Capítulo 55

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Filipe 🃏

Deixar a Alana pra trás foi uma das paradas mais difíceis que eu já fiz na minha vida. Mas eu só tinha que resolver essa fita, e depois ia ficar na paz com a minha criança.

Quando eu entrei na salinha já encontrei os dois machucados pra caralho, amarrados em uma cadeira. FK, Grego e outro moleque já tinham feito o favor de começar os trabalhos desde a hora em que os caras pegaram o Rafael. Ja fazia dois dias, então eles estavam com fome, mijados, e completamente destruídos, sofrendo por tanto tempo.

Tirei o beck da boca, soprando a fumaça bem perto dos dois, que nem me olhavam.

Ret: Vocês já começaram a brincadeira, pô.

Grego: Como tu pediu, irmão. Agora é com vocês aí.

Ret: Valeu, parceiro - bati minha mão na dele, e vi a minha tropa fazer a mesma coisa.

Peguei uma cadeira, e me sentei de frente pros dois. Rafael levantou o olhar, disfarçando, pra me encarar, mas quando viu que eu tava olhando ele, desviou.

Eu soltei uma risada, negando com a cabeça.

Ret: Ta com medo, truta? Não é tu o machão que bate em mulher? Vai peidar pra homem?

Salvador: Agora ninguém fala nada, pô? Achei que a gente fosse se divertir um pouco, pelo menos.

D2: A gente pode fazer eles falarem - ele se aproximou do Rafael, e deu um tapão na cara do merda, tão forte que eu vi uns dois dentes pulando pra fora da boca - Cuzão do caralho. Vou arrancar dedo por dedo, depois vou arrancar os teus braços, tuas pernas, tua língua e teus olhos. Já começou a se arrepender por ter nascido?

Eu me levantei, caminhando lentamente até que ficasse de frente pro cara. D2 se afastou um pouco, mas continuou por perto.

Tirei a ponta do meu cigarro da boca, e coloquei no olho dele, forçando com as minhas mãos para que continuasse aberto. Com a queimadura da ponta na vista, ele gritou, trincando os dentes e se debateu na cadeira.

Ret: Desde que ela voltou, eu contei cinco desmaios. Cinco. Vou fazer tu desmaiar cinco vezes. E se eu fosse tu, parceiro, eu começava a pedir a Deus pra morrer antes disso.

Nem terminei de falar e já comecei a socar a cara do arrombado, igual maluco. A cadeira dele foi parar no chão, e aí foi só chute na cara, nas pernas e na barriga.

O governador chorava alto pra caralho, mas eu não conseguia parar. Nada ia me fazer parar até ver ele desmaiar.

Eu enxergava tudo vermelho na minha frente.

Só parei de destruir o filho da puta quando comecei a sentir muita dor no ombro e na perna, e o Rafael já estava apagado a mais de um minuto.

Salvador: Bora prender ele - falou, pro meu irmão.

Nem percebi quando o Rato tinha chego.

Ele concordou, e os dois foram prender o Rafael, que estava totalmente desfigurado, com o sangue descendo por todo o rosto, nariz quebrado, e se ainda tinha mais de cinco dentes na boca, era muito. Acho que o Grego já tinha feito o favor de quebrar os dedos do moleque, porque estavam pretos de tão inchados. Antes que os prendessem, o Daniel cumpriu com o que tinha dito, e arrancou dedo por dedo, mesmo com o Rafael desmaiado.

Lado a LadoWhere stories live. Discover now