opa🌚☕

Parte 1 bem soft pra vcs irem aquecendo ksksks

Até quarta❤

A filha do demônio - Gojo Satoru Onde histórias criam vida. Descubra agora