Capítulo 2

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VICENZO COLLALTO

— Que caralho é esse de casamento? – bato a porta do escritório, após todos entrarem no cômodo.

— Diminua seu tom comigo, porra. – aponta o dedo na minha direção – Sou seu pai e superior, tenha respeito.

— Respeito é o caralho. – esbranjo – O senhor não teve respeito nenhum por mim, muito menos perguntar se eu quero ou não essa porra de casamento!

— Não vou desperdiçar uma chance de subir ainda mais na associazione por sua causa. Estou pouco me importando se você quer ou não se casar – cospe as palavras, levando seu copo de uísque até a boca – Você irá se casar com aquela ragazza, terá filhos para o império italiano e ainda crescerá o nome da nossa família.

— Jane é adotada. Não têm sangue Savóia e muito menos sabemos se é uma italiana legítima – Cristian constata, fazendo nosso pai olhá-lo olhá-lo ódio evidente pela sua resposta.

— Tendo ou não sangue Savóia, ela ainda é uma deles. Aquela família a protege com a própria vida se for necessário, não irão fazer diferença de filhos dela com de outra mulher da família. – meu pai responde

— Sendo ou não uma Savóia, ela ainda é a Jane! Uma mulher completamente temperamental, que não aceita ser colocada como uma mulher simples e indefensa. – assevero – Não é a mulher apropriada pra mim.

— Quem decide isso sou eu. – se acomoda da cadeira de couro branco – Vicenzo, você será o meu sucessor, tendo Veneza em suas mãos por anos até seu herdeiro ter idade para te substituir. Quando o herdeiro de Sebastian nascer, você se tornará o capo de Veneza. Você precisa ter uma mulher ao seu lado, principalmente uma com sobrenome influente.

— Existe tantas moças com sobrenomes tão influentes quanto a senhorita Savóia. – respondo.

— Mas nenhuma delas é da família principal. Pense, cazzo! – se irrita, levantou-se rapidamente – Você têm a oportunidade de deixar nossa família mais visível na máfia, todos matariam para casar seus filhos com uma Savóia. No conselho não há só um dia que tentem arrumar casamentos com aquelas moças. Você ganhou uma de bandeja, então, aproveite sua esposa e nos dê herdeiros.

— E Cristian? – pergunto sobre meu irmão, que arregala os olhos e quase cospe o conhaque que bebia.

— Não é porque você terá um destino trágico com a sua donzela, que eu terei algo parecido. – arruma o terno.

— Ainda estou analisando o que farei com seu irmão – meu pai fala, passando a mão pela sua barba – Encontrarei uma esposa à altura, além disso, ele ficará com as nossas ações das empresas. Será um homem público e precisa estar com alguém que dê visibilidade.

— Caralho – Cristian resmunga.

— Agora podem ir. – ele nos libera – Mas não se esqueçam que sempre teremos um trabalho à fazer nessa associazione. O chefe sempre será nossa prioridade, matamos e vivemos por eles.

— Entendido – falamos em um unissom.

A Inglesa - Nova Era 1 - ContoOnde histórias criam vida. Descubra agora