Capítulo 48

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Sukuna derrubou a mulher no chão, seu olhar estava furioso, mas ao derrubá-la apenas a encarou, sem mover um músculo

Azulla: Por que hesita?

Sukuna: Por que está aqui? – Perguntou enquanto apertava o pescoço dela

Azulla: Não é óbvio? Vim salvar meu marido – Respondeu com dificuldade – Mas se realmente não há mais nada do homem que eu amei aí dentro, me mate.

Ele apenas a encarou e em seguida soltou.

Sukuna: Suma. Não vou ter misericórdia se aparecer na minha frente de novo.

Azulla: Sabe que não conseguirá nada neste mundo – Dobrou os cotovelos rente as laterais do corpo e afastou os dedos das duas mãos – Será exorcizado e mandado para o vale das criações malditas. Será perturbado por toda a eternidade – Era possível enxergar a luz azul de seu poder que erradiava das mãos – Tendo tudo o que você mais amou sendo tirado de você infinitas vezes até enlouquecer.

A energia que emanava de Azulla era tão poderosa que fazia os cabelos e roupas tanto dela quanto de Sukuna esvoaçarem, além balançar as copas das árvores, arrastando os enormes galhos como se fossem míseros gravetos.
A maldição não fez nada, apenas assistiu silenciosamente que veio a seguir.

Uma aura mágica surgiu da planta dos pés de Azulla e subiu para o restante do corpo, transformando todo lugar em que passava. A pele tornava-se albina. As curvas da mulher iam remodelando-se mostrando ser um corpo de mulher adulta. As madeixas de cabelo alongavam-se enquanto esbranquiçavam. Por fim, seu rosto mudou. Os  lábios tornaram-se mais finos e pálidos, as sobrancelhas e cílios brancos, e seus olhos azuis e brilhantes.

Tudo isso aconteceu em apenas dois segundos, mas o homem observou cada um desses detalhes tão familiares a ele.

Sukuna franziu o cenho, a encarava com um olhar indecifrável. Não se sabe o quê a maldição sentia, pois ele estava diante da aparência original de sua esposa.

Sukuna: Fantástico! – Exclamou com desdém e virou-se para sair.

Azulla: Não dê as costas para sua imperatriz

Ele virou para ela de novo rindo, ou melhor, gargalhando. De maneira exagerada e debochada

Sukuna: Ora, sinto muito majestade! – Disse em tom esnobe dando um passo à frente

Azulla: Insubordinação é um crime que causa morte – Provocou e também avançou alguns passos, mostrando superioridade em relação a ele.

Sukuna: Estou acostumado a receber essa pena – Deu de ombros

Azulla: Deveria ser executado imediatamente – Sua frase soou sem entonação de ameaça, ela encarava as expressões sarcásticas dele bem de perto.

Sukuna: Você não mudou nada. – Deu mais um passo sem desviar o olhar dos olhos dela – Mandona e convencida – No mesmo instante eles estavam dentro da expansão de domínio dele. Onde ele era o rei, usando suas habituais vestes brancas com faixas pretas nas bordas e com um trono feito de ossos.

Azulla: Senti a sua falta – Declarou

Sukuna: Então me beija logo – Ele deu um passo à frente e no mesmo segundo seus lábios tocaram os dela.

O começo foi estranho, era um toque já esquecido após tantos anos. No entanto, logo a lembrança de como aquele gesto era especial ressurgiu na mente da maldição.

Azulla era seu primeiro, único e verdadeiro amor.

Sukuna: Não acredito que esqueci como era tocar você – Disse ao afastarem-se do beijo

Azulla: Não podemos ir muito longe, minha magia não está tão forte, essa transfiguração não é permanente.

Sukuna: É uma pena – A puxou pela cintura colando seus corpos – Queria aproveitar um pouco – O seu calor, seu cheiro, a maciez da sua pele. São exatamente como eu me lembrava – Murmurou na curva do pescoço da mulher, sua voz grave e rouca tinha um tom de malícia que ela conhecia bem – Mas não tem como voltar para seu corpo de verdade?

Azulla: Minha vinda aqui é passageira, querido.

Sukuna: Então não podemos perder tempo – Tocou o rosto da mulher com uma das mãos e em seguida a beijou novamente.

Colégio de magia jujutsu - Dormitório de S/n

Satoru e S/n estavam deitados na cama trocando carícias. Beijos de tirar o fôlego, mãos bobas e provocações bem safadas (principalmente da parte de Gojo) não faltavam naquele momento.

Mas a mente de S/n estava vagando longe, ela estava preocupada. Em determinado momento o homem percebeu que a garota estava distraída e parou o que fazia.

Satoru: Acho que eles estão bem.

S/n: Tem certeza? Quer dizer, depois que ele virou uma maldição talvez as coisas tenham mudado. E se acontecer algo com ela? Eu errei em deixá-los sozinhos? Acho que devemos voltar lá e...

Satoru: Ei ei! Calma – Disse com um sorriso engraçado ao vê-la dessa maneira – Itadori vai trocar de corpo com ele se perceber algo de errado.

S/n: Acho que você tem razão – Suspirou alto

Satoru: Mas eu espero que ele não troque em um momento inoportuno... – Riu com malícia e deixou a mulher confusa – Ah, qual é... eles eram casados, na melhor das hipóteses eles estão lá fazendo o que também devíamos estar fazendo agora – Mais um beijo foi iniciado por ele, só que dessa vez com calma.

S/n: Eu não queria imaginar os meus pais transando. Vou guardar isso na caixinha de traumas – Brincou e ele riu alto – Escuta Satoru... Você acha que meu pai pode ser liberto?

Satoru: Bom, você se livrou da sua parte maldição. E é uma feiticeira muito talentosa – a apertou na bochecha – Não duvido que haja algo impossível nesse mundo.

S/n: Isso foi muito reconfortante – Sorriu e se levantou indo até uma gaveta de sua cômoda. De lá ela tirou uma caixa não tão pequena, que estava envolta por vários selos – São os dedos do Sukuna restantes. Não sei se vamos precisar disso, mas estão todos aqui.

Satoru: É, você pensa em tudo – Disse surpreso – Mas dessa vez não podemos agir às escondidas, os outros precisam estar cientes disso para não criar confusão logo agora que as coisas melhoraram.

S/n: É por isso que vamos agora falar com eles. Azulla tem pouco tempo aqui, e ela é a única que pode libertar meu pai. Então nada pode dar errado.












Notas:

Opaaa tudo bom?🤭🤭

Não esqueça de votar<3

A fanfic vai acabar no capítulo 50, então estamos quase lá🥺🥺 com sdd já

A filha do demônio - Gojo Satoru Where stories live. Discover now