Depois de umas três horas de viagem a gente chegou na casa de Angra, mas a Alana ainda dormia. Nunca vi ninguém pra dormir igual essa garota, na moral.
Nem aguentei, ela tava mó engraçadona, com o celular na mão, e olhos fechados. Fui obrigado a tirar uma foto e postar no status do WhatsApp.
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O resto do pessoal já havia chego, e a casa estava aberta, o que significava que também já haviam se acomodado. Deixei a criança dormindo ali no carro mesmo, e entrei com as mochilas primeiro.
Viviane: Olha, chegaram! - sorriu abertamente - Perdeu a Alana no meio do caminho?
Olhei pra ela dos pés a cabeça. Tava toda se achanado já, de biquíni, saia jeans, óculos escuro e uma cerveja na mão.
Eu cruzei os braços.
Ret: Ela tá dormindo no carro. Tu não tem uma roupa, não?
Viviane: Meu Deus... como você é chato! - reclamou, bebendo um pouco da cerveja.
Salvador apareceu do lado do meu irmão. Os dois sem camisa, com um beck e uma cerveja na mão.
Ret: Nós tá aqui pra trabalhar, vocês tão ligado nisso!
Salvador: A gente chegou agora, pô. Da uma segurada, irmão. Tu também tá cansadão, vai curtir um pouco. Mais tarde nós coloca foco total na missão!
Antes que eu pudesse dizer nada ouvi o barulho de algo se quebrando atrás de mim. Quando virei de costas vi a Alana parada no meio de um monte de caco de vidro. O olho dela mal estava aberto, parecia dormir ainda, e o abajur que antes ficava ao lado do sofá tinha se espatifado no chão.
Salvador: Criança só faz merda - riu.
Eu encarei ele de cara feia.
Ret: Alana, pô. É Alana.
Rato: Pronto, começou...
Viviane: Deus te proteja, minha filha - falou olhando pra criança.
Alana: Amém, sogrinha - resmungou, se abaixando pra juntar a bagunça que tinha feito.
