Capítulo 40

1.6K 159 54
                                    

Satoru: Sabe... eu fiquei muito preocupado - Suspirou - Acho que eu tive medo de que acontecesse algo com você.

S/n: Sabe que eu sei me virar

Satoru: Achei que tínhamos quebrado essa barreira, senhorita "eu sei me virar" - Ela revira os olhos - Onde foi parar todo o clima bom?

S/n: Se te consola, também fiquei preocupada quando soube que você era um dos alvos, eu só queria te avisar o quanto antes. Mas também não queria me expor e trazer mais riscos.

Satoru: É a primeira vez que você admite algum sentimento em relação a mim

S/n: Não viaja, se eu não conseguir fazer o feitiço só você conseguiria. Estou te protegendo por minha causa - Disse corando

Satoru: Uhum... Me engana que eu gosto

S/n: Não estou te enganando.

Satoru: Mas está enganando a si mesma.

S/n: Cadê aquele salgadinho? Talvez assim você fique de boca fechada por um tempo - Esticou-se procurando pelas sacolas enquanto Gojo pega o celular

Satoru: Depois... de uma noite romântica ela segue... se fazendo... - A garota volta a olhá-lo e ele digitava enquanto falava - De difícil. - Olhou para ela - Que foi?

S/n: O que é isso?

Satoru: Estou escrevendo a nossa história, ora essa.

S/n: Eu estou do lado de um maluco!

Satoru: Ah, fala sério! Deu um enredo bacana, se liga só: Era uma vez a filha de um demônio que se apaixonou pelo adversário número um dele e... - Ela toma o celular

S/n: Isso fica aqui. - Colocou o celular distante deles

Satoru: Ela... tomou o meu celular... - Escrevia com um lápis em um post-it

S/n: Você tirou o dia para me irritar, certo?

O homem olhou para ela e sorriu com cinismo

S/n: Isso não tem graça! - Cruzou os braços - Não sei como pude sentir sua falta, você é um bobão! - emburrou-se e virou o rosto.

Satoru: Opa, opa! Repete isso.

S/n: Você é um bobão - Disse o encarando

Satoru: Não isso, a parte que disse que sentiu minha falta - Ele guarda o lápis e o bloquinho de post-its no bolso - E aí eu digo que também senti a sua

S/n: Eu... - Cogitou falar, porém não iria conseguir - O sorvete... ele já deve ter derretido. - Suspirou e virou o rosto

Satoru: Você decidiu confiar em mim, por que está com o pé atrás agora? Você quer me falar alguma coisa? Tem algo de errado?

Ela não mentiu sobre o plano, mas omitiu algo, porque sabia com certeza que Gojo reprovaria sua decisão, e tentaria ajudá-la da maneira dele. Mas ela jamais diria que o encantamento que ela criou na verdade, não é para ela, e sim para ele. Para protegê-lo do que está por vir.

Mas para a conversa não ir por esse caminho, ela decidiu contornar a situação.

S/n: Não me sinto bem em deixar alguém ter esse lugar de novo.

Satoru: Esse lugar, você diz...?

S/n: Não se faça de idiota, sabe muito bem o que eu quis dizer - respirou fundo - Jamais ousaria criar um sentimento tão forte quanto o amor - Riu fraco - Dizem que ódio é algo muito intenso para sentir por alguém, falam isso só por não saberem o quanto o amor pode machucar. Quando você é odiado ou odeia alguém, espera qualquer coisa ruim vinda dela. Mas quando se ama não se espera nada de mau - Ela fez uma pequena pausa - Eu não digo que eu sou melhor do que quem me fez mal, afinal, eu me vinguei. Fiz com que sentissem uma pequena parte de toda a dor que me causaram.

A filha do demônio - Gojo Satoru Donde viven las historias. Descúbrelo ahora