Capítulo 72

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Último capítulo

54 dias depois

Alana 🥀

Minha pequenininha tinha ficado em observação por quase dois meses. Tempo o suficiente pra me fazer enlouquecer. Não tivemos muitas complicações, graças a Deus, mas realmente era difícil que a Babi ganhasse peso, e por esse motivo o prazo se prolongou ainda mais.

A minha rotina foi toda adaptada de forma que eu e o Filipe fizéssemos as três visitas por dia, e ficássemos agarrados ao amor das nossas vidas até que alguma enfermeira expulsasse a gente, porque já tinha ultrapassado o horário da visita.

Eu chorei pra caralho quando o hospital nos ligou, dizendo que poderíamos ir buscar a nossa filha, porque ela estava oficialmente de alta.

A nossa família inteirinha montou uma festa maneira pra receber a Bárbara, lá em casa, mas eu estava mesmo era louca pra ver ela no quartinho cor de rosa, que eu e o Filipe planejamos e organizamos por uma semana, pra que ficasse do jeitinho que uma princesa merecia.

Alana: Você tá pronta pra conhecer sua família? - perguntei pra minha garota, quando ela abriu um sorrisinho.

O Filipe parou ao lado da porta do carro, abrindo pra eu sair com a nossa filha no colo, em frente a nossa casa.

Ele deu um cheiro no cabelinho dela, e a mesma retribuiu com o tapa na cara dele, me fazendo gargalhar.

A Bárbara era toda pequena mas me lembrava o jeito ogro do pai, em diversas vezes.

Salvador: Minha afilhada chegou, porra! - ouvi ele gritando, assim que entramos pela porta da casa.

Todo mundo já veio pra cima, e o Filipe tirou ela do meu colo, pra ir mostrando pra cada um deles, enquanto eu acomodei as coisinhas que ela tinha trazido do hospital, em seu quartinho.

Viviane: Ai que felicidade - ela me abraçou, assim que eu voltei pra sala - Sonhei tanto com esse dia.

D2: Minha princesa é linda demais pra ser de verdade - falou, sorrindo pra minha pequenininha.

Alana: Minha filha, né?! - debochei.

O Daniel segurava o Luquinhas no colo, o Salvador segurava o Renan e o Filipe segurava a Bárbara. Os dois meninos olhavam pra ela com muita curiosidade, mas o primeiro que tentou encostar foi o Renan, se jogando do colo do pai pra tocar na Babi.

Ret: Ih, meu chapa, rala daqui - ele beijou a cabeça da filha, saindo de perto dos outros dois com ela nos braços - Tão de tiração com a minha cara já.

Laura: Eu vou amar assistir isso.

Salvador: O molecote sentiu o cheiro da novinha e já foi pra cima. Sangue do meu sangue, mané.

Alana: Para com isso, ela acabou de sair da maternidade - eu fiz careta, sentindo a dorzinha de ciúme crescer dentro do meu peito.

Até agora a Babi era só minha e do Filipe. Só a gente via, segurava e tinha contato com ela. E agora estávamos levando-a para conhecer o restante da família, e por mais feliz que eu estivesse, preciso confessar uma pontinha de ciúmes.

Salvador: Eles vão ser parceiros igual nós dois, feia.

Sorri pro meu melhor amigo, indo agarrar ele e beijar a bochecha gorda do Renanzinho, que começou a gargalhar.

Kelly: Olha isso, Ret. Um príncipe desses... coisa mais linda o meu amor. Já pensou eles juntinhos? - provocou, sentando do lado da minha cunhada para as duas atentarem a cabeça do meu namorado.

Ret: Cala a boca, doida. É a minha filha. Tá maluca?

Rato: Não tô curtindo isso não - se manifestou, e pegou a Bárbara do colo do Filipe, indo levar ela pra ver os brinquedinhos no chão - Malandro nenhum vai chegar perto de tu, né linda? Titio vai cuidar.

Salvador: É, pô. Tô só gastando. Renan não é nem doido de ter segundas intenções, eu capo ele.

Laura: Cara, isso tá hilário - ela falou, comendo salgadinho.

Danielle: Vocês estão sofrendo por antecipação. Ainda tem um longo tempo até que comecem a se preocupar com isso.

Ret: Longo tempo da onde, parceira? Ela saiu da maternidade hoje e já tem neguinho se jogando em cima - bufou, sentando no chão, do lado do irmão que segurava a Babi - Tu vai ser freira, né, pirralha?

O Filipe ficava chamando ela de pirralha o tempo inteiro, tanto que o apelido pegou. Pirralha e rabugenta, e eu precisava admitir que o segundo combinava perfeitamente com ela. Era rabugenta igual o pai.

Laura: Ah, vai ser sim, pode crer.

Alana: Deixa ele sonhar, Laurinha - ela riu e concordou com a cabeça.

Ela começou a chorar, e eu vi que já estava na hora de mamar. Tirei era do colo do Mickey e fui pro sofá, colocando-a pra mamar no meu peito.

Doía pra caralho no começo e foi bem difícil, porque a Babi ficava muito tempo longe de mim, mas aos poucos a gente foi se adaptando com a nossa rotina.

Graças a Deus tinha acabado e ficaríamos juntinhas pra sempre.

O Filipe levantou do chão, e veio sentar do meu lado. Ele sempre ficava segurando a mão dela quando ela comia e eu achava muito engraçado. Uma mãozinha sempre segurando o dedo dele, e outra sempre puxava o meu cabelo, se houvesse somente uma das opções, ela simplesmente não comia.

Como eu disse... rabugenta e mimada.

A Dani foi sentar no chão, do lado do Mickey e eles começaram a conversar com a Laura, e com o Daniel, que brincavam com o Luquinhas.

Minha sogra pegou o Renan no colo, e ficou sentada do meu lado, fazendo ele dormir e babando encima da netinha.

O Salvador foi atentar a mente da Kelly, dizendo que eles tinham que fazer uma menina também, e eu morria de pena dela. Sério. Aquele homem não dava paz pra ninguém.

Mas era a minha família. Toda maluca. Toda perturbada. Mas era a mais especial. A que nunca me abandonou. A que lutou com unhas e dentes junto comigo.

E que sempre fosse assim.

Que sempre estivéssemos juntos, em todas as ocasiões.

Lado a Lado.

Lado a LadoWhere stories live. Discover now