A filha do demônio - Gojo Satoru

Capítulo 49

Sukuna: Eu precisaria de mais de um século para matar toda a saudade que senti de tocar em você. – Encarou os olhos azuis da mulher, pela primeira vez, de maneira não mortífera.

Azulla: Venha comigo, marido – Pediu

Sukuna: Não há redenção para alguém como eu. Você é um anjo, eu um demônio.

Azulla: Eu me tornaria um demônio por você. Se isso significasse que ficaríamos juntos por toda a eternidade

Sukuna: Não diga essas besteiras – Levantou-se vestindo seu quimono novamente – Não vou condená-la ao inferno.

Azulla: Há redenção para você! – Exclamou com fé

Sukuna: Eu comandei massacres, exterminei sem dó até mesmo crianças e mulheres grávidas.

Azulla: Nossa filha é muito mais do que imaginamos, querido. Seu poder é capaz de transformar toda a existência desse mundo – Respirou fundo – Foi ela quem convocou você como uma maldição.

Sukuna: Isso é impossível – Riu desacreditando

Azulla: Nada nesse mundo é impossível.

Sukuna: Não vem com essas profecias de novo!

Azulla: Saika precisava de você naqueles momentos difíceis e você queria vingança. Isso tornou possível que ela o trouxesse novamente, e da única forma possível! Como uma maldição. Você jamais teve ódio dela, sempre soube que ela era seu ponto fraco porque a ama! Nunca deixou de amar.

Sukuna: Sentimentos são para os fracos.

Azulla: Foram os sentimentos dela que fizeram você estar aqui. E será seu amor por ela que te libertará. Por favor, não torne isso difícil. Coopere, seja meu para todo o sempre, nós merecemos a paz depois de tanto tormento.

Houve silêncio. E a julgar pelas expressões pensativas de Sukuna, uma decisão.

Sukuna: Eu sempre fui seu, Azulla.

Alguém como ele, realmente teria salvação?

Sala dos professores do colégio de jujutsu

Diretor Masamichi: Então vocês estão me dizendo que podem libertar Sukuna sem que haja danos a Yuuji Itadori?

Satoru: Exatamente.

Os demais professores tinham expressões enigmáticas, talvez pensassem que fosse loucura, no entanto já viram tanta coisa vinda de S/n, que se recusam a acreditar que isso seja algo impossível.

Iori: Isso não colocaria nossos alunos e civis em risco?

S/n: De maneira nenhuma.

Gakuganji: Como será esse processo?

S/n: Ainda não sei – Suspirou – É uma longa história...

Ela teve que explicar a todos sobre sua mãe para que eles tivessem um pouco mais de confiança no que ela dizia, mas como sabia que isso não seria o suficiente, Azulla foi pessoalmente até eles.

Todos ficaram surpresos ao verem a aparência física da mulher, era exatamente como Satoru Gojo. Azulla era uma imperatriz, alguém que sabia falar e convencer as pessoas a seguirem-na. Então eles não tiveram como negar ao seu pedido, visto que sua fala era demasiada responsável e firme.

Azulla sabia do fundo de seu coração que Sukuna estava sofrendo. Ele jurou protegê-la e falhou. Poderia não haver mais amor ou compaixão da parte da maldição, mas com toda certeza havia culpa e tristeza, e estes sentimentos são caminhos para chegar a algo maior: Revelar o fundo de sua alma e expor suas fraquezas para entender onde precisa trabalhar. E foi isso o que ela fez há pouco tempo atrás.